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Oposicionistas do Acre não disseram nada com coisa alguma na Aleac

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Um milenar ditado árabe ensina que ou se deve ficar calado ou se dizer algo que valha mais que o silêncio. Foi o que faltou ontem aos dirigentes da oposição. A imprensa foi chamada para uma coletiva pelo senador Sérgio Petecão (PSD) para ouvir obviedades, como por exemplo: como votou o deputado federal Wherles Rocha (PSDB) no impeachment da Dilma, esquecendo que a transmissão foi ao vivo e intensiva. E também para informar como votará o Petecão, o que todos já sabem. E nada de importante que merecesse registro. Como “coordenador da oposição”, o senador Petecão tem que chamar a imprensa quando a oposição tiver alguma coisa importante a revelar, tipo uma candidatura única. Na política acreana há muito tempo não existe mais lugar para o amadorismo, entendam isso de vez.


Começo do fim
A oposição tem votos suficientes no Senado para aceitar a admissibilidade do processo de impeachment e assim afastar Dilma da presidência por 180 dias. Isso é certo. E assumindo Michel Temer (PMDB), com a caneta e o cofre não mão será fácil afastá-la em definitivo.


Não houve traição nenhuma
Entre as muitas tolices divulgadas uma é que os deputados federais Raimundo Angelim (PT), Léo de Brito (PT) e Sibá Machado (PT) “traíram o povo brasileiro”. Foram eleitos pelo PT, traição seria se votassem pela queda da Dilma, há que se respeitar a liberdade de cada um. Na política o condenável é não ter lado.


Tudo neste sentido
Até o ex-presidente Lula, com a sua experiência declarou à “Folha de São Paulo” que, o Senado aceitando a admissibilidade do impeachment, o afastamento da Dilma ficará irreversível.


O poder é sombrio
O prefeito Marcus Alexandre, que até aqui se mostrou ético na política e cumpridor de acordos, ainda assim não caia na surpresa, se com Michel Temer (PMDB) na presidência, alguns dos partidos nanicos que formam na FPA, pularem do barco. O poder, Marcus é sombrio!


São os que nos representam
Não vejo nada do outro mundo o circo dos horrores que foi a votação do impeachment na Câmara Federal, com os votos os mais cômicos possíveis. Mas são estes senhores que foram escolhidos pela população brasileira para lhe representar. São a cara da política brasileira.


Não adianta criticar
E não adianta criticar, se são deputados federais é porque alguém votou neles. Jaboti não sobe em forquilha, alguém os coloca. Ninguém fala nos loucos e nas loucas que justificaram os votos contra o impeachment por se tratar de uma manobra urdida pelos EUA contra a Petrobrás.


Não pense que é diferente
A deputada Leila Galvão (PT) fez ontem um discurso como se o Acre fosse uma ilha do purismo político. Quem escolhe um Cabide vereador pode apontar o dedo contra alguém? Se os caricatos que a Leila critica tivessem derrubado o impeachment, seriam hoje intelectuais, não é Leila?


Continuaremos com novos tiriricas
Enquanto perdurar este sistema eleitoral com coligações proporcionais, sempre teremos o chamado “efeito Tiririca”, em que deputados se elegem no embalo do puxador de votos.


Fez bem em desistir
Disputar uma eleição sem a ajuda do partido e tendo que bancar a campanha para prefeito para a PMRB do próprio bolso seria temerário. Por isso o deputado Eber Machado (PSDC) agiu certo em rever a sua candidatura. Se for inteligente, espera o segundo turno para declarar apoio a um candidato. Se voltar à FPA o seu desgaste será imensurável. Será cobrado em 2018.


Reclamar de quem?
Bahia, Amapá e Ceará foram os únicos Estados onde a presidente Dilma ganhou na votação do impeachment, o que mostra que a sua base política estava completamente destroçada.


Lutador incansável
O deputado Heitor Junior (PDT) tem sido um lutador incansável para a inclusão no sistema de saúde de medicamentos modernos para o combate da Hepatite C. Fazia isso antes de se eleger. E continuou após a eleição.


Ponte que caiu
Cessou mais a briga entre os deputados Manoel Moraes (PSB), Antonio Pedro (DEM) e Leila Galvão (PT) pela paternidade de uma ponte sobre o Rio Acre, ligando o centro de Xapuri ao bairro Sibéria. É uma disputa até o momento pelo nada em lugar algum.


Chapa encorpada
O PRB tem uma chapa encorpada para a disputa de vagas na Câmara Municipal de Rio Branco, com nomes fortes, como o Pastor e vereador Marcos e o fisioterapeuta Dr. Jferson.


Para perder qualquer nome serve
Alguns segmentos do PT andam levantando a idéia de lançar a Delegada de Polícia, Carla Yuni, candidata à prefeitura de Cruzeiro do Sul. Nada contra a profissional. Mas, não é do ramo. Isso só mostra como deteriorado está o quadro político da FPA. Para perder, qualquer nome serve.


Um nome em crescimento
O contador Josué William (PMDB) é um nome que está em crescimento na disputa da prefeitura de Epitaciolândia. Só não pode se aliar ao prefeito André Hassem (PR), ninguém se escora em pau seco, porque desaba junto com ele. Raro o prefeito que não está desgastado.


Desgaste desnecessário
O deputado federal Alan Rick (PRB) está se desgastando sem necessidade ao tentar manter indicações no governo estadual e federal. Deveria ter entregado, a partir do momento em que votou contra a Dilma, até porque não precisa deles. E mesmo porque o PRB rachou com o PT.


Perigosa rotina
Mais uma residência foi assaltada e os donos feitos reféns. Além do roubo, o constrangimento. Fatos como o acontecido com um Defensor Público viraram uma perigosa rotina na cidade.


Ninguém me convence
O que ninguém me convence é como não conseguem chegar à rede de receptadores.


Pouco poderá fazer
O senador Jorge Viana (PT) pouco poderá fazer para impedir que o Senado Federal aceite a admissibilidade do processo de impeachment, a oposição tem votos sobrando para aprovar.


Papisa da inabilidade
A deputada Eliane Sinhasique (PMDB), contou um tucano bravo com a história que, ela propôs que oposição se juntasse e indicasse seu vice. “É uma Papisa da inabilidade”, disparou.


Ficou fortalecido
Na opinião de um petista com o qual conversei ontem na Aleac, por sua participação nos debates sobre o impeachment, o PCdoB se fortaleceu para indicar o vice do prefeito Marcus Alexandre. Não deixa de ser um argumento forte para colocar quando o debate começar.


Outra opinião
Falando ainda sobre o governo disse que, como conhecedor da área rural, o trabalho do ex-secretário da SEAPROF, Lourival Marques, foi muito mais producente do que na atualidade. Hoje, afirmou, recebe muito mais reclamações do homem do campo do que antes.


Boato sem sentido
Não passou de boato a notícia que correu na tarde de ontem de que o secretário de Saúde, Gemil Junior, estava demissionário. Mesmo porque, na atual circunstância, ninguém faria mais do que está fazendo, é tudo uma questão de estrutura financeira e crise econômica.


Injeção de ânimo
O comando da FPA reuniu ontem os dirigentes partidários no fim de tarde, na Aleac, para dar uma injeção de ânimo após a derrota da presidente Dilma na Câmara Federal, onde passou o pedido de impeachment. Agora Inês é morta!


Stand by
Acho que o prefeito Marcus Alexandre está certo em não colocar no momento a questão do nome do vice em debate, enquanto perdurar a indefinição sobre a situação da presidente Dilma. São dois cenários distintos, com ela na presidência e ela fora.


Fontes seguras
Fontes palacianas contaram à coluna que o governador Tião Viana anda fazendo consultas aos empresários de comunicação, sobre o que acham da professora Socorro Nery (PSB) como vice de Marcus Alexandre. Paredes costumam ter ouvidos.


Não capinam sentados
Numa roda de colegas ontem, os nomes dos deputados federais Léo de Brito (PT) e Jéssica Sales (PMDB) foram apontados como dois parlamentares produtivos, que não ficam apenas nos discursos do plenário, mas levam recursos aos municípios. Não capinam sentados.


Só por um acidente de percurso
Eleição não se ganha por antecipação, mas tem certa lógica, por isso não é demais se afirmar que o ex-deputado federal Iderley Cordeiro (PMDB) é favorito para a prefeitura de Cruzeiro do Sul.


No colo do Gladson Cameli
O comentário é de quem conhece a imprensa acreana no verso e reverso. Sem temor de errar: em 2018, sendo o senador Gladson Cameli (PP) candidato ao governo, 98% da imprensa acreana, hoje petista de carteirinha, estará na defesa da sua candidatura. Já estiveram enrustidos na campanha do Senado. Mas, na próxima campanha para governador estarão ostensivamente, moro nesta tribo há mais de quarenta anos e conheço todos os seus caciques de cor e salteado. É a chamada perspectiva de poder, que costuma mudar o pensamente dos que juram lealdade e vivem de paparicos aos que passam pelo poder. Há gente que adora ser enganado pelas circunstâncias. E se completa com os que enchem os seus egos e lhe batem tapinhas nas costas. Há gosto para tudo. Aguardem 2018! E confiram a previsão.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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