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Fim de um ciclo

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Conselho editorial do ac24horas


O PT de Lula e Dilma Rousseff sofreu neste domingo, 17, o pior infortúnio de sua história. Nem o mais pessimista entre os defensores da presidente seria capaz de admitir que a Câmara Federal a afastaria do cargo, como aconteceu. Os petistas, sempre arrogantes e presunçosos, subestimaram não apenas o parlamento, como a presença maciça do povo nas ruas, que pedia o impeachment.


Durante todo o processo de admissibilidade da cassação do mandato da presidente, seus apoiadores optaram pelo chavão segundo o qual estava em curso um golpe contra a democracia, contra a soberania do povo. Nada mais fraudulento.

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Ao invés de responder às evidências de que o partido, uma vez no governo, fez de tudo para se manter no poder, fosse comprando deputados ou saqueando os cofres públicos, seus membros trataram de atacar os adversários políticos, de negar que havia crime de responsabilidade por parte da presidente e de agir como se fossem vítimas de uma conspiração.


O PT perdeu o apoio popular, de que tanto se orgulhou ao longo de sua história. E provou do próprio veneno ao atentar contra o mandato dos antecessores de Dilma Rousseff, desde José Sarney. Foram 50 pedidos de impeachment no total. Alguns por razões cuja punição nem poderia ser o impedimento do presidente.


Os companheiros não fizeram uma leitura correta da realidade ao atacar o vice-presidente da República Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB. Tal discurso não sensibilizou os milhões de brasileiros que sofrem com a catástrofe econômica e acompanham o desenrolar da Lava Jato. E a diferença entre os militantes e simpatizantes do PT e o resto dos brasileiros, é que estes, mesmo não endossando os peemedebistas, rejeitam Dilma e as práticas petistas, que em tudo diferem dos discursos proferidos há três décadas.


Não é exagero afirmar, portanto, que a mentira e a calúnia têm sido a marca do petismo. Na última semana, culminando com os ataques à Rede Globo, os governistas alertavam para a manipulação da grande imprensa, que segundo eles inflacionava os votos a favor do impeachment.


A revista Veja, eleita a principal adversária do PT, não errou um voto sequer dos apontados como a favor da admissibilidade do impeachment na Câmara. Muito pelo contrário, já que a revista previa 346 deputados a favor do impedimento, contra os 367 computados no painel da casa. O jornal que mais se aproximou desse placar foi o Estado de S. Paulo.


Quando a votação na Câmara dos Deputados atingiu os 342 votos necessários à aceitação do impeachment, o Acre e o Brasil comemoraram nas ruas com fogos e com a agitação dos defensores do impeachment.


E para os que acreditam que o Senado Federal possa reverter o placar contra a presidente, fica o alerta de que todos os especialistas em política dão como certa a confirmação do resultado dos deputados federais.


O PT chega ao fim de um ciclo, como chegou a Venezuela, a Argentina e a Bolívia.


 


 


 


 

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