Os usuários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, em Rio Branco (AC), fizeram diversas queixas sobre o atendimento no pronto-socorro. Eles alegam que apenas um médico fazia os serviços ambulatoriais e que os funcionários não estariam tirando as dúvidas quando questionados. Alguns usuários aguardavam desde as 9 horas desta terça-feira, 12, sem receberem atendimento.
“Eu cheguei aqui na UPA era 9h15min da manhã. Aqui não tem nenhum pediatra. Já tá assim há vários dias. Aqui já era ruim, e agora é que o stendimento da pior mesmo. Minha filha estava com febre, me mandaram esperar depois da classificação, mas até agora, e olha que já são três da tarde, não fomos atendidos pelo médico. Ele está aqui, sozinho, para atender todo mundo”, reclama a manicure Antônia Ribeiro, de 28 anos.
Em Nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) desmentiu os pacientes e acompanhantes, que estavam na recepção do hospital público e disse que os atendimentos estão “ocorrendo dentro da normalidade”, tendo, inclusive, “03 clínicos, 02 pediatras, 01 médico na emergência do trauma, 02 médicos passando visita observação adulto e pediátrica”, informou a pasta, ao ser questionada pelo ac24horas.
“Aqui a gente chega e demora até para a classificação de risco. De lá, meu amigo, a gente que espere a boa vontade de chagar outro médico ou desse conseguir atender. Ele está aí sozinho, sem mais ninguém. Meu filho tem dois anos, está com febre, e meu medo é que ele morra aqui na frente, do mesmo jeito que o bebê morreu. A diferença é que meu filho não passou pelo médico ainda, e o bebê lá morreu na medicação”, diz Guilherme Alves, mecânico, receoso com os serviços da UPA do 2º Distrito.
Nesse sentido, a Sesacre esclareceu que os atendimentos feitos no pronto-socorro da UPA se dão “de acordo com o protocolo de Classificação de Risco”, e que, portanto, “os pacientes que encontram-se com sintomas de pressão alta, vômitos intenso, febre alta, dor intensa, entre outros sintomas, terão prioridade no atendimento”, diferente do que denuncia o pai da criança que estava no saguão da Unidade de Pronto Atendimento que funciona 24 horas por dia.
Outra denúncia sobre os mesmo problemas foram relatadas pela vendedora Luana Carla, que acompanha o pai. O homem estaria há três dias com dores no peito e o medo é que o homem esteja com problemas cardíacos graves. “Meu pai tá assim desde domingo. A gente já veio aqui, mas dizem que não tem os aparelhos do exame, que estão quebrados. Tá tudo sucateado nesses hospitais, e agente não sabe o que fazer, porque não tem dinheiro para pagar uma consulta particular. Aqui só tem um médico hoje”, reclama.