Deputados do Juruá debatem em vídeo sobre a “guerra da farinha”

Um pronunciamento do deputado estadual Raimundinho da Saúde (PTN) sobre a possibilidade da farinha de mandioca ser um “possível” causador de câncer desencadeou uma batalha na sessão desta terça, 12, na ALEAC. O deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB), alegou que o companheiro da base governista estaria causando pânico na população. Segundo o tucano, esse tipo de divulgação poderia atrapalhar a produção da principal mercadoria do Juruá. Raimundinho, por sua vez, chamou o colega de surdo. Ele afirmou que o Acre está tendo um número elevado de casos de câncer no estomago e que a farinha estaria sendo pesquisada para se saber se contribui para esse quadro. Os dois deputados são nascidos em Cruzeiro do Sul, o maior produtor de farinha do Acre.

Assista ao pinga fogo entre Raimundinho da Saúde e Luiz Gonzaga sobre a farinha do Juruá. E também o depoimento do médico infectologista, deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) sobre a questão.

[This post contains advanced video player, click to open the original website]

PT pode sofrer com debandada
Uma notícia publicada pela Folha de São Paulo mostra insatisfações internas entre os petistas da Bancada Federal. Segundo o jornal paulista, depois das eleições municipais, 26 deputados federais dos 57 do PT, pretendem promover uma desfiliação coletiva. Quem comanda a rebelião é o ex-ministro Tarso Genro (PT). Um dos motivos alegados são relativos aos desentendimentos entre correntes internas do PT.

Ainda governistas
A desfiliação coletiva só não aconteceu durante a “janela de mudança de partido” que foi aberta até 31 de março por conta do processo de impeachment. Mesmo saindo do PT, esses parlamentares continuarão a favor da “legalidade” e da manutenção do governo da presidente Dilma (PT).

Fortalecimento
A tendência é que esses insatisfeitos do PT procurem outras legendas de esquerda. Quem poderá lucrar com isso serão o PSOL e a REDE. A falta de autocrítica dos atuais dirigentes petistas é outra argumentação dos rebeldes.

Desgaste de imagem
Os parlamentares que se dizem da verdadeira esquerda petista não andam satisfeitos com os rumos das coisas. O PT na realidade se tornou mais um partido de centro. O poder acabou influenciando na ideologia original do partido.

A velha esquerda
Alguns esquerdistas tradicionais que andavam sumidos e decepcionados com o PT voltaram à cena no Rio e São Paulo. Não concordam com o tratamento interno dado pelo partido aos seus militantes depois de chegar ao poder. Mas também não querem o impeachment. Vai entender…

Destaque nacional
Não são só os políticos do Acre que andam se destacando no plano nacional. O jovem advogado, Erick Venancio, conselheiro da OAB, tem sido um dos principais personagens no que diz respeito a proposta de impeachment da OAB nacional.

Seja quem for…
Não acredito que haja reação entre os partidos da FPA com a escolha do candidato a vice do atual prefeito Marcus Alexandre (PT). No começo um ou outro vai fazer “cara feia”, mas logo todos se acomodarão nos cargos que ocupam.

A visão de um petista
Conversei nos corredores da ALEAC com um daqueles petistas históricos do Acre. Sobre o PC do B ser vice, ele disse que a fatura é perdida. A justificativa é aquela que todo mundo já sabe: as duas derrotas seguidas ao Senado.

A hora do conselho
O mesmo petista disse que o PC do B tem que começar de novo de baixo. Segundo as palavras dele, se reorganizar nos municípios acreanos para formar uma base política sólida e poder voltar ao primeiro plano da política do Estado.

O primo pobre
Definitivamente o PT trata o PC do B como um primo pobre. Mas não acredito que possa haver ruptura entre os dois partidos nas eleições de 2016. Seja como for, com jeito aqui e outro acolá, os comunistas não vão romper uma aliança de 20 anos. Mesmo porque me parece que o partido não tem um plano B.

A hora do balcão
Brasília está um verdadeiro balcão de negócios. Alguns partidos vendo o que podem arrancar para votarem a favor de Dilma no plenário da Câmara, neste domingo, 17. Nada que já não foi visto na votação do projeto que permitia a reeleição de FHC, em 1998.

Quem paga a conta
O problema é que quem paga a conta é o povo brasileiro. Num momento de crise econômica recursos financeiros investidos para manutenção do poder é um absurdo. O governo da presidente Dilma está parado. Esse imobilismo é mais danoso do que o desejo da oposição de derrubá-la.

Voto aberto
A votação pela continuidade do processo de impeachment na Câmara será com o voto nominal e aberto. Isso atrapalha demasiadamente o Governo. Com mais de 60% da população a favor da troca de comando do país, os parlamentares pensarão duas vezes antes de se venderem.

Santo de casa não faz milagres
Apesar da ex-senadora Marina Silva (REDE) ter tido 19 milhões de votos, em 2010 e, 22 milhões, em 2014, como candidata à presidência, continua a ser criticada no Acre. Quando, na minha opinião, deveria ser motivo de orgulho. O pior é que o pessoal de oposição chama ela de “melancia”, ou seja, verde por fora e vermelha por dentro, se referindo a ser ainda petista. E o pessoal do PT chama ela de “traidora” e outros adjetivos piores. Mas o fato é que Marina Silva, gostando ou não, é a política contemporânea do Acre de maior relevância nos cenários nacionais e internacionais. Nenhum político acreano chegou nem perto da sua importância. O quê mesmo de concreto existe contra Marina? Corrupção não é. Primeiro pedem que Marina saia do silêncio. Ela começa a dar entrevistas e já alegam que está falando demais. Marina que foi literalmente desconstruída pela máquina petista na mais recente eleição, sobrevive. E a sua importância não diminui. Prova são os números das mais recentes pesquisas às próximas eleições. Marina é uma liderança nacional e a sua palavra tem relevância. Agora, o resto são os cães ladrando enciumados com a “jaguatirica” que como me disse um amigo, é capaz de despertar amores e ódios na mesma proporção. Mas ainda bem que não desperta tédio.