De olho nos R$ 14,6 milhões negociados pelo município com a Caixa Econômica Federal para abrigo das contas dos servidores públicos municipais, aposentados e pensionistas querem uma nova abertura de diálogo com o prefeito Marcus Viana para receber em quota única as dívidas trabalhistas referente à categoria. O líder do prefeito, vereador Gabriel Forneck (PT), diz que é preciso fazer um estudo de viabilidade econômica, mas assegura que, a negociação com a Caixa Econômica não foi apenas para garantir dívidas trabalhistas.
Há exatamente um ano os sindicatos, aposentados e pensionistas negociaram com o município de Rio Branco o parcelamento dos seus passivos, estabelecendo na lei 2.109, o pagamento em quotas para quem tinha direito de receber R$ 20.000 até R$ 160.000. Os parcelamentos iam de 4 até 12 meses.
Segundo Carlos Alberto Mota que representa uma Comissão Voluntária de Professores aposentados, a construção coletiva alegada pelo município “nunca saiu do papel, na prática foi vergonhosa”.
Após tomarem conhecimento de que o município negociou com a Caixa Econômica Federal a mudança de banco – e que a aplicabilidade desses recursos dependem do Executivo – eles protocolaram oficio junto ao município e à Mesa Diretora da Câmara Municipal com doze itens, que exigem a garantia do pagamento desde o pagamento de FGTS da época do ex-prefeito Jorge Kalume até o passivo rescisórios dos aposentados.
A favor da quitação dos passivos o vereador Raimundo Vaz (PR) lidera o movimento com os vereadores de oposição. Para Vaz, o valor da negociação com a Caixa Econômica Federal só foi revelada com a intervenção da Mesa Diretora.
“Esse dinheiro tem que ser utilizado com transparência e priorizado para resolver aquilo que é de direito para quem trabalhou a vida inteira e merece receber suas verbas indenizatórias” destacou.
Do outro, o líder do prefeito, Gabriel Forneck defende diálogo e um estudo de viabilidade financeira, mas assegura que, o pagamento de todas as dívidas em uma única parcela é praticamente inviável.
“O prefeito vai utilizar esses recursos para garantir aumentos dados na folha de pagamento, custeio e investimentos necessários para a infraestrutura do município. Com relação aos passivos reclamados, é preciso um estudo de viabilidade econômica para posterior acordo”, respondeu.
Forneck apresentou uma planilha que demonstra repasses mensais no valor de R$ 200 mil como estabelecido em lei, assegurando que o executivo vem cumprindo sua parte no acordo inicial com os servidores. De acordo o líder do prefeito já foram depositados R$ 2,3 milhões nas contas dos servidores.
Angelim utilizou verba para quitar Bresser – na prática, o que os servidores querem é que o atual prefeito Marcus Viana, a exemplo do que fez Raimundo Angelim, utilize o valor negociado com a Caixa Econômica [R$ 14,6 milhões] para quitar dívidas trabalhistas.
De acordo o que a reportagem do ac24horas apurou, na época, o Banco do Brasil negociou a folha de servidores por R$ 6 milhões, dinheiro utilizado no pagamento do Plano Bresser e outras dívidas trabalhistas.
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