Produtores rurais do município de Brasileia bloqueiam a entrada do Silo Graneleiro. O protesto que começou no final da tarde de ontem (6) é mantido e hoje pela manhã eles afirmam que não saem enquanto o estado não negociar o pagamento de 1.400 toneladas.

“O secretário Reis pensou que estávamos com brincadeira, resolvemos acampar e só sair quando tiver um sinal de negociação do que nos roubaram”, disse ao ac24horas o produtor Reginaldo Amorim.

Segundo Reginaldo, das 1.400 toneladas de milho que sumiram do Silo Graneleiro, 400 é do ano passado e 1.000 desse ano. Os produtores afirmam que encontraram apenas 50% da produção que foi armazenada por 45 famílias da região.

“Esse 50% da produção ainda é de péssima qualidade, suspeitamos que o milho bom tenha sido vendido para o Peru ou a Acreaves”, acrescentou o produtor.

Ainda segundo Reginaldo, uma carreta peruana está estacionada no Silo Graneleiro. Há informações de que uma empresa do Peru tenha assumido a gestão. O caso revolta ainda mais os produtores que radicalizaram o movimento na manhã desta terça-feira.

O OUTRO LADO:

A reportagem tentou sem sucesso entrar em contato com o secretário de agricultura do governo do Estado, José Carlos Reis, mas o seu telefone estava às 13h06 impossibilitado de receber chamadas. O movimento aguarda representantes do estado para negociar a liberação do Silo Graneleiro.

Essa não é a primeira vez que o governo do Acre enfrenta problemas com armazenamento de milho em Silos Graneleiros. Em abril do ano passado, 600 toneladas sumiram do Silo localizado no município de Plácido de Castro. O caso foi parar no Ministério Público Estadual.

Os nomes dos gestores apontados como responsáveis pelo sumiço do milho até hoje é mantido em segredo pelo governo. Não se sabe também quais foram as providências administrativas tomadas pela Secretaria de Agricultura.