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“Espatifado” na FPA e na oposição esquentam eleições na Capital

Por
Nelson Liano Jr.

É o roto falando do rasgado. O discurso de que só a oposição não se une não condiz mais com a realidade. Atualmente, além da natural candidatura à reeleição de Marcus Alexandre(PT), mais três candidatos têm origem na coligação comandada pelo PT. Éber Machado (PSDC), Raimundo Vaz (PR) e o sindicalista Edvaldo Almeida (PPL). O próprio pré-candidato do PSDB, Francineudo Costa, até pouco tempo era do PV e integrou a base de eleição do atual prefeito do PT. Por outro lado, na oposição, a mesma novela. Cada um procurando os seus interesses com vistas a 2018. O PMDB consolidou a candidatura de Eliane Sinhasique (PMDB), mas parece difícil que todos os partidos se unam em torno dela. Bocalom (DEM), o eterno candidato, já avisou que vai à disputa. Os tucanos tem mantido o nome indicado pelo partido. Enquanto o senador Petecão (PSD) ainda sonha com o surgimento de uma outra candidatura. Se essa tendência se confirmar as eleições em Rio Branco terão o maior número de candidatos da sua história.


Líder de si próprio
O senador Petecão está numa enrascada. Está jogando em 2016 para sobreviver em 2018. Resta saber quem vai bancar as intenções políticas do senador. Na Bancada Federal de oposição, Petecão, tem quase nenhuma influência. Nem os deputados federais Jéssica Sales (PMDB), Flaviano Melo (PMDB) e Major Rocha (PSDB) e nem o senador Gladson Cameli (PP) navegam nas suas águas com confiança.


Nem pensar
Por outro lado, segundo me contaram, a ex-deputada Antônia Lúcia (PR) se refere ao Petecão como “aquele senhor”. Então, como o Petecão quer coordenar o processo de escolha de candidatos da oposição? Petecão está se isolando.


Machucados
Uma importante liderança de oposição comentou o seguinte sobre o Petecão: “Está machucando muita gente”. Mas acredito que até a reta final da escolha de candidatos às eleições municipais muita coisa ainda vai mudar.


A corrida do segundo turno
Com esse amplo quadro de candidatos em Rio Branco a tendência ao segundo turno se cristaliza. Resta saber quem vai se juntar a quem. Se os candidatos derrotados se unirão ao PT ou a quem for da oposição para o segundo turno.


Desabafo de um petista
No dia da filiação da ex-tucana Socorro Nery ao PSB, um importante petista desabafou: “Até outro dia ela assinava com partidos de oposição que nos chamam de petralhas e bandidos. Agora, vai ser vice do Marcus Alexandre?”


Voz solitária
Parece que o descontentamento do deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) com os rumos da formação da chapa da FPA na Capital é isolado. Não tenho visto manifestações de outros comunistas. Todos quietos a esperar qual será a compensação.


Chapa de Porto Walter
O radialista Nonato Costa (PSB) deverá se juntar ao empresário Alan Almeida (PC do B) para disputarem a prefeitura de Porto Walter. Resta saber qual dos dois será o cabeça de chapa. Mas sabem que tentar derrotar o atual prefeito Zezinho Barbary (PMDB), não será fácil.


Bola nas costas
O deputado estadual Jairo Carvalho (PSD) fez uma ponderação importante. “Se a oposição sair com o André Maia (PSD), Branca (PSDB) e a FPA com o Ney do Miltão (PRB), as chances do empresário Jorge Catalão (PP) crescem muito, no Quinari”.


Chances reais
Se o vereador Raimundo Vaz (PR) tiver estrutura vai dar trabalho nas eleições em Rio Branco. Parece que a coordenação da sua campanha a prefeito será do deputado federal, Silas Câmara (PR-AM). O PR não é um “partido nanico”, isso é fato.


Reclamação
Um outro petista que ainda sonha em ser candidato a vereador em Rio Branco comentou o seguinte comigo: “O vereador Gabriel Forneck (PT) vai coordenar a campanha do Marcus Alexandre e terá o seu irmão candidato a vereador. Isso vale?”


Ideologia
Achei estranho o vereador Marcelo Jucá (PSDC) sair do PSB para se filiar ao PSDC de Éber Machado (PSDC). Ideologicamente falando é o mesmo caso da Socorro Nery (PSB) só que no sentido contrário, da esquerda para a direita.


Atuante
Seja como for, Marcelo Jucá está sendo um bom vereador. Não traiu os seus ideais de sindicalista. É um político que conhece bem os problemas sociais do município. Se vai conseguir se reeleger já é outra história.


No olho do furacão
O único deputado federal do Acre que faz parte da Comissão que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma (PT), é o Major Rocha (PSDB). Não é difícil imaginar qual será o voto na Comissão do deputado tucano.


Destaque
Rocha tem conseguido se destacar no seu primeiro mandato como deputado federal. Quem apostava que as suas atuações na ALEAC não se repetissem enganou-se. O tucano tem conseguido espaços generosos na mídia nacional.


Massa de pão
O criador político do Rocha é o próprio PT. Quando o escalaram como “inimigo” número 1 do partido no Acre fortaleceram o adversário. Bateram tanto no parlamentar que se tornou uma vítima perante a opinião pública. E Rocha soube aproveitar a notoriedade que lhe deram num momento de insatisfação social.


Em sintonia
Outro tucano que também tem feito um bom mandato é o deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB). Tem sido um fiel escudeiro do deputado federal e presidente do PSDB acreano. Os dois casam as agendas nos finais de semana.


A hora de propostas concretas
Estou assistindo a uma chuva de candidaturas à prefeitura de Rio Branco. Mas ainda não entendi porque “alguns” desejam tão ardentemente ser prefeito da Capital. É um cargo “espinhoso” que requer conhecimento e, sobretudo, um projeto de gestão. Claro que fica evidente algumas articulações que só visam o bem-estar pessoal. Gente que não se preocupa com planos de governos e só pensa em votos e futuras eleições. Na minha opinião, essas candidaturas terão vida curta. A população está cada dia mais preocupada com o futuro do país, do Estado e do município onde vive. É preciso separar o joio do trigo. Analisar quem tem e quem não tem propostas para governar Rio Branco. Isso não é brincadeira de menino como alguns pensam. Quem deseja realmente entrar na corrida pela prefeitura que elabore projetos de gestão exequíveis e que ao mesmo tempo atendam os anseios da população. Isso vale tanto para a oposição, FPA, quanto aos que se intitulam a terceira ou quarta via. Se os candidatos tiverem bons projetos os debates eleitorais serão enriquecidos e quem vai ganhar são os moradores e moradoras do município.


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Nelson Liano Jr.

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