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Socorro Nery e Osvaldo surgem como indicados a vice de Marcus Viana

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

 



Não sou um frequentador da cozinha do governador Tião Viana. Mas, os meus 40 anos de colunismo político me ensinaram que, as notícias mais quentes sempre se conseguem de quem orbita em torno de quem governa. Paredes têm ouvidos. E nem sombras passam despercebidas. Por isso, posso adiantar num furo (para variar) que dois nomes foram colocados pelo governador Tião Viana ao prefeito Marcus Alexandre, para a sua apreciação na escolha do vice da chapa: o da ex-reitora da UFAC, Socorro Nery, e do ex-secretário de Saúde, Osvaldo Leal. Nery é a surpresa. Até bem pouco era candidata à prefeita pelo PSDB. Deixou esta semana o PSDB a pedido palaciano. Tião Viana foi quem costurou o convite para ambos. Tanto Nery (chegou na PMRB fora do expediente, de noite, para não ser notada) como Leal, já conversaram com o prefeito Marcus Alexandre, que deverá dar a última palavra na escolha. Ambos se filiarão ao PSB, partido com o qual o governador Tião Viana acordou para que indique o nome do vice. A decisão sairá antes do dia 2, data final para filiações partidárias. A fonte palaciana da coluna, que é de alta credibilidade, disse que a costura inicial foi feita por Tião Viana.


Sobre Socorro Nery
De posse da informação que veio da cozinha do Tião Viana, disparei telefonemas.  Nenhuma reação negativa à qualificação da Socorro Nery, uma ex-reitora da UFAC, nome limpo, mas choveram ressalvas pelo fato de até pouco ser a candidata a prefeita do PSDB. Foi visto como pouco caso aos outros partidos da FPA e seus quadros. Deu para sentir que devem acontecer reações na FPA à sua indicação.


Sobre Osvaldo Leal
Acerca da indicação do médico e ex-secretário de Saúde, Osvaldo Leal, foi na base do não fede e nem cheira. Nenhuma reação negativa, a não ser a ciumeira natural dos partidos nanicos. Os maiores comentários é que foi um dos melhores secretários de Saúde que teve o Acre.


Sem palpitar
Como é o prefeito Marcus Alexandre que vai conviver com um dos dois nomes se for reeleito, não emito nenhum juízo de valor. A escolha do vice é empatia com o nome, é algo que até ultrapassa os muros da política partidária. Quem tem que escolher a noiva é o noivo.


Bate com a tese da coluna
O episódio bate com a tese da coluna de que os partidos da FPA só tomariam conhecimento do nome do vice para homologar. Só estão sabendo dos dois favoritos no páreo neste espaço.


Nunca existiu de fato
Este tal de “Conselho Político da FPA” só existe no nome e só se reúne para homologar candidaturas majoritárias. Nunca deu nenhum pitaco em nada que possa influenciar a escolha de um candidato a prefeito ou a governador da FPA.


Luiz Tchê: “não se pode beneficiar pau de dois bicos”.
O presidente do PDT, deputado Luiz Tchê, diz que na escolha do vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre não se pode privilegiar partidos “pau de dois bicos”. Citou o caso do PSB, que, nacionalmente, rompeu com o PT, se engajou no movimento pela queda da Dilma, e no Acre quer indicar o nome para compor na chapa para a PMRB. “O PDT é contra”, afirma Tchê


Clima insustentável
Desde o episódio do PSDC e da discussão dura que teve com o secretário Nepomuceno Carioca, que o clima do ex-deputado federal Osmir Lima estava insustentável no governo, como o mesmo reconhece. A sua demissão não foi surpresa nem para ele nem à coluna.


Assim é na vida pública
Quando não há mais afinação entre quem tem cargo de confiança e quem governa, o melhor para ambos e que, cada um tome o seu caminho e a vida continua, com um dia atrás do outro e uma noite pelo meio.


Nome na bolsa de boatos
Um nome que começou a circular na bolsa de boatos para ser a vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre é o da ex-deputada federal Regina Lino (PTB). Mas, no fim da tarde foi descartado e nem entrou na conversa que redundou nas opções de Socorro Neri e no Osvaldo Leal.


“Ratos abandonando o navio”
A frase acima foi usada ontem pelo líder do PT, na Aleac, deputado Lourival Marques, para qualificar a saída do PMDB do governo petista. Praticamente, no mesmo tom de condenação ao PMDB vieram os deputados Daniel Zen (PT) e o deputado Jonas Lima (PT).


Não olhou para o seu telhado
O PT tem legitimidade para criticar o PMDB. O deputado Manoel Moraes (PSB), que também engrossou as críticas contra o fato do PMDB deixar o governo, não tem esta legitimidade, e por uma razão óbvia: o PSB nacional anunciou o seu rompimento com o governo Dilma


Verdade em termos
Tudo o que foi dito pelos petistas sobre a saída do PMDB do governo Dilma não pode ser muito contestado, porque os peemedebistas tinham sete ministérios há bem pouco. O PMDB é co-autor na desgraceira em que o governo Dilma deixou o país. É o mal lavado falando do sujo.


Resposta com ironia
A resposta da deputada Eliane Sinhasique (PMDB) aos ataques do PT, veio em tom de ironia de que não adianta choro e ranger de dentes. Ou seja: o choro é livre.


Retrato do dia
Deixando PMDB e toda a questão partidária de lado. Como é que um governo como o da Dilma, que aparece nesta pesquisa publicada pelo IBOPE com 69% de rejeição e somente 10% de aceitação popular, pode reclamar dos ataques dos adversários? É um governo sem crédito.


E não venham culpar a imprensa
Não queira se atribuir o fracasso do governo Dilma à mídia. Se ela tivesse fazendo uma gestão com grande aceitação popular não haveria motivo para críticas da imprensa, porque seriam desmentidas pelos números das pesquisas. Só que isso não acontece no momento político.


Neste ponto agiu certo
Até o início da semana o ex-prefeito Nilson Areal era tratado com desdém pelo prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino (PSB), que só elegeu-se com a sua ajuda, por isso agiu certo ao não aceitar a Secretaria de Saúde para fazer uma composição política. Ficaria desmoralizado.


Santa ingenuidade!
Que santa ingenuidade a do deputado federal Wherles Rocha (PSDB) em pensar que convidando o ex-prefeito Nilson Areal para apoiar a candidata à prefeitura de Sena Madureira, Toinha Vieira (PSDB), numa composição, ele iria aceitar. Areal é Tião Viana até a medula.


Tudo é jogo de cena
Nilson Areal não tem nem a cara de bobo. Jamais aceitaria uma proposta de apoiar a candidata Toinha Vieira (PSDB) para a prefeitura de Sena Madureira, com um gordo emprego no governo. Seria como deixar o que é certo para jogar na Loteria Esportiva.


Puxe-encolhe
Na FPA, em Cruzeiro do Sul, continua o puxa-encolhe sobre o candidato a prefeito. O deputado Josa da Farmácia (PTN) está certo que será ele e o grupo do deputado federal César Messias (PSB), que será seu afilhado Rômulo Grandidier.


Tacada fora do buraco
Fala-se na formação de uma “chapa alternativa”, com dissidentes da oposição, para disputar a prefeitura de Brasiléia. É uma tacada fora do buraco. Não será fácil derrotar a candidata Fernanda Hassem (PT) com apenas uma candidatura; com duas, ela nadará de braçada.


Não foge da disputa
A disputa principal pela prefeitura de Brasiléia será travada entre a candidata Fernanda Hassem (PT) e Joelso Pontes (PP). Ainda que apareçam outras candidaturas.


Desfile de escopetas
A cidade está entregue aos bandidos. Não há como contestar. O “arrastão” no Chico’s Bar foi um das dezenas de assaltos acontecem todas as noites na Capital. O deputado Eber Machado (PSDC) diz que o bicho pega é na “Cidade do Povo”, onde marginais andam com escopetas de dia.


Vão os anéis e ficam os dedos
Numa roda deputados ontem na Aleac, o assunto era a indicação do vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre. Pincei um comentário: “o PCdoB pode até perder a indicação do vice, mas vai barganhar para continuar com a secretaria de Educação”. Em política, nada é impossível.


Comprando no varejão
Eu não apostaria nada na queda da Dilma. Pelo simples motivo de termos uma classe política, onde a maioria se vende por uma banana, e cujos votos poderão ser comprados pelo grupo do Planalto, em troca dos cargos que eram ocupados pelo PMDB. A Dilma tem o cofre e a caneta. Por isso, não me surpreenderá se o impeachment não passar.


Não seria diferente
E se outro partido estivesse na situação do PT, agiria da mesma maneira, porque cargo será sempre a moeda de troca em qualquer governo. No jogo político dos interesses não tem santo.


Política é o caminho do imponderável
Não política, nem sempre a lógica é que emerge. Principalmente, na escolha do candidato majoritário. No caso de Rio Branco, a seleção do vice pode ter um peso importante na campanha. Não pode ser alguém que tire votos. No mínimo, que não atrapalhe. Especialmente pelo partido do prefeito Marcus Alexandre, o PT, estar no ápice dos escândalos da Lava-Jato. No maior desgaste popular desde a sua fundação. Tem que ser um vice que não tenha, pois, o carimbo do PT na testa. Já houve um primeiro acerto, o de que não será ninguém filiado ao PT. A última palavra tem que ser do prefeito Marcus Alexandre. Não pode vir imposto. Ou se ferra.


 


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Luis Carlos Moreira Jorge

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