Março de 2016 deverá encerrar com chuvas acima da média em Rio Branco e na maior parte do Acre e a partir de maio “poderosas massas de ar polar vão invadir o estado”, informou o meteorologista Davi Friale.
Enchentes e transbordamentos de rios estão praticamente descartados, tanto no Acre como em Rondônia, acrescenta.
O rio Madeira baixou mais de 1m, nos últimos quatro dias, e não há perspectivas de chuvas volumosas em territórios boliviano e peruano, principais áreas de águas pluviais que escoam para o maior rio rondoniense.
Segundo a análise de Friale, considerando as condições atuais da atmosfera e da temperatura das águas dos oceanos responsáveis pelas condições do tempo na América do Sul, não haverá seca severa no Acre e em Rondônia, neste ano de 2016.
“Alguns dias ficarão extremamente secos, sim, mas as chuvas deverão cair dentro da média, superando-a ou ficando um pouco abaixo da normal climatológica. Não há o que temer, portanto, pois não há nenhum indício atmosférico que indique condições severas do tempo na Amazônia sul-ocidental, exceto a incursão de várias ondas de frio.”
O pesquisador prevê frios já a partir de maio e com maior intensidade em julho.
“O que se visualiza é que poderosas massas de ar polar deverão invadir o Acre e parte do Amazonas e de Rondônia, provocando queda brusca da temperatura, com alta probabilidade de que ocorram registros inferiores a 10ºC, principalmente, em Rio Branco, Brasileia, Sena Madureira, Guajará-Mirim, Vilhena, Boca do Acre e cidades próximas a estas.
Algumas dessas ondas de frio mais intenso poderão ocorrer já a partir de maio, mas, antes, deverão ocorrer penetrações menores de frio polar. O auge do frio, entretanto, está previsto para acontecer nos meses de junho e julho, já na estação do inverno.
Não só nessa parte da região Norte do Brasil, mas em todo o centro-sul do país, principalmente, nos estados mais ao sul, deverão ocorrer ondas de frio intenso durante este ano. As primeiras quedas razoáveis da temperatura poderão ocorrer nas próximas semanas, naquela parte do Brasil.”