O democrata Tião Bocalom, ex-candidato à Prefeitura de Rio Branco e ao Governo do Estado, teve o nome citado numa das planilhas apreendidas pela Polícia Federal (PF) na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro. O acervo demonstra a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira, conquistados pela PF até agora.
As buscas fazem parte da 23ª fase da Lava Jato –chamada de Acarajé-, que teve como alvo o casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura que atuaram nas campanhas de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) e também o executivo da Odebrecht, apontado pelos investigadores como o canal de Marcelo Odebrecht para tratar de doações eleitorais e repasses ilícitos a políticos.
Pelo material, Bocalom teria sido beneficiado com R$ 400,00, número que, segundo a PF, pode ser um código para mascarar os reais valores repassados ao então candidato. Além dele, outros 200 políticos também estão relacionados. Bocalom não é investigado no âmbito da Lava Jato.
A imprensa nacional rapidamente deu publicidade ao matéria, que possui uma série de anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empresas referentes a obras e até documentos sobre “campeonatos esportivos”, que lembram documentos semelhantes já encontrados na Lava Jato e revelaram a atuação de cartel das empreiteiras em obras na Petrobrás.
O fato é que, até o momento, não há nenhum indicativo positivo relacionando os documentos a pagamentos irregulares. Além disso, a criação de caixa dois com o dinheiro também não é notória nas planilhas. Ainda não houve tempo hábil para uma análise detalhada por parte da Polícia Federal.
“Toda minha prestação de contas está lá [no TRE] declarada. Tivemos recursos do fundo partidário, e fiquei surpreso com esse negócio [a citação na planilha]. Honestamente não sei do que se trata isso. Estou aguardando o partido. Estou indo lá para saber se temos alguma coisa disso. É um projeto de 2014, e isso deve ficar claro. Não há provas de repasse não”, explica Tião Bocalom.
Segundo o oposicionista, durante a campanha, ainda em 2014, ficou claro a não monstruosa campanha eleitoral. “Pode ser que tenham projetado isso aí, porque em 2010 perdemos pro Tião Viana por uma mixaria, e isso ninguém pode negar. Fiquei surpreso, realmente, com toda essa história!”, alega o pré-candidato à corrida pela Prefeitura da capital acreana.
Bocalom afirmou, por diversas vezes, em conversa com o ac24horas, que espera uma rápida apuração do Poder Judiciário e da própria Polícia Federal, em quem acredita, e finalizou dizendo o seguinte: “Não tenho obra, nem nada com esse pessoal, por isso vou ter que ir no partido para saber que história é essa. Tenho certeza que não recebi nada! Olha aí o tamanho da nossa campanha”, concluiu.
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