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Está acontecendo o que a oposição sonhou com Marcus Alexandre

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

O prefeito Marcus Alexandre (foto), mesmo sendo do PT, faz uma administração suprapartidária. Uma boa administração. Quando inaugura uma obra fruto de recursos de emendas de parlamentares da oposição, faz questão de convidar o autor para o ato de inauguração. É um democrata. Não é um petista da radical ala dos “cuecas apertadas”. Mas, os últimos acontecimentos políticos o levaram para o olho do furacão. O ato de ontem a favor da Dilma e do Lula, em frente ao Palácio Rio Branco, por certo não deveria estar nas suas contas. Não podia faltar por ser uma convocação partidária.  Mas, era tudo o que oposição sempre sonhou para lhe colar a imagem do PT. E uma imagem de um partido altamente desgastada. Mas, em política o condenável é não ter lado. E o que deve ser julgado pelo povo acreano na eleição municipal não é sua filiação, mas se foi ou não um bom prefeito. O grave é a cada dia acontecer algo novo desgastando a imagem do seu partido. O tamanho do prejuízo somente a campanha eleitoral mostrará.



Democracia é assim


A oposição fez o seu ato contra a presidente Dilma e contra o Lula, na Capital. Ontem foi o dia do PT promover a sua manifestação. Ambos os atos estão inseridos na livre manifestação prevista na Constituição Federal. O mais importante é que tudo transcorreu em paz.


Melhor definição


A melhor definição que ouvi sobre a ida do presidente Lula ir para ser ministro da Dilma foi a seguinte: “depois da sua gravação desmoralizando as instituições judiciárias, a Dilma, longe de resolver um problema, trouxe para dentro do governo um problema mais grave”.


Na democracia ninguém está acima da lei


Numa democracia ninguém está acima da leis, mas sujeito a elas. Não há justificativa para se defender que esta ou aquela figura política não pode ser investigada. Dilma, Lula, Eduardo Cunha, Renam Calheiros, são autoridades, mas isso não impede que sejam investigados.


Respaldo importante


A OAB-AC ser a favor do impeachment da presidente Dilma é algo que não era esperado pelo governo federal, porque é uma entidade jurídica importante e muito representativa. Não é um apoio qualquer, foi a OAB-AC quem puxou o impeachment do presidente Fernando Collor.


Derrota simbólica


A OAB-AC apoiar o impeachment é uma derrota simbólica para a presidente Dilma. Até aqui poucas as entidades do peso da OAB estava na defesa do seu afastamento. Tudo isso é resultante das agressões gratuitas e descabidas às instituições do Judiciário. A agressão revelada nos grampos a estas instituições foi como um tiro no pé e com muito ranço.


 


Ladainha nojenta


Não pode é ficar a ladainha nojenta que tudo o que está acontecendo no país é culpa do Juiz Federal Sérgio Moro e da grande imprensa. Sobre a imprensa, para quem governa, a imprensa boa é aquela que só bajula e não tece uma crítica, mesmo que o mundo desabe.


Polarização prevista


Em Tarauacá a polarização prevista na disputa da prefeitura é entre o prefeito Rodrigo Damasceno (PT) e a ex-prefeita Marilete Vitorino (PSD), que na última eleição municipal foi muito bem votada, quando foi candidata a prefeita.


Padece do mesmo mal


Em Tarauacá a oposição padece do mesmo mal que domina seus partidos em municípios onde não existe segundo turno, no caso lançar várias candidaturas a prefeito. Em Tarauacá, por exemplo, PSD, PMDB e PP terão candidatos disputando a prefeitura. Favorece o PT.


Não mudemos o tom da prosa


A presidente Dilma não foi grampeada. O grampo foi no telefone do ex-presidente Lula, com autorização judicial. As conversas com o Lula foram registradas, foi o que ocorreu com a Dilma. E o grampo autorizado em lei é previsto na legislação. Não cabe, pois, a discussão estéril.


Método antigo, mas foi eficaz


Nos tempos da minha Avó, havia um ditado que dizia: “o que um puxão de orelha não resolver, nada mais resolverá”. O ditado se confirmou, no Acre. Depois do pito dado pelo governador nos secretários e cargos de confiança, eles estavam em peso ontem, de vermelho, no ato pró-Dilma.


Quem tem burro, não compra cavalo


O PT vive em todos os sentidos o seu pior momento, no Acre. Fato várias vezes reconhecido pelo senador Jorge Viana (PT), mas a oposição continua egoísta, estabanada, e sem a percepção de que, nunca teve momento tão favorável à candidatura única para a PMRB.


Conversa para boi dormir


A história de que no segundo turno a oposição se unirá em torno de um nome para enfrentar o PT é uma tese antiga, conversa para boi dormir. Até hoje o ex-candidato ao governo, Márcio Bittar (PSDB) reclama que foi abandonado no segundo turno pelos seus principais aliados.


Mais representativo


O Márcio Bittar (PSDB) pode ter uma série de defeitos, mas no atual contexto é o melhor nome que a oposição tem para disputar a PMRB. Está certo em não ser candidato com a oposição tendo várias candidaturas postas, e se preservar para um cargo majoritário em 2018.


Só merece reconhecimento


O Juiz Federal Sérgio Mora só merece o reconhecimento do povo brasileiro. Nenhuma de suas decisões foi contrária ao que prega a legislação. E tanto é assim que, todos os recursos contra seus atos foram rejeitados por instâncias superiores. Xingamentos não mudam sentenças.


A ditadura acabou


Não foi para termos instituições fortes e soberanas que houve toda uma luta contra a ditadura militar? No Estado Democrático de Direito, quem se sentir lesado contra uma decisão judicial recorre a outras instâncias. Se insurgir contra isso é se insurgir contra o Judiciário.


Alan Rick apoiará Dilma


No processo do impeachment da presidente Dilma, os deputados federais Alan Rick (PRB), Sibá Machado (PT), Léo de Brito (PT) e Raimundo Angelim (PT) votarão contra. Flaviano Melo (PMDB), Werles Rocha (PSDB) e Jéssica Sales (PMDB) serão a favor da saída de Dilma.


Questão partidária


O voto do deputado federal César Messias (PSB), no pessoal acompanha a posição dos petistas no impeachment. Como seu partido, o PSB, saiu da base do governo Dilma, se fechar questão a favor do impeachment, ele terá que seguir.


Alguém entende?


O prefeito de Epitaciolândia, André Hassem, alega não ter recursos para dar um reajuste salarial aos professores, e faz divulgar um Edital para a contratação de novos servidores?


Força das máquinas petistas


A mobilização de ontem em apoio à Dilma e ao Lula, em frente ao Palácio Rio Branco, mostrou as forças das máquinas municipal e estadual, jogadas em peso para colocar pessoas na manifestação petista. A estrutura de transporte envolveu municípios vizinhos e áreas rurais.


Fora da disputa


A informação é de dirigentes do PT: a médica Maria do Sandoval não será candidata a prefeita de Assis Brasil, por achar ser a sua gravidez de risco. Mas, o PCdoB não se alegre, porque o PT tem outro nome a ser anunciado. Não apoiará o candidato comunista Jesus Pilique a prefeito.


 


Tendência natural


Conversando ontem com um político de tradição em Brasiléia, este previu que a tendência natural na eleição municipal, será o PMDB se coligar com o PP, para apoiar a candidatura do vereador Joelso Pontes (PP) a prefeito. No caso caberá ao PMDB indicar o nome do vice.


Continua o impasse


Em Cruzeiro do Sul continua o impasse, com duas pré-candidaturas postas na FPA para a disputa da prefeitura. O deputado Josa da Farmácia (PTN) e o contador Romulo Grandidier (PSB), que tem o apoio da direção municipal do PT e do deputado federal César Messias (PSB).


Fora dos planos


O deputado Josa da Farmácia (PTN) diz que está fora dos seus planos formar como vice na chapa da FPA. Com a votação que obteve em Cruzeiro do Sul, seria uma desmoralização ser vice de quem nunca foi candidato a nenhum cargo eletivo. No que está absolutamente certo.


Outra questão pendente


Uma questão que precisa ser resolvida dentro da FPA é em Porto Acre. A cúpula do PT quer o ex-deputado Bené Damasceno (PROS) como candidato a prefeito. Só que o ex-prefeito Zé Maria (PT) tem o domínio do diretório municipal e não há como impedir a sua candidatura.


Não é parâmetro eleitoral


O ato público de ontem feito pelo PT na Capital não pode ser medida para a eleição municipal. Pelo simples motivo de ser um público que orbita em torno do poder, em torno do PT. Comícios, passeatas, carreatas, pesquisas, nunca serviram de parâmetro para mostrar a preferência popular sobre este ou aquele partido. A eleição em Rio Branco tem outros componentes. Se a oposição amanhã fizer uma manifestação maior também não será indicativo de que ganhará a eleição municipal. O voto majoritário é aquele que não foi a nenhuma das manifestações. É o voto calado. O voto dos grotões.  E é este voto que derrota ou elege candidato. O resto é uma tremenda bobagem de militante político.


 


 


 


 


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Luis Carlos Moreira Jorge

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