*Luiz Calixto
De todas as ações implementadas pelos governos petistas desde 1999 a única que sobreviveu ao fracasso foi a nefasta politica do “ ou é 8 ou é 80”.
Nesses 18 anos de poder “o meio termo”, o espaço para divergência política pacífica e a pluralidade de pensamento foram sumariamente aniquiladas.
Com a caneta e o orçamento em mão, a estratégia companheira foi eficiente para dividir a sociedade entre “nós” e “eles”.
Tudo se resumiu simplesmente a “ou estar com a gente ou estar contra a gente”.
Ou é 8 ou é 80.
A imprensa tradicional e parasitária, sempre com o olho gordo espichado na milionária verba publicitária e “nem ai” para verdades dos fatos, se adaptou muito bem e não deu trabalho algum ao adestrador oficial.
Um jornalista que ousasse escrever uma “ notinha” sobre qualquer assunto indesejável à leitura da poderosa cúpula imediatamente era considerado um elemento contra o projeto.
Seu retorno ao ninho até era possível, desde que precedido de uma retratação pública e humilhante.
Um empresário em negociação com o poder público sabe de antemão que isso equivale a assinar o tratado da subserviência. Ou se submete às regras ou quebra.
É fato que a subserviência, quando bem remunerada, fez fortuna pra muita gente.
Outros, de tão capachos, sucumbiram antes do tempo.
Tão marcantes e vergonhosos ficará para sempre na memória acreana episódios envolvendo gente graúda que engoliu a opinião e mudou de lado em troca de generosos nacos de verba pública.
Não por outros motivos, o povo está comemorado o fim de um reinado de intolerância, prepotência e arrogância.
A politica do “ou é 8 ou 80” impôs o medo, inclusive, na oposição. Raros tiverem coragem de trombar com o poder, tanto isso é verdadeiro que a maioria dos oposicionistas de hoje só declararam guerra ao PT depois que a moral do partido foi soterrada.
Enquanto senador Tião Viana emprestou o celular para filha. Nesta semana usou o seu moderno Iphone para mandar uma mensagem de “ou é 8 ou 80. Ou vai pra rua se manifestar a favor do governo ou vai pro olho da rua amargar a demissão do cargo.
*Luiz Calixto é economista,
foi deputado estadual por
três mandatos e atualmente
é Auditor da Receita estadual.