Para os familiares da mulher, a demora pode ter agravado o quadro clínico, que já não era dos melhores. “A gente ficou muito preocupado com a situação da minha avó. Desde que chegamos aqui, estávamos esperado. Hoje pela manhã, somente, foi que o médico apareceu e avaliou ela. Minha tia disse que a espera foi de ontem até hoje mesmo. Isso é uma vergonha”, desabafa a neta da idosa, a jovem Karina Emanuely Romano, de 21 anos.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) confirmou o caso, mas descartou demora no atendimento, alegando que a paciente foi prontamente recebida pela equipe do Hospital de Urgência e Emergência (Huerb) e que, durante o tempo em que esperou a análise do especialista, estava sendo acompanhada de perto pelos profissionais do setor de Emergência do hospital, e que os profissionais são capacitados pela os atendimento.
“O que nos passaram foi que eles estavam esperando um especialista. Mas essa informação só chegou a uma da manhã. Era uma emergência. Se forem ficar esperando o médico, isso é um risco. Foi muito complicado a gente receber essa notícia de que não tem um médico. Meu tio ficou revoltado e por isso e resolveu denunciar na imprensa, porque isso acontece com todo mundo”, diz a neta da idosa.
Segundo a moça, antes de se escolher trabalha na área de saúde, é necessário ter “empatia”, e “tratar bem as pessoas”. Ela diz que é necessário ainda que os servidores do Huerb sejam mais “educados com os pacientes e deem a eles as informações corretas”, deixando de lado a forma “chula” [grosseira] de tratar os usuários do maior pronto atendimento da capital acreana.
Nesta terça-feira, 15, a idosa já havia sido transferida para o Hospital das Clínicas (HC), onde deve passar por uma cirurgia no estômago.
