João Renato Jácome*
Respeito à democracia. Revolução por melhorias. Essas são expressões sobre as quais o cidadão brasileiro precisa, antes de tudo, refletir. É a partir disso que nascem os desafios e avanços que o Brasil precisa. Somente assim nosso povo terá garantido o direito à expressão, à vida e a real dignidade.
O domingo, 13 de março, vai ficar marcado na história. O povo brasileiro –em partes, claro- embalou-se no ritmo em que se pedia a deposição da presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Mais rápido ainda, os brasileiros, em quase 230 cidades, espalhadas por todo o país, pediam, ao se manifestar, a prisão do ex-presidente Lula, ícone do Partido dos Trabalhadores.
As ações contra Lula deram novo fôlego ao pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma, assim como a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citando Lula e a presidente, que foi acusada pelo ex-líder do governo no Senado de tentar interferir na Lava Jato.
Desde as Diretas Já, esta pode ser considerada a maior manifestação de rua da história da democracia brasileira, pós-ditadura, representação nítida de que os protestos de 2014, que antecederam e regaram a Copa do Mundo, ainda têm fôlego e atingem, agora, um novo patamar.
As pessoas saíram novamente de casa, e foram às ruas, clamar por Justiça e dizer que basta de tanta corrupção. Isso mostra que os brasileiros não são leigos e que conseguem, de fato, mostrar do que são capazes. Há, agora, ainda mais rejeição ao Partido dos Trabalhadores, e, também, ao governo que vem nos últimos meses com a boa avaliação em “queda livre”.
Ouvi de um manifestante o seguinte: “Qualquer um será melhor que Dilma!”. Outra, estudante universitária, falou: “O que a Dilma tá vivendo, são os problemas que o Lula deixou pro governo”. A questão é: como será o futuro do Brasil? Para onde estamos caminhando e onde pretendemos chegar com as manifestações?
Dizer que precisamos depor uma presidente é dizer que está tudo errado. Agora, se está errado, é bom deixar claro: foi o povo quem errou na hora de escolher. Colocar a culpa apenas em quem foi escolhido não é a forma mais correta de protestar aos problemas enfrentados pelo Brasil. Assumir um erro é um gesto de honra, de dignidade, e nossos líderes precisam fazer isso. A começar pelos cidadãos.
São milhões de pessoas envolvidas por um movimento que deveria ter sido totalmente legitimado nas urnas, durante o processo eleitoral. Tentou-se legitimar? Sim. O povo tentou. Se derrubarmos a presidente o Brasil vai ficar como? Você já pensou nisso? É bom analisar! Mas, claro, se for este o melhor caminho, que seja! Que prevaleça a democracia!
Conclui: Ecoou um grito que pede mudança!
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*João Renato Jácome é membro do Programa Internacional de Voluntariado das Nações Unidas e participa de redes horizontalizadas pela Democracia, Esporte, Meio Ambiente e Direitos Humanos.
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