Recém chegada de Rio Branco (AC), onde passou seis meses cuidando da mãe que estava doente, a dona de casa Ana Maria Rosa, de 38 anos, teve uma amarga surpresa na manhã do último domingo. A casa onde mora foi alcançada pela cheia do rio Madeira e ela teve que desocupar o imóvel no mesmo dia, mudando-se para uma casa nos arredores.
A mulher reside em Porto Velho há 4 anos, mas em agosto do ano passado retornou para Rio Branco para cuidar de sua mãe que estava muito doente. Em 2014, a região onde ela mora, no bairro Nacional, setor norte, foi um dos locais mais atingidos pela enchente. No passado a casa dela também ficou debaixo dágua. Para complicar ainda mais a situação de Ana, a casa dela foi condenada pela Defesa Civil de Porto Velho, e está na lista para ser demolida ainda esta semana. Ela alega não ser sido notificada da decisão e diz que não tem para onde ir com os dois filhos. Os vizinhos dela, que também tiveram os imóveis condenados, foram incluídos no programa de habitação da prefeitura e removidos para um condominio inaugurado em janeiro último.
Ana Maria disse que alugou por R$ 150,00 a casa onde está alojada e cobra a entrega de um apartamento, igual aos que os vizinhos receberam.
A mulher disse que apesar da situação, não pensa em voltar para a cidade natal embora não saiba o que fazer quando a casa for demolida.
“Vou ficar por aqui né? Lá, mesmo sem enchente a situação é bem pior. Perdi o cadastro das casas porque estava em Rio Branco cuidando da minha mãe. O pessoal da Defesa Civil disse pra mim ir me cadastrar que posso ganhar uma casa. Eu vou lá, se não der certo, me viro por aqui, mas pra lá (Acre), eu não volto mais não”, disse ela.