O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter se sentido um prisioneiro nesta sexta-feira (4) quando foi levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal. Ele depôs no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.
“Me senti um prisioneiro hoje pela manha”, disse ele durante entrevista coletiva, na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), no Centro da capital paulista.
Ele criticou a imprensa. Segundo ele, a imprensa é hoje quem condena e alfinetou informações vazadas destacando que não é possível ver o país nesse espetáculo midiático.
“Enquanto os advogados não sabiam nada, alguns meios de comunicação já sabiam. É lamentável que uma parcela do poder Judiciário brasileiro esteja trabalhando em associação com a imprensa.”
Ele acrescentou: “Antigamente você tinha a denúncia de um crime, ia investigar se existia e prender o criminoso. Hoje a primeira coisa que se faz é determinar quem é o criminoso”.
O ex-presidente disse que jamais se recusaria a prestar depoimento e que não sabe ainda se será candidato em 2018.
A Operação Lava Jato, que começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, chegou à 24ª fase nesta sexta-feira. Segundo a PF, a operação ocorreu na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo, e em outros pontos em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. O Instituto Lula também é alvo da ação da PF.
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