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Luto: adeus, Seu Osmar!

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Manoel Façanha
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A voz do ‘Galvão Bueno’ da minha infância e de outras centenas de crianças, jovens e adultos do bairro da Estação Experimental e adjacência, calou-se na noite desta quinta-feira (3). Falo do falecimento do Seu Osmar, figura folclórica do bairro da Estação Experimental, que nas décadas de 1970 e 1980 narrava jogos, por puro prazer, numa cabine improvisada num pé de uma seringueira, localizada à beira do campinho do Maracutaia.


Lembro-me que Seu Osmar, um dos primeiros moradores do bairro da Estação, era apaixonado por futebol. A paixão era tanta que ajudou a idealizar um dos maiores palco do futebol amador de Rio Branco: o campinho do Maracutaia, localizado na antiga Funbesa. Lá, Seu Osmar era carpinteiro, pintor, dirigente e narrador esportivo. O papel social desenvolvido por ele, naquela época, onde o bairro da Estação Experimental era considerado um dos mais violentos da então pacata Rio Branco, colaborou para desviar centenas de jovens da marginalidade.


Naquela época, fui atleta do São Paulo, equipe comandada pelo Sr. Osmar, onde ainda atuavam os filhos do personagem (Osmar): Pelé, Francisco e Tuquinha. Eram finais de semanas bem animados. Na véspera dos torneios, quase não dormia de tanta ansiedade.

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O incentivo a prática do esporte dado pelo Seu Osmar e outras figuras como do professor Nino, Seu Dário, Cosmo e tantos outros, não apenas ajudavam a frear a escala da violência do bairro, mas também ajudaram a revelar craques para o nosso futebol, como foi o caso do meia César Limão, que vestiu as camisas de Juventus, Independência e Rio Branco, assim como do Rei Artur, craque que despontou do Maracutaia para o mundo, passando Juventus, Rio Branco, Independência, transferindo-se para o Clube do Remo até brilhar no Porto (Portugal).


Homem trabalhador, honesto e um padeiro de mão cheia, chegou a ganhar na loteria esportiva na década 1970.


Se o Maracutaia, leia-se também bairro da Estação Experimental, perde um ser humano que ajudou a construir um mundo mais justo e alegre, usando o futebol como ferramenta, o Pai Celestial acaba de ganhar um narrador esportivo, cartola e padeiro de mão cheia.


Nota da redação: Ao tomar conhecimento do falecimento de Seu Osmar, o jornalista Roberto Vaz lamentou tamanha perda e lembrou do tempo em que sonhava ser locutor de radio e recebeu do amigo toda a atenção e incentivo. “Meus pêsames à família por tamanha perda”.


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Manoel Façanha

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