É difícil traçar todos os desafios pela frente do novo presidente da FIFA, o suíço Gianni Infantino, mas alguns parecem evidentes.
A começar pela resolução de questões domésticas da entidade. É que desde que estourou os escândalos no futebol em maio do ano passado, envolvendo seus dirigentes, a FIFA passou a ter dificuldade de atrair patrocinadores para as suas atividades.
A entidade fechou o ano de 2015 com déficit, resultado raro nas décadas recentes. Um rombo de mais de US$ 100 milhões e, se continuar, pode levar a FIFA à falência a médio prazo.
Uma limpa ainda deverá ser feita dentro dos quadros da casa, de funcionários a membros de comitês (corrupção de alta monta, como se sabe, nunca é de uma pessoa, mas de quadrilha) – a ação, aliás, já começou, sendo o caso mais notório (por enquanto) o do secretário-geral Jérome Valcke, que criticava regularmente a organização da Copa no Brasil, mas depois foi acusado de receber comissão na venda irregular de ingressos para a mesma competição.
Feito o dever de casa, Infantino vai ter que tratar de perto das relações com as confederações continentais e federações dos países membros. De acordo com as investigações dos Estados Unidos e Suíça sobre o futebol, pelo menos duas confederação (Concacaf e Conmebol) e várias federações (incluindo CBF) estão comprovadamente envolvidas em casos de corrupção – as outras quatro confederações estão sob suspeição. É inegável a necessidade de impor controle maior sobre elas – e exigir ética.
Chama à atenção a informação da própria FIFA de que 25% dos valores de negociações e transferência de jogadores são sonegados ou fruto de lavagem de dinheiro. O caso não espanta quando volta e meia um atleta brasileiro é vendido para o exterior e nós, torcedores, ficamos a perguntar: nossa, mas o jogador vale mesmo isso? Não é muito dinheiro? Pois é…
A FIFA, como reguladora do futebol no mundo, deve olhar isso. Não é possível continuarem usando largamente o esporte mais popular do mundo para transações financeiras escusas – isso estabelece no meio um ambiente de leis próprias.
Sobre as competições por ela organizadas, a entidade deveria se centrar em dar transparência e oferecer concorrência mais justa nos acordos com parceiros (patrocinadores, mídia e serviços operacionais), principalmente na Copa do Mundo, quando valores de contrato ultrapassam a casa de um bilhão de dólares.
Também se faz necessário prover relações mais claras com governos que recebem – e investem – nas Copas do Mundo. A FIFA precisa deter a megalomania de países-sede e propor a realização do Mundial de forma mais exequível e coerente com as condições do anfitrião – ou então, procurar alguém que o faça sem contratempos e desconfiança da população.
O recente congresso da FIFA que elegeu Infantino aprovou uma série de medidas para resgatar a credibilidade da entidade – inclusive limitando a presidência a 12 anos de mandato; Joseph Blatter permaneceu 17 anos no poder e o brasileiro João Havelange, acusado de montar o esquema de corrupção na FIFA, 25 anos.
Mas sugiro ao novo presidente, antes de mais nada, contratar uma boa banca de advogados. Não é difícil supor que exista uma grande máfia no futebol mundial. Ele vai precisar para combatê-la.
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