A proposta do governo de 23.48% de reajuste aos funcionários de escola e 19.75% aos professores foi rejeitada em assembléia da categoria, realizada no final da tarde desta quinta-feira (25). Os trabalhadores não aceitam a suspensão da VDP (Valorização de Desempenho Profissional), como sugeriu a Secretaria de Educação como condição para reajustar salários. O estado usa verba específica, na ordem de R$ 30 milhões anuais, exclusivamente para o décimo-quarto salário dos educadores. A VDP é instituída por lei e regulamentada em decreto.
Orientado pelos trabalhadores, o Sinteac irá retomar as negociações com o governo, em reunião agendada para a manhã desta sexta-feira (26). Os professores e funcionários pedem que o intervalo das parcelas seja encurtado, e exigem ganhos reais em 2016.
O governo argumenta que somente pode conceder reajuste utilizando os recursos da VDP, com percentuais iguais em janeiro de 2017, agosto de 2017 e março de 2018 para professores, e no caso dos funcionários, janeiro de 2017, setembro de 2017 e junho de 2018.
“É inaceitável”, opinou o vereador Manoel Lima (PDT), fundador do PT em Senador Guiomard, que se desfiliou do partido dos trabalhadores no ano passado. O professor Jorge Neto lembrou que “estamos sem reajuste há nove anos e a proposta governamental é uma vergonha”.
A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, afirmou que a entidade vai seguir tentando sensibilizar o governo sobre a necessidade de reajustar salários em 2016. “Estava claro que a suspensão da VDP não seria aceita. Nós vamos tentar avançar nas negociações. Temos tempo para isso. Esperamos não ser preciso grevar. Isso só depende da deliberação dos trabalhadores”, disse ela.