Luiz Calixto
Se é verdade que “de médico e louco todo mundo tem um pouco”, nota 10 para quem apelidou o governador Tião Viana de ” O míssil desgovernado”.
Tanto na questão administrativa quanto na questão ética o desempenho dele em suas duas gestões é um desastre.
É bem verdade que nosso míssil tem o GPS desregulado também por embalar os Mateus paridos pelos companheiros Jorge Viana e Binho Marques.
Tudo que ficara incubado nas administrações anteriores explodiu no seu colo.
Do doutor do qual se esperava a formação de uma equipe de peso, Tião preferiu cercar-se de um escrete de secretários e assessores especiais de terceira divisão.
No meio de uma penca de bons médicos, Tião nunca apontou sua mira num de seus colegas para tocar o sistema público de saúde.
Seu ibope entre os profissionais do setor é um traço.
Em sua primeira gestão preferiu escalar uma bióloga amiga que abandonou o barco alegando que adoecera em razão dos problemas que nunca conseguiu solucionar na secretaria de saúde.
Na segunda, nomeou um pastor para gerir o Hospital de Base, um procurador do estado para o cargo de secretário e um professor para vigiar e mandar nos dois.
Nem as orações do pastor, as leis do procurador e as lições do professor contribuíram para amenizaram a dor.
Do Detran deslocou para saúde Gemmil, cujo conhecimento na área não é suficiente sequer para diferenciar uma cibalena de um melhoral .
Fato é que o atual governador conseguiu piorar o que já não estava bom em todos os setores.
Nem seu irmão senador se empenha na defesa de seu governo.
Ao contrário, para tentar salvar o couro do desgaste, estimula a discórdia.
O desânimo no governo é geral e sintomático. A única certeza é que o governador conta os dias e as horas para pôr a mão na aposentadoria que lhe espera para viver bem e tranquilo fora do Acre e distante dos malditos problemas que deixará como legado.
Por muito e muitos anos seremos a economia dos contracheques. E roguemos para que o FPE não sofra um baque de grandes proporções.
*Luiz Calixto é economista,
foi deputado estadual por
três mandatos e atualmente
é Auditor da Receita estadual.