Luiz Calixto
Florestania do Jorge, melhor lugar pra se viver na amazônia do Binho; bodes, carneiros, peixes e casas de farinha do Tião; saúde de primeiro mundo de todos, fundo de aval, adjunto da solidariedade, fábrica de tacos e de camisinhas, indústria moveleira de Xapuri, Álcool Verde, tomates em Cruzeiro do Sul, inclusão social e empoderamento da sociedade, fogões geradores de eletricidade, biodiesel do Sibá, copa do mundo, corredor de exportação para os portos do pacifico, Zona de processamento de Exportações, bambu para China e móveis para Milão, etc.
Sem esquecer, óbvio, dos segway da PM.
Essas são algumas das inúmeras promessas e programas dos governos petistas que se sucedem desde 1999.
E por que nada disso prosperou?
Teria algum inimigo do Acre enterrado uma caveira de burro em nossas terras, de sorte que nada fosse avante?
Apesar da sucessão de fracassos eles ainda não desistiram de abusar de todas formas de manipulação para enfiar goela abaixo que somos o farol do mundo, embora a vida real das esquinas acreanas revele que não de uma lanterna sem bico.
Fato é que perdemos a carona da bolha do crescimento nacional e agora seremos tragados pela explosão da crise que destroça o povo e o pais.
Como bicicletas de academia, pedalamos, pedalamos, e não saímos do lugar.
E o futuro? sem bases , sem rumos, sem projetos, para conforto, é mais seguro dizer que este a Deus pertence.
Além de enfrentar toda ordem de dificuldades de um mercado incipiente, nenhum empresário formado na escola do capitalismo virá ao Acre para investir sabendo este que terá de se transformar num lambaio do governo.
E não se espere muitas mudanças, caso a oposição prove o sabor da alternância de poder poder.
Arroz, milho, feijão não germinam com discursos fáceis .
Aliás o maior pecado dos oposicionistas é transmitir para o povo que tem uma varinha de condão capaz de obrar milagres.
Doloroso dizer que o futuro do Acre não é dos melhores.
Por muito e muitos anos seremos a economia dos contracheques. E roguemos para que o FPE não sofra um baque de grandes proporções.
*Luiz Calixto é economista,
foi deputado estadual por
três mandatos e atualmente
é Auditor da Receita estadual.
