Uma fonte da coluna informou que a viagem pelo interior do Estado do senador Jorge Viana (PT) acompanhado do deputado federal Raimundo Angelim (PT) desagradou hostes petistas palacianas. Ele conversou com pré-candidatos em várias regiões. Mas alguns políticos ligados ao Governo não gostaram das articulações. O fato é que na hora H quem vai decidir “quem é quem” nas eleições de 2016 serão mesmo os articuladores do governador Tião Viana (PT). A palavra final caberá a quem está no “poder”. Por isso, mesmo que o senador tenha ido com uma palavra amiga e de conciliação entre os partidos que compõe a FPA nos diversos municípios por onde passou a decisão está nas mãos do grupo político ligado ao Governo do Estado. E não adianta chorar.
O racha velado da FPA
Por mais que a FPA em todas as mais recentes eleições se vanglorie da sua união, na prática, isso não é verdade. Primeiro que os desentendimentos em política são naturais. Nem todos pensarem iguais faz parte da democracia. E a gama de interesses individuais e de grupos sempre é muito grande. A união de uma coligação é momentânea.
Para inglês ver
O mérito da FPA é manter os seus desentendimentos longe da opinião pública. E mesmo quando se torna pública, como foi no caso da disputa interna pela presidência do PT, em 2013, sabem como fazer o povo esquecer rápido do assunto.
Rachas gravados na memória
Vários outros exemplos podem ilustrar esses “rachas” que acontecem na FPA. Por exemplo, na escolha da candidatura de Marcus Alexandre (PT) preterindo a então deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) para a prefeitura de Rio Branco. Muita gente saiu magoada. Em seguida, as articulações de bastidores que “limaram” as pretensões do então senador Anibal Diniz (PT) de disputar a reeleição em 2014. Até hoje alguns petistas acham que Anibal teria tido um melhor desempenho na disputa do Senado.
Não é o que parece
Quem conhece os bastidores da política acreana sabem que existem vários grupos na FPA que “não se bicam”. Mesmo dentro do PT algumas linhas de pensamentos estão em conflito com outras. Mas através do interesse comum pelo poder e os cargos comissionados tais problemas são sempre contornados.
Situações delicadas
A escolha do vice do prefeito Marcus Alexandre pode deixar muitos aliados escabreados. Será impossível agradar todo mundo. Sena Madureira também é um município em que a FPA poderá sair rachada com as candidaturas de Mano Rufino (PSB), apoiado pelo grupo de Jorge Viana e César Messias (PSB), e Charlene Lima (PV) que tem a simpatia dos petistas palacianos.
No Juruá ainda mais problemas
A FPA deverá ter duas candidaturas para disputar a prefeitura de Rodrigues Alves. O grupo do ex-prefeito Dêda (PROS) deverá indicar o seu candidato e o atual prefeito Burica (PT), outra candidatura. Ali a influência dos deputados estaduais Jonas Lima (PT) e Maria Antônia são relevantes.
Racha maior de todos
Mas em Mâncio Lima, por incrível que pareça, a FPA poderá ter três candidatos. Ériton Maia (PC do B), atual vice-prefeito é o candidato natural do seu partido. Jonas Lima já lançou o seu irmão Isaac Lima (PT) e Dêda, garante que estará livre dos seus processos e também será candidato pelo PROS. Ali ninguém abre mão.
Prova dos 9
Francineudo Costa (PSDB) terá que se viabilizar candidato à prefeitura de Rio Branco, mesmo tendo sido escolhido pelo diretório municipal. Segundo as minhas fontes, o PSDB nacional fará uma pesquisa para ver se o jovem candidato tem realmente condições de crescer no cenário de disputa da Capital.
Ney garante produção parlamentar mesmo em ano eleitoral
Nessa entrevista em vídeo, o presidente da ALEAC, deputado estadual Ney Amorim (PT), ressalta que mesmo sendo ano de eleições municipais os trabalhos legislativos não podem parar. Ele quer que a produção de projetos e os debates não sejam prejudicados. Passado o Carnaval Ney Amorim quer a Casa produzindo.
Assista a entrevista com o presidente da ALEAC, Ney Amorim.
