Governo e prefeitura de Rio Branco lançaram a campanha de combate ao Aedes aegypti, no sábado passado, cobrando limpeza das caixas d’água e terrenos, mas esquecem seus “quintais”, as fontes de água das principais praças do centro de Rio Branco. Foi o que constatou a reportagem de ac24horas, nesta segunda-feira, 15, na Praça da Revolução. As duas fontes do local são potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Não manter água parada e suja são orientações básicas de qualquer propaganda contra a dengue, porém isso não vem sendo cumprido no Acre. As fontes vivem desligadas com água parada e suja diariamente. O mais grave é que a praça é bastante freqüentada por causa dos quiosques, lanches que funcionam no local.
proliferação do mosquito nos locais.
“Tem essa rotina desses espaços nesse mesmo ciclo. O ciclo do mosquito é de cinco dias. Então nós estamos atentos a isso. E a limpeza que a Semsur faz é exatamente essa de renovação da água. Então não tem nenhum risco em relação ao Aedes, não tem nenhum risco.
O secretário também acrescentou que a cada 60 dias é aplicada larvicida. “Além disso para todas as fontes nós já aplicamos um larvicida. Esse larvicida tem duração de 60 dias. Ele garante as duas
coisas. Não tem risco nenhum em relação as fontes.”
Até o mês de fevereiro o Acre registrou 106 casos suspeitos do vírus zika. O maior número de casos suspeitos é de Rio Branco, 105 casos, e apenas um no município de Brasiléia. Todos que atenderam aos sinais e sintomas de caso suspeito seguem em investigação epidemiológica e laboratorial.
Sobre os casos de microcefalia, de dezembro de 2015 a janeiro de 2016, foram notificados 19 casos da doença na Maternidade Bárbara Heliodora, na capital acreana, sendo que todos estão em investigação epidemiológica e laboratorial para confirmação ou descarte.
Em relação a dengue, dados do Ministério da Saúde revelam que no Acre são 53,40 casos para cada 100 mil habitantes. O estado é o oitavo no ranking em incidência da doença para cada 100 mil habitantes. Embora seja alta a incidência, ano passado no mesmo período, o Acre ocupava o
primeiro lugar da lista com 217, 5.
O levantamento revela ainda que o Acre registrou 429 notificações até a terceira semana de janeiro e nesse ranking é o 18º estado do Brasil. Em janeiro de 2015, apenas nas três primeiras semanas, foram mais de 1,7 mil notificações.
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