As crises não surgem do nada, nem por combustão espontânea

Por
Da redação ac24horas

Luiz Calixto


As crises não surgem do nada, nem por combustão espontânea.


Sem exceções, suas causas estão vinculadas  a um paiol de  atos de  irresponsabilidade fiscal, que faz a alegria de muita gente e rende  carradas de votos.


Aliás,  antes  mandá-lo  arder no inferno,  governos irresponsáveis sempre fazem uma rápida escala com o povo  pelo paraíso.


Todo mundo sabia que os festivais de isenções fiscais de IPI para carros, linha branca de eletrodomésticos, etc .,  quebrariam governos e prefeituras.


No período das vacas gordas, a  União só “fez graça” com os impostos cuja arrecadação é  obrigada a repartir.


Àqueles que tem noções básicas de economia sabiam que o controle artificial dos preços e tarifas públicas era uma armadilha pronta para disparar a qualquer instante.


Enquanto o governo voava nas asas da  popularidade proporcionada pela generosidade  fiscal, a oposição ficava de mãos atadas , pois ser contra aquilo que o povo está gostando  além de antipático , tira muitos votos.


No Acre não foi diferente.


Muitas bobagens e traquinagens  foram feitas enquanto nadávamos nos rios de dinheiro dos empréstimos e repasses.


Chegamos ao cúmulo gastar uma fortuna apenas para satisfazer os desejos da trinca petista  Aníbal Diniz-  Jorge Viana- Binho Marques  de apresentar o Acre como uma opção para sediar a Copa do Mundo.


Com dinheiro “no balde” e um bando de irresponsáveis no comando,  fácil deduzir que o fim do Acre seria a quebradeira.


Pois bem.


O Acre está trincado e o remendo é difícil.


O  próximo governo comerá o pão que o atual  amassou.


Fornecedores e prestadores de serviços vivem o pesadelo sem fim de não receberem suas faturas, tal e qual acontecia nos piores governos do passado.


A “grife” petista de manter o pagamento do funcionalismo em dias está por um fio.


Um deslize qualquer na receita corrente e o estrago estará feito.


O mais grave é que o atual governador parece  estar “assobiando e andando”  pra enfrentar  crise, pois, até o momento, nenhuma medida de ajuste e de contenção de gastos   que mereça respeito e crédito  foi posta em prática.


*Luiz Calixto é servidor público e ex-deputado estadual.


Compartilhe
Por
Da redação ac24horas