A avó do prefeito Marcus Viana, Julia Aguiar, será homenageada com nome de avenida no Residencial Sol Nascente, no km 8 da rodovia AC 40, bairro Santa Maria, em Rio Branco. A homenagem foi uma decisão dos moradores do residencial em agradecimento à inclusão do bairro no programa Ruas do Povo, obra que mudou a realidade de vida na comunidade.
“Foi o prefeito Marcus Alexandre que ajudou a incluir nossa comunidade no programa de pavimentação do governo e a forma legal que temos como lhe agradecer é homenageando sua avó, já falecida, mas que ganhará o nome de nossa principal avenida”, disse H. Neto, presidente da comunidade.
O Loteamento Sol Nascente surgiu em 2005 com o seu primeiro morador tomando posse no dia 8 de janeiro de 2006. Entre os nomes das ruas, o senhor Juvenal e José Henrique, os mais antigos a habitar o local, também serão homenageados. “Seu Juvenal trazia em seu pampa, concreto para tapar os atoleiros formados pela lama”, acrescentou H. Neto.
O empreendimento imobiliário onde residem atualmente cerca 286 famílias começou a ser comercializado por uma empresa imobiliária em 2005. A área de terras pertence a Francisco Góes, que autorizou o empresário Francisco Alves Leite, a vender os lotes. Leite, como é mais conhecido, chegou a ser preso por estelionato e crime ambiental, delitos cometidos durante o processo de loteamento. O empreendimento foi embargado pelo Ministério Público.
Sem total infraestrutura urbana, em 2008, através da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco, os moradores representados através de uma associação, começaram traçar diretrizes para a elaboração de um plano de regularização da área de terras. Foi quando surgiu a parceria público-privada entre o município, a Associação de Moradores, o Instituto de Meio ambiente do Acre (IMAC), o Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual.
No dia 24 de maio de 2014 o prefeito Marcus Viana fez a primeira visita ao local. Acompanhado de assessores e de uma multidão de moradores, ele andou todas as ruas e conheceu de perto as prioridades apontadas pela comunidade.
“Vale ressaltar que não fizemos nenhuma manifestação ilegal como o fechamento da avenida, pelo contrário, sempre procuramos dialogar com os nossos gestores e buscar a parceria do Ministério Público”, comentou a professora Nádia Helena que integra uma comissão que percorre durante este domingo, casa por casa, homologando o nome do Residencial e das ruas.
“É o registro de nascimento do bairro. Suas ruas ganharão CEP, poderemos receber nossas correspondências e mais tarde, o nosso título definitivo, disse Nádia.
Segurança compartilhada – Não é somente na forma de fazer política de parceria que os moradores do residencial se tornaram referência. Com o aumento dos roubos e furtos em residências, a Associação criou um grupo no Whatsapp que monitora todo o movimento nas ruas e qualquer suspeita é compartilhada.
“Contamos com o privilégio de termos em nossa convivência comunitária a presença de vários militares e com o alerta feito através do grupo, conseguimos diminuir os arrombamentos de forma considerável”, disse H. Neto.
Festa de inauguração – Em fase final do projeto de pavimentação de 100% do residencial, os moradores preparam um mega evento para inauguração. Além de ruas asfaltadas eles vão receber esgotamento sanitário, iluminação pública e lutam por outros benefícios.
“Nossa próxima reivindicação é a área de terra onde está o canteiro de obras da empresa que trabalhou no residencial para construção de um Posto de Saúde, área de lazer e uma creche comunitária” concluiu H. Neto.