Essa discussão já é antiga e recorrente no Acre. A oposição conseguir se unir para ganhar uma eleição majoritária. No momento, em relação a disputa na Capital, praticamente, restaram apenas dois nomes de oposicionistas no jogo, Eliane Sinhasique (PMDB) e Bocalom (DEM). Mas algumas lideranças acreditam ainda na união. Na minha avaliação, mesmo que isso aconteça, existe um fator a ser considerado, a candidatura do deputado estadual Éber Machado (PSDC). Ele fez um primeiro mandato na ALEAC bem avaliado e se reelegeu contra todos os prognósticos, tem trânsito com o empresariado de Rio Branco e está empenhado em montar uma boa chapa de vereadores. Conversei com Éber que me garantiu que a sua candidatura é irreversível. Ele está estruturando um grupo para fazer uma campanha profissional. É um nome praticamente sem rejeição que vai correr na terceira via, sem ser oposição e nem FPA. Portanto, mesmo que a oposição se una, não dá para descartar a participação de Éber e de um possível segundo turno. Além do fato que qualquer eleição só tem um resultado final depois de abertas as urnas. Até lá todos estão no jogo.
O cuidado do vice
Enquanto isso, uma decisão delicada para o candidato à reeleição Marcus Alexandre (PT) será a escolha do seu vice. Não que o nome escolhido possa alterar alguma coisa, mas pode provocar uma crise política entre os partidos da FPA.
Deixando o ninho tucano
O dirigente, militante e suplente de vereador do PSDB, Rodrigo Donald, deixou o partido. Pela conversa que tive com o Rodrigo tudo indica que se filiará ao PMDB e deve concorrer a uma vaga de vereador na Capital. Ao lado de Roberto Duarte (PMDB) deve puxar a fila de votos para a legenda.
Os motivos
O filho do ex-deputado estadual Donald Fernandes não quis polemizar. “Chega uma hora que é preciso respirar novos ares. Sai em paz e sem alarde. Claro que existem desavenças no diretório municipal, mas isso não me faria sair. Já enfrentei o Bocalom quando ele era o dono do partido,” destacou.
Visão de futuro
Ele explicou ainda porque deverá se filiar ao PMDB. “Continuarei na oposição. Mas escolhi o PMDB porque o partido voltou a ter vontade de vencer. A autoestima dos peemedebistas está em alta e têm a candidatura consolidada da Sinhasique à prefeitura. Essa é a minha melhor opção,” garantiu.
Santidade
Na conversa Rodrigo cutucou. “Existe um entendimento entre os tucanos que nenhum outro partido do Acre é oposição e que nenhum petista presta, eu não concordo com isso. Parece que alguém para alcançar o céu precisa ser do PSDB,” ironizou.
Os movimentos em Rodrigues Alves
Um leitor pediu para a coluna falar sobre a pré-campanha à prefeitura de Rodrigues Alves. Então vamos lá. No momento o candidato favorito é o Sebastião Correia (PMDB) que deverá ter a vereadora Antônia Matos (PP) de vice.
NA FPA de Rodrigues
Qualquer candidato apoiado pelo ex-prefeito Dêda (PROS) é forte. No caso, será o empresário Márcio (PROS). Mas circulam boatos que a deputada estadual Maria Antônia (PROS) possa ser a candidata, o que não acredito. No PT, o prefeito Burica (PT), quer o vereador Evanildo (PT) na cabeça de chapa.
Correndo por fora
O ex-secretário municipal de educação, Manuel Orleílson (PTB) está no SEBRAE de Cruzeiro do Sul. Mas conseguiu fazer uma boa gestão na educação em Rodrigues Alves e ainda admite que poderá entrar na disputa.
Mais um caso de racha da FPA
Em Rodrigues Alves o PT e a liderança de Dêda não se misturam. Muito pelo contrário. Lá existe um Muro de Berlim separando os simpatizantes de Burica e do Deda. Nem o Carioca consegue aplacar essa rivalidades entre as duas forças políticas da FPA de Rodrigues Alves.
Polarização evidente
Nenhuma eleição é decidida no grito. Mas na minha avaliação a disputa da prefeitura de Cruzeiro do Sul estará polarizada entre Ilderlei Cordeiro (PMDB) e Henrique Afonso (PSDB). Mesmo com o apoio do Governo do PT não acredito que a candidatura de Josa da Farmácia (PTN) decole. Claro que a palavra final sempre é do eleitor.
Sena perto da união
O deputado federal Major Rocha (PSDB) se encontrou com o pré-candidato Mazinho Serafim (PMDB), esses dias, em Sena Madureira. Como o deputado estadual Gehlen Diniz (PP) anda próximo de Mazinho, quem sabe a oposição consiga chegar a um consenso em Sena.
Questão de educação
Li uma postagem de uma militante petista nas redes sociais pedindo respeito durante a campanha em Rio Branco. Ela diz que mesmo não compartilhando da mesma ideologia da deputada Eliane Sinhasique, trata-se de uma mulher, que deve ser respeitada. A jovem Maíra Menezes, que é filha do assessor do senador Jorge Viana (PT), Cacá Araújo, mostrou ter o mesmo bom senso do pai. Maíra, pelo jeito, quer o mais importante de uma disputa eleitoral, os debates de ideias e não as “baixarias” e ataques inócuos. Posições como essa da nova geração de acreanos enriquecem a política. Veja o texto: “Já quero deixar avisado aos meus coleguinhas da FPA que não vai ser nada revolucionário usar piadinhas machistas contra a candidata Eliane Sinhasique. Apesar de não ser do mesmo projeto político, é uma mulher e merece respeito.”
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