O plano de contingência em hipótese de enchente e inundações em Rio Branco, em 2016, foi lançado na tarde desta terça-feira, 19, pelo prefeito da capital, Marcus Viana, autoridades da Defesa Civil, assessores e secretários municipais. O lançamento aconteceu na sede da Associação dos Municípios do Acre (Amac).
A experiência na gestão do plano de contingência não é de hoje. Desde 2015, a prefeitura monta o plano, que vem se aperfeiçoando a cada ano. Tanto que em 2016, a gestão municipal tratou de se planejar mais cedo.
O conjunto de instituições que forma a sala de situação funciona com a seguinte gestão operacional: recolhimento e acolhida, transporte e retirada das famílias e ponto de apoio às famílias nos locais inundados.
“Esse acúmulo fez com que a gente tivesse todo controle do ponto de vista do monitoramento. A cada dez centímetros que o rio Acre aumenta a gente sabe a quantidade de edificações atingidas nas áreas de risco. Isso serve pra que a gente construa os abrigos na quantidade certa pra que a gente receba as famílias de uma maneira condizente”, disse o coronel George Santos, coordenador da Defesa Civil Municipal.
George Santos não descarta a possibilidade de uma nova enchente este ano. Ele informa que desde 1971, quando a Defesa Civil começou a fazer a medição, o rio Acre ultrapassou o alerta em quase todos os anos.
“É difícil falar do comportamento climatológico. É difícil saber como o rio vai se comportar em janeiro, fevereiro, março e abril. A gente pode dizer que de 1971 pra cá somente nove anos nós não tivemos enchente. Nos demais nos 36 anos sucessivos ou não a gente teve enchente. Mas 80% aconteceu enchentes. Quanto maior o nível menor a probabilidade. A gente teve acima de 17 metros somente quatro enchentes: 1988, 97, 2012 e 2015. Quanto maior o nível menor a probabilidade”, disse.
O prefeito de Rio Branco, Marcus Viana, reforçou que o Município está preparado para uma provável enchente.
“Esperamos que não tenha alagação, mas se houver nós temos que estar preparados. Por isso que a prefeitura hoje apresenta o estudo feito com atualização pra cota máxima de 18m40 atingida ano passado.”
A partir dos 12 metros, a prefeitura começa a tomar as primeiras medidas práticas, como a construção das primeiras unidades no abrigo do Parque de Exposições. Já a partir do alerta, as instituições são convocadas para concentrar suas atenções no plano de contingência.
“Quando o rio ultrapassa a cota de 12 metros nós já disparamos as primeiras medidas, a preparação do Parque de Exposição, se necessário, a construção das primeiras unidades pra acolher as famílias, mobilização de equipamentos, de equipes, veículos, barcos”, completou o prefeito.