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Pobre homem Rico

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Roberto Vaz


Um empresário não tão amigo, mas que pediu a um grande amigo meu para marcar um encontro , me revelou na tarde da sexta feira, (08/01), que só o Estado lhe deve cerca de R$ 23 milhões, dos quais 98% destes valores foram gastos em “feitos” –obras e outras coisas mais – no ano da campanha eleitoral de 2014.


Por ter se tornado amigo pessoal do governador, através da mão santa de um homem que serve ao senhor, o hoje pobre empresário, disse que já cansou de ir até a residência pessoal (a do Ipê) implorar para receber o dinheiro.

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Em voz baixa de quem não esconde que já se conformou com o calote, ele revelou que já dilapidou o seu patrimônio quase que por completo, pagando fornecedores e funcionários.


Ele fez o desabafo na frente de outro empresário e de um político pertencente a Frente Popular do Acre e não pediu segredos, muito embora garanta que jamais irá denunciar o caso ao Ministério Público Eleitoral, pois como bem disse “eu fiz trabalho foi para o Estado e não para a pessoa do governador Sebastião Viana, muito embora soubesse que ele tiraria proveito eleitoral”.


Na última semana do ano passado, o empresário informou que demitiu os últimos funcionários que ainda mantinha na folha: 1.253. Um número muito significante. Para saldar a dívida com os mesmos, vendeu uma de suas poucas máquinas pesadas que ainda estão no pátio da empresa a espera de penhora judicial. A máquina, que valia cerca de R$ 290 mil, foi repassada a frente por R$ 145 mil.


O grande empresário, que num passado bem próximo brigava para ganhar contratos governamentais, contou também, como forma de desabafo, que já nos primeiros dias de 2016 abandonou três obras que tinha com a Prefeitura de Rio Branco por falta de pagamento.


Ele hoje ora (e ora de verdade, de joelhos ao chão) para se recuperar de uma doença que adquiriu devido ao stress e para fechar a empresa, pois pelo que acha “o restinho de dinheiro não dará para pagar os impostos federal, estadual e municipal. Hoje eu só quero a minha humilde vida de vendedor ambulante”, implora.


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