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Músicos de Brasília denunciam truculência de militares da Força Nacional em estrada do Acre

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Um grupo de músicos de Brasília (DF), que está no Acre realizando apresentações denunciou, neste sábado, 16, atos de “truculência” e “discriminação” que teriam sido praticados por militares da Força Nacional de Segurança (FNS) que prestam serviços no entroncamento do município de Xapuri (AC), às margens da BR-317.


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Músicos de Brasília denunciam truculência de militares da Força Nacional no Acre

O músicos seguiam, na quinta-feira, 14, de Brasiléia (AC), cidade que faz fronteira com a Bolívia, para a capital do estado, Rio Branco (AC), contudo, após se distanciarem do outro carro que os acompanhavam, decidiram reduzir a velocidade nas proximidades da barreira policial, fazendo com que fossem abordados pelos agentes de segurança.

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“Eles [os policiais] se quer olharam para os documentos. Eles só pediram para os outros músicos que estavam com a gente saírem do carro imediatamente. O policial estava com uma violência psicológica muito grande. O cara puxou meu o cabelo para trás. Ele abordou os meninos e puxou os braços para trás, e bateu no corpo deles”, denuncia o doutor em Ciências Sociais, Wander Silva.


De acordo com a aposentada Jaciva Dourado, de 62 anos, que presenciou o fato, o momento foi de muita tensão, o que para ela pode ter ocorrido por “discriminação”, já que um dos integrantes do veículo era negro, e os demais, igualmente, possuíam um estilo de vestes característicos dos fazedores do rock.


“Pediram que meu cunhado encostasse, e assim fizemos. Eu percebi que eles estavam agindo com muita estupidez. Pediram para já sair com a mão na cabeça. Eu falei o que eu podia falar. Eu vi que eles estavam julgando os meninos pela aparência. Aí eu disse: ‘eles estão com a gente. Eles tem esse estilo porque fazem parte de uma banda de rock.’, disse a mulher.


A aposentada também relatou que ficou muito mal com o episódio. “Senti muita dor de cabeça. Quase que eu não conseguia falar de tanto nervosismo. Foi uma cena que não sai da minha cabeça. Quando eu olhei para trás, percebi que o policial estava batendo forte nas pernas do rapaz. Aquilo se faz com quem é bandido perigoso, e olhe lá. Mas julgar as pessoas assim, fazer esse pré-julgamento, não”, completa a mulher.


Segundo o professor da Universidade de Brasília (UNB), “a ideia foi de não reagir, nem argumentar. Vamos registrar uma reclamação junto ao Ministério da Justiça, à Secretaria Nacional de Segurança Pública, pessoalmente, em Brasília, assim que retornarmos”, finaliza Wander.


O ac24horas, até o fechamento desta edição, não conseguiu contato com a Assessoria de Imprensa do Ministério da Justiça.


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