Disputa pela prefeitura de Rio Branco tem quadro “quase” definido

O “quase” é por conta da política que sempre apresenta surpresas, mas na realidade os candidatos que irão participar da eleição da Capital estão definidos. Pouca coisa deverá mudar e, se mudar, será em relação as candidaturas de terceiro escalão ou “nanicas” que pouca diferença farão à disputa principal. Além do candidato à reeleição Marcus Alexandre (PT), os deputados estaduais Eliane Sinhasique (PMDB) e Éber Machado (PSDC), Bocalom (DEM), Carlos Beirute (PR) e possivelmente Francineudo (PSDB). Esses são os nomes que entrarão na disputa. O PSOL poderá ter um candidato.

Palavra de Bocalom
Depois da coluna noticiar a saída de Normando Sales do DEM, o ex-prefeito Bocalom me enviou uma mensagem de SMS com o seguinte texto: “Meu amigo jornalista Nelson! Vi seu comentário sobre a conversa com meu grande amigo Normando. Tenhas certeza de uma coisa: serei candidato a prefeito de Rio Branco.”

Por trás da cortina
Acredito que alguma liderança importante do PSDB está incentivando Bocalom a se manter no jogo. Não creio que os tucanos terão candidatura própria. A tendência é apoiar Bocalom no primeiro turno com a indicação de um vice.

Impasse PSDB e PMDB
O sonho do deputado federal Major Rocha (PSDB) seria o PMDB retirar a candidatura de Ilderlei Cordeiro (PMDB) em Cruzeiro do Sul para apoiar Henrique Afonso (PSDB). Nesse caso o partido iria compor com Sinhasique em Rio Branco.

Missão impossível
Mas como isso não vai acontecer haverá retaliação na Capital. O PSDB vai procurar qualquer caminho, menos o de apoiar a candidata do PMDB. Assim a permanência de Bocalom no jogo é uma saída honrosa para os tucanos. Não acredito que irão se aventurar com uma candidatura própria “nanica”.

Outro caso
Também em Sena Madureira os tucanos querem a cabeça de chapa. Desejam a ex-prefeita Toinha Vieira (PSDB). Mas o ex-deputado estadual Mazinho Serafim (PMDB) está bem no jogo. Não vai sair simplesmente de cena. Ele tem nas pesquisas as mesmas intenções de votos que Toinha.

Força distribuída
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) é quem dá as cartas do partido no Juruá. Ninguém da executiva do PMDB vai contrapor as suas decisões. Portanto, Ilderlei será o seu candidato com grandes chances de vitória.

Liderança maior
O presidente do PMDB, deputado federal Flaviano Melo (PMDB), tem apoiado integralmente a candidatura de Sinhasique. Não importa quem serão os outros candidatos. Flaviano já bateu o prego, virou a ponta e mobilizou o partido na Capital para a disputa da eleição. Isso é irreversível.

Cada um no seu quadrado
O problema dessa falta de diálogo entre PMDB e PSDB será em 2018. Como os tucanos preferem um caminho próprio em 2016, nas próximas eleições gerais, também deverá haver retaliações. Ou seja, o PMDB anda empolgado com o 15 nas ruas e não vai abrir para o PSDB ao Senado e nem ao Governo.

Beneficiados
Quem vai ganhar com isso são os senadores Gladson Cameli (PP) e Sérgio Petecão (PSD). Gladson poderá contar com o apoio do PMDB ao Governo e, Petecão, ao Senado. Mesmo porque são duas vagas de senadores e mesmo que o PMDB tenha um nome à disputa a composição será possível. Os dois apoiarão Sinhasique na Capital.

Isolado
Esse jogo de candidaturas municipais não deve estar interessando ao ex-deputado Márcio Bittar (PSDB). Pelo andar da carruagem ele ficará isolado politicamente, em 2018, seja para disputar o Senado ou o Governo. Restará a opção de ser candidato a deputado federal.

Plano B
A outra opção de Bittar seria trocar de partido. No PSDB o seu espaço político está bastante reduzido. Com a presidência na mão do Rocha, Bittar terá que se conformar com aquilo que o destino mandar.

Disputa interna
Assim caso Bittar saia para federal irá enfrentar Rocha. O ganhador levará de brinde a presidência do PSDB. Claro que Rocha ainda sonha com candidaturas majoritárias em 2018. Pode sair ao Governo ou ao Senado.

Os ventos mudam de direção
Tudo isso que escrevi sobre essa relação do PSDB com PMDB é uma radiografia momentânea. Claro que as lideranças dos dois partidos podem tentar mudar o rumo das coisas. Mas sinceramente não acredito que isso aconteça até as eleições.

Caminho solo
Quem está optando por um caminho independente é a ex-deputada Antônia Lúcia (PSC). Recentemente esteve em Rio Branco com o seu marido, deputado federal Silas Câmara (PSC-AM). Eles vão investir pesado na candidatura a prefeito da Capital do médico Carlos Beirute pelo PR.

Segundo turno à vista
Com esse quadro traçado não acredito que alguém vença a eleição em Rio Branco no primeiro turno. Os dois candidatos que forem para a disputa final serão testados no quesito formar novas alianças. Quem conseguir mais aliados vence.

Dificuldades
O atual prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino (PSB), mesmo com apoios políticos importantes terá que vencer a rejeição. O senador Jorge Viana (PT) e o deputado federal César Messias (PSB) são os padrinhos mais importantes de Mano. Ainda assim terá que convencer a população que merece mais quatro anos para governar.

FPA dividida
Se a publicitária Charlene Lima (PV) for candidata a FPA terá duas candidaturas em Sena. Isso pode igualar as coisas com a oposição. Realmente fazer um prognóstico de vitória de alguém em Sena Madureira nesse momento é impossível.

Destaque de Gladson em Manaus
O jornal Amazonas em Tempo publicou a seguinte notícia na sua coluna política:
Mirem-se no exemplo – A bancada do Amazonas bem que poderia seguir o exemplo do senador Gladson Cameli (PP-AC) e tentar atrair recursos para a prefeitura de Manaus, que continua na maior seca no governo da dona Dilma.
E ainda a nota complementar : Babita – Cameli acaba de conseguir a destinação de R$ 3.570.000,00 para diversos municípios acreanos por meio de emendas parlamentares para a SUDAM. A indicação são recursos extra-orçamentários solicitados por Cameli ao Ministério da Integração (do PP) para ajudar as prefeituras do Acre.