Jorge Viana abre o jogo: “não há clima político no PT para o já ganhou”
Telefone toca. Era o senador Jorge Viana (PT) me chamando para um bate-papo. Fui. Centrei na política, minha área. Mostrou-se muito preocupado com a situação de desgaste do PT, com reflexo negativo sentido no Acre, nas popularidades do prefeito Marcus Alexandre e do governador Tião Viana, que a seu ver, cumprem boas gestões, mas estão sendo atingidos pelo desmoronamento popular dos fatos acontecidos com figuras nacionais do PT e com o próprio partido. Discorda dos que acham a disputa da PMRB será fácil para o PT: temos um bom prefeito do PT, no pior momento do PT. Quando o PT estava no auge sempre vencemos eleições em Rio Branco por diferenças pequenas, na minha visão será a eleição mais dura das que o PT já disputou para a prefeitura da Capital, não há como ter outra avaliação, vaticina. Prevê uma batalha duríssima.
Estamos pagando um erro
Sobre Cruzeiro do Sul balança a cabeça em desalento. Atribuiu ao fato do PT ainda não ter um candidato em Cruzeiro do Sul ao próprio PT. “Insisti em lançar o professor Marcelo Siqueira, um quadro que eu gosto, candidato a prefeito. Fui voto vencido. Lançaram o Henrique Afonso e aí está ele candidato a prefeito pela oposição”. São erros que cometemos e temos de pagar, diz.
Na defesa do novo
Sobre Cruzeiro do Sul não se mostrou entusiasmado com uma possível candidatura a prefeito do deputado Josa da Farmácia (PTN). É defensor que se busque um nome novo e com trânsito entre os cruzeirenses para lançar a prefeito, com o professor Marcelo Siqueira (PT) de vice.
Sérgio Petecão foi uma moda que passou
Sobre o senador Sérgio Petecão (PSD) diz que foi eleito num momento em que seu nome era moda, que não existe mais. Lembra que, se ele fez uma boa gestão na Aleac foi porque o PT colocou o deputado Ronald Polanco (PT) como primeiro secretário, para evitar um desastre.
Coloquei gestores nos lugares certos
Numa análise rápida sobre seus governos enfatiza que se saíram bem porque tinham bons assessores nos lugares certos. O Gilberto Siqueira, no Planejamento, era um craque. Tivemos o Binho na Educação, que deu um show e outro grande administrador: o Osvaldo Leal, na Saúde. Sou exigente quando se trata de gestão, explica.
Um ponto fora da curva
Surpreendeu ao elogiar o prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino (PSB), achando que tem um bom trabalho por ter pegado uma prefeitura no fundo do poço. Nas entrelinhas deu a entender que defenderá seu nome como candidato único dentro da FPA à reeleição. Acha que Mano já conseguiu superar a fase mais difícil.
Ganhar e administrar
Jorge Viana tem uma visão política, mas acoplada à gestão. A questão, segundo ele, não é eleger um prefeito, mas eleger um prefeito que tenha condições de fazer uma boa administração, diz quando se fala em candidaturas para prefeito.
Se virar político profissional, estou fora
O senador Jorge Viana é só elogio quando se refere ao prefeito Marcus Alexandre, de quem confessa ser um orientador político. Mas, fez uma ressalva: “se ele entrar pelo caminho de se tornar um político profissional, eu estou fora, não conte comigo, já disse a ele”. O considera um dos melhores quadros jovens do PT.
Para um bom entendedor
Jorge não foi explícito, mas para um bom entendedor meia palavra basta, o nome que pretende trabalhar para disputar o governo é o do Marcus Alexandre. Só que existe um 2016 no meio do caminho.
Ninguém faria melhor
Embora ache que o tamanho do governo estadual deveria ser diminuído para se adequar á crise financeira, considera que, pela difícil situação econômica em que se encontra o país, refletindo nos Estados e Municípios, ninguém faria melhor do que o Tião Viana e o Marcus Alexandre estão fazendo nas conduções do Estado e Município.
2018 está longe
Sobre as eleições para o governo em 2018, Jorge Viana fala que está muito longe para se discutir nomes e que a preocupação do PT e da FPA deve ser com 2016, que formarão a base política e o quadro para a disputa do governo estadual.
Alto acre
Sobre os municípios do Alto Acre, cita que Brasiléia é onde o PT está melhor posicionado com a candidatura da vereadora Fernanda Hassem (PT), pelo desastre que vem sendo o prefeito Eraldo Gomes (PMDB). Acredita que se fizer uma boa campanha, ela vence a eleição.
Não vê sentido
Sobre as notícias que correm de que o prefeito de Feijó, Merla Albuquerque (PT), poderá renunciar ao mandato no próximo mês para que o seu pai, ex-prefeito Francimar Fernandes, possa disputar a prefeitura, não vê sentido. Defende que o Merla busque a reeleição, porque fez por onde merecer, deixando a prefeitura do município enxuta.
Eleição diferente
A eleição de 2016 será disputada num quadro novo e que deixa uma incógnita, o fato de não ser mais permitido o financiamento por empresas, o que muda o modelo de captação de recursos para a campanha. “Não sei como isso funcionará”, pondera.
Depois do carnaval
Na sua agenda consta um giro, depois do carnaval, por todos os municípios para uma avaliação das candidaturas postas e de que forma se dará a sua atuação partidária. Já pediu à sua assessoria que faça um relato antecipado sobre as candidaturas dos partidos, para servir de base.
Estratégia com um fim
Sobre a movimentação do PR, com investidas em prefeitos da oposição, Jorge Viana entende que a estratégia tem um único objetivo político: formar uma base para a ex-deputada federal Antonia Lúcia (PSC) buscar um novo mandato em 2018, que considera normal.
Mudando de assunto
A coluna tem a informação de uma outra importante figura política do PT, que o partido praticamente lavou as mãos com o prefeito do Bujari, Tonheiro (PT), em vias de ser cassado pela Câmara Municipal. Não terá apoio partidário para disputar a reeleição.
Festival de buracos
Voltei de Brasiléia atordoado. O trecho de mais de 30 quilometros antes de chegar a Epitaciolândia é uma sucessão de crateras. O vão da ponte que liga Epitaciolândia à Brasiléia coleciona buracos no asfalto. E as ruas da cidade de Brasiléia estão liquidadas.
Trabalho redobrado
O prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes (PMDB), tem que trabalhar dobrado para recuperar a cidade e ter condições de disputar a reeleição com chance de vitória. E torcer para que não aconteça este ano mais uma alagação do Rio Acre.
Não adiantam devaneios
Com quem converso política e tem lucidez, reconhece que o senador Gladson Cameli (PP) é um nome que tomou corpo e quando se fala em 2018 e disputa do governo, o primeiro nome que vem é o seu. Não adiantam devaneios, é o nome que maia ameaça a hegemonia petista. Mas é muito cedo, não se sabe em que contexto acontecerá a eleição para governador.
De muito bom tamanho
Um petista muito ligado ao governador Tião Viana me revelou ontem no mercado, num rápido papo, que não há nenhuma preparação para a vice Nazaré Araújo (PT) disputar o governo em 2018. “A sua permanência na chapa como vice já está de bom tamanho, nada além”, completou.
Se entrar pelo feudo se quebra
Chega a informação que o presidente do PSDB, deputado federal Werles Rocha, lançará um irmão candidato a vereador da Capital e a irmã para deputada estadual. Se o Rocha entrar pelo caminho do feudo político, perderá a sua identidade de ser contra a familiocracia.
Nada definido, mas é uma opção
O presidente do PR, médico Carlos Beirute, me disse ontem que não existe martelo batido para ser candidato a prefeito da Capital. “O certo é que o PR poderá ter um candidato próprio, se o partido decidir que tem que ser eu, não tem problema, meu nome é uma das opções”.
Definir oficialmente
A primeira atitude que o PR tem que tomar é mostrar à imprensa cópias das filiações dos prefeitos, porque está acontecendo um desmentido atrás do outro. O secretário-geral do PR, Paulo Ximenes, poderia liberar cópias para por fim a este puxa-encolhe.
Quem não se mostra não aparece
Embora um pouco tarde, deveria vir fazendo mensalmente, o vereador Fernando Martins (PCdoB) vem mostrando na mídia o seu trabalho como vereador, com algumas ações interessantes, que poderiam ter sido mais divulgadas.
Descobrir muitas tramóias
A suspensão do seguro-defeso aos pescadores artesanais para que seja feito um recadastramento minucioso nos registros, poderá descobrir muitas tramóias eleitorais. Fala-se coisa do arco da velha sobre a troca de carteiras de pescadores, no Acre, por votos.
Acabar com a dúvida
O STF agiu certo ao jogar no lixo o Decreto Legislativo graciosa que ia de encontro às medidas esclarecedoras que virão com o recadastramento de pescadores.
Nós górdios do PT para 2018
O senador Jorge Viana cita dois colégios eleitorais que o preocupam: Feijó e Tarauacá. Ambos decisivos na eleição do Tião Viana. Elogia o prefeito de Feijó, Merla Albuquerque (PT), como exemplo positivo de gestor. Fala também bem do prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PT). Mas reclama que falta mais apoio do partido e do governo aos dois prefeitos. Ambos não muito entusiasmados em disputar a reeleição. Se não forem candidatos prioritários, e perdemos as prefeituras de Feijó e Tarauacá em 2016, será terrível para o PT em 2018. Por isso vê 2016 como uma eleição decisiva para o PT em municípios que são redutos petistas.