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Palavras de Luiz Calixto: “Pela longa estrada da vida o PT passa e deixa o seu rastro”

Por
Roberto Vaz

*Luiz Calixto


O que mais desencanta na politica é a desinformação e, o mais grave, aqueles que de forma proposital se aproveitam dela.


A discussão que se arrasta ao longo dos 700 quilometros de serviços mal feitos e desmandos da estrada que nos leva até Cruzeiro do Sul é um exemplo clássico dessa exploração.


Acossado pela indignação de quem precisa dela, o governador Tião Viana tratou de arranjar 2 buchas: os empresários do Juruá e suas as carretas bi-trens.


Segundo Tião , às escondidas dos órgãos de fiscalização, esses maldosos empresários enchem seus bi-trens de mercadorias e o peso delas destroem a BR.


Temendo perseguições os acusados silenciam.


Ao culpá-los, o governador propositalmente despreza os cálculos estruturais feitos pela engenharia rodoviaria e, dessa forma, acaba por convencer uma legião de pessoas, que, ao contrário dos órgãos de fiscalização, enxerga a passagem daqueles gigantescos veículos.


E é exatamente nesse trecho que a desiformação pega carona.


O peso bruto total se distribui pela quantidade de eixos que o veículo possui.


Por exemplo:  um bi-trem tem 9 eixos e 80 toneladas de peso total.


Isso significa que o impacto dele sobre a rodovia é o mesmo de um caminhão truck, com 2 eixos e capacidade de transportar até 17 toneladas.


O melhor é arranjar as buchas de sempre: o solo e as chuvas.


Quem trafega por uma estrada durante sua construção pode observar os desvios e o perigoso vai e vem de caminhões e máquinas.


E o que estão fazendo?


Ora, estão retirando exatamente o barro ruim, a tabatinga, para substitui-los por barro bom, vermelho, de boa compactação.


Em alguns casos, para melhorar a condição do aterro, ao barro é misturado proporcionalmente a cimento. E por falar em cimento o povo acreano conhece bem a história contada por Narciso Mendes sobre o sumiço de milhares de sacas.


Quanto às chuvas, a “drenagem” é a solução para desviar as águas que possam comprometer a base e o pavimento da estrada.


Por mais bem feita que seja a BR precisará de manutenção. O problema é que isso agora não basta.  Ela precisa ser refeita.


E o pior: ninguém quer falar da grana que sumiu pelos drenos e desvios , de recursos óbvio.


*Luiz Calixto é economista, foi deputado estadual por 3 mandatos e atualmente é Auditor da Receita estadual.


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Roberto Vaz

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