Contrariando os “cuecas apertadas” e as “calcinhas apertadas”
A última entrevista do prefeito Marcus Alexandre (foto) ao ac24horas mostrou que, ao contrário dos moços e mocinhas integrantes das alas dos “cuecas apertadas” e das “calcinhas apertadas” do PT, que insistem que já ele está reeleito, mostrou um político equilibrado e com os pés no chão ao dizer que, a exemplo de outras disputas da PMRB, a de 2016 também será dura e difícil. “Não vai ser diferente” – vaticina. Se com o PT no auge da coqueluche popular as eleições na Capital foram apertadas contra a oposição, na atual conjuntura; com o PT de imagem destroçada, protagonista nacional dos maiores escândalos financeiros, recessão, crise econômica, rejeição de 65% da Dilma, tudo está a indicar que o petismo terá, talvez, a sua eleição mais difícil para a PMRB, em que pese o Marcus estar sendo um bom prefeito.
O povo é indecifrável
O Marcus Alexandre, até a oposição reconhece, não é a última bolacha do pacote, mas é um bom prefeito para a atual conjuntura econômica. Com este “Fora PT” cada dia mais crescente na população, o Marcus não poderia mesmo dizer que é favorito, mas será osso duro de roer.
Reconhecimento tácito da oposição
Tanto o Marcus está sendo um bom prefeito, que o marketing da oposição que será trabalhado para colocar em campo na campanha do próximo ano, é lhe mostrar como sendo um dos caciques do PT e figura influente do partido, criando a figura do anti-candidato ao PT.
Fim do discurso do nada presta
Pelo que escutei de figuras do PMDB, o discurso do partido na eleição para a prefeitura da Capital não terá mais os bordões do “nada presta”, “roubaram o dinheiro”, “acabaram com o Acre” e etc, estratégia rechaçada nas últimas eleições, mas será em cima de um programa partidário alternativo ao em execução na PMRB, sem desmerecê-lo no todo, mas enfocando nos seus pontos fracos, como os aluguéis de prédios para abrigar secretarias municipais e o aparelhamento político da gestão municipal. Se isso funcionará, 2016 e que vai dizer.
Será vetado pelo PT
O advogado Valadares Neto (PCdoB) nunca disse que será candidato a vice-prefeito na chapa da vereadora Fernanda Hassem (PT) que disputará a prefeitura de Brasiléia. Mas em recente roda de petistas, em que a hipótese foi mencionada, a reação foi unânime: “este, jamais!”.
Impor na marra
Aliados do prefeito Mano Rufino (PT) se dizem tranqüilos quanto a possibilidade do Mano vir a ser o candidato único da FPA para a prefeitura de Sena Madureira, imposto pelo deputado federal César Messias (PT). Com que argumento pressionar, com a rejeição de 70% do Mano?.
Erro de estratégia
O prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino (PSB), cometeu um erro primário para quem pretende disputar uma reeleição, chutou os aliados que o ajudaram diretamente na campanha e se juntou com adversários do PT, como o grupo do ex-deputado Gilberto Diniz (PTdoB).
Não consigo vislumbrar
A vice-governadora Nazaré Araújo (PT) é uma Lady. Qualificada também. Mas não consigo ver nela um perfil político encorpado para a disputa da eleição de 2018 ao governo, como alguns colegas costumam aventar. No máximo deve encampar de novo a vice na chapa de 2018.
Casa da mãe Joana
Se até o fim previsto das revistas íntimas nos presídios o IAPEN não colocar mecanismos eletrônicos para vistorias, ficará uma porteira aberta à entrega de drogas e celulares.
Correndo os bairros
Para quem não acreditava na candidatura do deputado Eber Machado (PSDC) a prefeito de Rio Branco pode começar a crer, está direto no recesso fazendo visitas aos bairros. Como a campanha de 2016 será de tiro curto de 45 dias, apoio tem que ser completado nos grotões.
Franco atirador
Como tem mandato de deputado, Eber Machado entra na disputa da PMRB como franco atirador: se ganhar fica no saldo, se perder também ficará no saldo, porque terá projetado seu nome e imagem para 2018; e num segundo turno, ele será paparicado para uma aliança.
Tem a sua razão
Tião Bocalon não se manifesta sobre o assunto, mas tem as suas razões em não apoiar no primeiro turno a candidata à PMRB, deputada Eliane Sinhasique (PMDB). Foi justamente a louca candidatura de Fernando Melo a prefeito pelo PMDB, que colaborou para a sua derrota.
Nem devia ter saído
O prefeito de Acrelândia, Jonas da Farmácia (PT), está voltando ao cargo após o fim do afastamento pela justiça. Não importa que como gestor seja um desastre, mas o TJ foi açodado no seu afastamento, mesmo porque a decisão não trouxe nenhum benefício ao município.
Independente da justiça
E até porque o prefeito Jonas da Farmácia não tem uma condenação transitada em julgado que justificasse o afastamento. Acredito que a sua condenação deverá acontecer na eleição em 2016, com a sua chance de reeleição sendo remota, pelo seu fracasso como prefeito.
Navegou bem nas tormentas
O senador Jorge Viana (PT) termina bem o ano e recebendo elogios até de dentro da oposição, por não ficar defendendo os mal feitos do seu partido. Criticou quando críticas tiveram que ser feitas. Apontou rumos. As mudanças são observadas, o Jorge tem hoje uma cabeça mais aberta.
Conselheiro político
Jorge Viana é hoje um dos conselheiros políticos mais próximos do prefeito Marcus Alexandre.
Relações trabalhistas privadas
Amigos advogados militantes me abordaram para dizer que o projeto do deputado Raimundinho (PTN), que obriga as empresas privadas a comprovar que pagaram os terceirizados para receber pagamento do governo é nulo. As relações entre terceirizados e as empresas são privadas e quem regula é a Delegacia do Trabalho e não o governo. Não viram isso quando sancionaram? O governo pode apenas cobrar o bom trabalho das empresas na execução dos serviços contratados.
Esforçado, mas não brilhante
O deputado Jenilson Lopes (PCdoB) é um parlamentar esforçado. Tende crescer. Não é dos piores da atual composição da Aleac, mas com certeza não se encontra entre os três que mais se destacaram. A não ser que se use o critério do compadrio para agradar. Não é o meu caso.
Paternidade dúbia
A deputada federal Jéssica Sales (PMDB) apareceu na mídia como autora do projeto e liberação da área do igarapé-preto para revitalização pela prefeitura de Cruzeiro do Sul. Aparece agora o senador Gladson Cameli (PP) liberando uma emenda. Tem mãe ou pai?
Nada pior
Nada pior no cenário nacional este ano que o prestígio da classe política, sempre aparecendo nas pesquisas com mais de 80% de rejeição. E os partidos no bojo, com PT e PMDB protagonizando os maiores escândalos financeiros do ano. Não se vê uma luz no fim do túnel.
Capítulo primeiro
Foi aprovado e sancionado um projeto do deputado Jesus Sérgio (PDT) criando na rede escolar uma disciplina para teorizar sobre corrupção eleitoral. Na grade da matéria deveria ter um capítulo: “as eleições proporcionais no Acre são na base da troca da vantagem pelo voto”.
Fim da farsa
Fim do ano e fim da farsa da “Frente Alternativa” – que visava fortalecer os deputados dos partidos nanicos e indicar o vice do Marcus Alexandre. Nem uma coisa e nem outra, morreu antes de nascer. Quem tem empregos no governo pode brigar com o governo?.
Muito certo
Certo fez o ex-deputado Luiz Tchê (PDT) que largou de mão da aventura, porque sentiu que era só jogo de cena e foi tratar de arrumar o seu partido para a eleição de 2016, quando terá uma boa chapa de candidatos a vereadores na Capital e candidatos a prefeito no interior.
Tentam retorno
Lene Petecão (PSD), Rose Costa (PT), Graça da Baixada (PT) e Roselane (PRP) vão tentar voltar à Câmara Municipal. As mulheres deveriam votar nas mulheres até como valorização política.
Perderam a grande oportunidade
O Senado da República e a Câmara Federal deixaram de dar uma guinada na direção de eleições mais limpas a partir de 2016. Não fizeram a Reforma Política que poderia acabar com instrumentos de corrupção e patifaria como o fim das coligações proporcionais e a criação de uma cláusula de barreira. Com uma cláusula de barreira se acabaria com a farra de criação de novos partidos, que visam virar balcões de negócios para seus donos ganharem dinheiro. E sem coligações proporcionais findariam os conchavos financeiros e não haveria políticos entrando pela janela no chamado “efeito Tiririca”. Mas, os nossos políticos preferiram manter o mercado persa em que se transformaram as eleições no país. Naquela do “meu pirão, primeiro”. Bom para eles, ruim para o povo.