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“Não tenho o que comer nesse natal”, diz mãe em meio às lágrimas

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Para muitos o Natal é sinônimo de fartura, com troca de presentes e muita comida. Nessas horas de festejo, centenas de famílias lamentam uma noite à frente da televisão, sem ter uma ceia simples, ou mesmo o básico para comer. Essa ainda é a realidade do Brasil, um país rico, que ainda não eliminou a pobreza, mas diz seguir esse caminho.


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A reportagem do ac24horas foi até o bairro Cidade do Povo, em Rio Branco (AC), para conhecer a família da dona de casa Maria da Conceição Xavier

A reportagem do ac24horas foi até o bairro Cidade do Povo, em Rio Branco (AC), para conhecer a família da dona de casa Maria da Conceição Xavier, uma faxineira que vivia num seringal e precisou vir à cidade para que o marido se tratasse de um problema de saúde. Tempos depois, ficou viúva, e agora, sustenta uma neta, de dois anos, um filho de 16, e ainda tenta manter em casa uma filha que está grávida de cinco meses e é usuária de drogas.


Histórias como a de Conceição estão espalhadas por todo o Acre, em todas as partes do Brasil. Com uma geladeira – com o motor queimado – [que só tem água e goma de tapioca] doada, a faxineira chorou ao conversar com a reportagem, e falou sobre o que vive, e a frustração em saber que não terá nem mesmo o mínimo para comer com a família na noite de natal.

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“Minha vida nunca foi fácil. Eu espero que Deus venha fazer um milagre. Eu creio num milagre. Hoje eu não tenho nada para cear, mas eu acredito que alguém será tocado”, diz a mulher, emocionada.


“Tenho essa minha neta, que eu crio, porque a mãe dela é usuária de crack e vive pelas ruas, perambulando. Minha vida é de luta, dia após dia, mas pelo menos eu não desisti da minha família. Eu luto por ela! Foi isso que Jesus nos ensinou (sic.)”.


A fé exposta por Maria Conceição contagia toda a família. “Estou aqui grávida, lutando para não usar [drogas] mais porque agora tenho a responsabilidade com essa criança. A gente vive com muita dificuldade. Tenho passado maus momentos, mas, sim, pelo meu filho, que eu estou carregando, estou me cuidando. A minha mãe, que sempre lutou por nós, é que está triste, porque o nosso natal vai ser assim: sem nada para comer, ou mesmo comemorar, senão à vida”, diz a filha da faxineira, que terá o nome preservado


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Com uma geladeira [que só tem água e goma de tapioca] doada, e ainda queimada, a faxineira chorou ao conversar com a reportagem

Uma das vizinhas da família comenta o caso. “Eles são muito humildes mesmo. O que os vizinhos podem fazer para ajudar, a gente faz, mas nem sempre é possível. A dona Conceição não pode trabalhar por conta da coluna, e você viu aí a realidade da família. Muito triste! A gente chega a ficar emocionado, de verdade, com essas histórias. É esperar que alguém tenha misericórdia, compaixão, e tome uma atitude. A minha vizinha é uma mulher de fé. Ela sempre acredita que terá um milagre”, diz Andressa Paula.


A casa de Maria da Conceição fica na Cidade do Povo, nas proximidades da Escola André Ficarelli, após o primeiro quebra-molas, à direita. Interessados em colaborar com o natal dessa família pode entrar em contato nos números (68) 9282-4874 ou 9900-7584 falar com Geane.


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