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Rosana do Sinteac anuncia nova greve da educação em 2016

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A relação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e o governo de Sebastião Viana, que já era ruim, tende a piorar já no começo de 2016. Para começar o ano, o governo vai enfrentar uma nova greve da categoria, que promete não começar o ano letivo 2016, decisão tomada em assembléia.


“Decidimos em assembléia que o ano letivo de 2016 não vai começar. A valorização do professor e dos funcionários de escola sempre foi um caos. Mas a sociedade está despertando para esse problema. Veja bem: o ideal é que cada professor tivesse 20 alunos por professor. Assim, nós teríamos um nível de aprendizado diferente. É um absurdo, é sobre-humano, um professor ser obrigado a lidar com até 50 alunos na mesma turma. Nosso piso salarial não é digno de sobrevivência”, informou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), Rosana Nascimento.


Fora do PT desde agosto passado, quando pediu desfiliação da legenda após comandar uma greve na Educação de mais de dois meses, Rosana Nascimento lamenta o descaso do governo com a classe e dispara que o governo “incha a folha com cargos comissionados, mas diz não ter dinheiro para sequer repor a inflação nos salários de trabalhadores que ganham R$ 600,00”.

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A presidente do Sindicato acrescenta que o professor acreano está doente. Ela põe a culpa no governo de Sebastião Viana, que nos últimos anos só desvalorizou a categoria.


“O governo já está numa estratégia baixa, danosa e covarde. Diz que só teria condições de nos garantir algum ganho real em 2017. Nós sabemos que é mentira. Nós sabemos que há recursos e condições para atender ás nossas reivindicações. Mas nós não vamos aceitar isso. Os trabalhadores estão ainda mais indignados. Um servidor de escola recebe, no Acre, hoje, em torno de R$ 600,00. A maioria tem empréstimos bancários a pagar e tem outras obrigações fixas como alimentação, luz, água, aluguel, etc. A nossa categoria está adoecida. Após os 45 anos, um professor ou qualquer outro profissional pagar muito mais caro pela sua medicação.”


A ex-petista avalia que o PT vive um desgaste sem volta, fruto da falta de habilidade de Sebastião Viana e seu grupo que não consegue sequer dialogar com a categoria.


“Nós avaliamos que o governo do Acre quer castigar a gestão Garra e Luta. Eles se sentiram afrontados. Nós deixamos o governo do PT desgastado. O PT virou chacota nas redes sociais, como se não bastasse toda a rejeição do PT em nível nacional. Nós não quisemos enfraquecer governos, mas o fizemos por força de uma luta que devia ser encampada. A greve foi uma obrigação nossa diante da insensatez do senhor Tião Viana e seus comandados. Nós merecemos ser valorizados. É nosso direito ter reajuste na nossa data-base. Nem mesmo a reposição inflacionária nos é dada. Infelizmente, a prioridade são os cargos comissionados. Disseram que no dia 16, no ato contra o Impeachment, havia mais de 10 mil comissionados do Acre nas ruas balançando a bandeira do PT para defenderem seus empregos.”


A sindicalista afirma que a antipatia provocada pelo governo de Sebastião Viana resultará em derrota do PT nas urnas em 2018. “A educação tem feito a diferença. E fará muita diferença nas eleições, pode ter certeza. Médicos e demais trabalhadores em saúde também devem parar suas atividades.”


“Esse governo não tem habilidade política para mediar conflitos, e gerir uma negociação com os funcionários. Desde 2011 a maioria das categorias tenta negociar. Racharam a Frente Popular. Esse grupo político está fragmentado, perdeu a credibilidade da população. O reflexo será nas urnas, não tenho dúvidas disso. Podem até reeleger o prefeito da capital, mas com certeza não voltarão ao poder em 2018”, completa.


Ainda falando sobre o descaso com os servidores do Estado, Nascimento critica os gastos de mais de um milhão com cargos comissionados, enquanto várias pessoas que passaram nos concursos públicos não são convocadas.“É incrível como eles dão um jeito de pagar, todo mês, mais de R$ 1 milhão com cargos comissionados, mas não têm a sensibilidade de chamar os concursados, que deveriam estar trabalhando no lugar dos apadrinhados políticos que só incham a folha de pagamento”


E completa que a FPA sentirá o gosto amargo da falta de habilidade do atual governo. “Nós fomos flexíveis ao extremo. Até aceitamos parcelamentos em 2016 e 2017. Aceitamos até 50% da VDP aos professores em 2015. Mas eles disseram “não” pra tudo. Deu no que deu. O respeito que os professores tinham pela Frente Popular acabou, evaporou. Resta um sentimento de muito pesar e uma decepção enorme. Foi um implicância política. Eles sentirão uma conseqüência desastrosa. Pode esperar.”


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