Quatro estados brasileiros (Acre, São Paulo, Paraná e Alagoas) e um país estrangeiro (Portugal) tiveram o prazer de contar com o futebol do acreano Testinha. Dependendo do lugar, porém, onde se perguntar por ele se encontrará um nome diferente. Testinha mesmo só na sua terra natal. Nos demais estados ele era conhecido como Djames (seu nome de batismo). Já na terra dos fados ele se chamava Da Silva.
Entretanto, independente do nome pelo qual o chamavam, o certo é que desde 1993, quando começou a sua trajetória de futebolista, nas divisões de base do Rio Branco, ele sempre jogou em altíssimo nível. Os seus 15 anos na época (ele nasceu em 27 de dezembro de 1977, na capital acreana) não o impediram de subir para o time principal já na primeira temporada na equipe alvirrubra. Um meia diferenciado!
Na sua primeira passagem pelo Estrelão ele ficou durante cinco temporadas. Tempo suficiente para conquistar dois títulos estaduais (1994 e 1997) e um regional (Copa Norte de 1997). Depois disso cruzou o Oceano Atlântico, levado para Portugal por um empresário chamado José Tavares. No Velho Mundo, Testinha assinou contrato de três anos com o Futebol Clube do Porto, time cheio de estrelas mundiais.
Por conta da sua pouca idade, ele acabou não jogando pelo clube que o contratou. É que os portugueses costumam emprestar os jogadores mais jovens para que eles ganhem experiência. Assim, Testinha foi emprestado sucessivamente para o Leça, também da cidade do Porto, e o Marítimo, da Ilha da Madeira. Duas temporadas em que ele foi ídolo das duas nações, ocupando as manchetes dos jornais.
A fatalidade num treino do Coritiba
No segundo semestre de 1999, vendo que teria poucas chances de jogar no Futebol Clube do Porto, bem como aborrecido pelo fato de ter despertado o interesse do Santos (aquele time com Robinho, Diego e companhia), mas não ter sido liberado pelos portugueses, Testinha resolveu rescindir contrato e voltar ao Brasil. No ano 2000 já estava de contrato assinado com o América de São José do Rio Preto (SP).
Algumas apresentações pelo time do interior paulista foram suficientes para despertar o interesse do Atlético Paranaense. O Coritiba, entretanto, foi mais rápido, passou à frente do rival e o levou para deleitar a torcida Coxa Branca. Testinha assinou um contrato de seis meses, ao fim do qual recebeu uma proposta de renovação por mais três anos. Ali, provavelmente, ele atingiu o ápice da sua carreira.
Tudo parecia dar certo na vida de Testinha no Coritiba. Suas ótimas exibições fizeram com que ele fosse cotado para jogar no Atlético Mineiro e no Vasco. Os técnicos desses times, respectivamente Celso Roth e Osvaldo de Oliveira, vaticinaram, inclusive, que o destino dele inevitavelmente seria a seleção brasileira. Uma fatalidade num treino, porém, o faria rebentar os ligamentos do joelho esquerdo.
Cianorte, CSA e a volta pra casa
Aos 38 anos, Testinha ainda não sabe quando vai pendurar as chuteiras. Também não sabe por qual time jogará em 2016. “Eu estou no mercado. Vou jogar profissionalmente enquanto tiver prazer e entender que posso contribuir para a equipe que me contratar. Mas não vou jogar por qualquer time não. Eu priorizo a organização e o projeto do clube, bem como as metas traçadas”, concluiu Testinha.
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