O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) homenageou, na noite desta quinta-feira, os ex-presidentes da entidade. Num momento informal que antecedeu um coquetel aos convidados, durante o congresso que discute qualidade da educação e valorização profissional, a presidente Rosana Nascimento também fez o lançamento de uma revista que conta a história de mais de 50 anos do sindicato. A vice-presidente do núcleo de Brasiléia, Sáida Jafuri, de 64 anos, recebeu honrarias pela dedicação á luta de mais de 5 décadas em defesa dos direitos da categoria.
Naluh Gouveia, ex-deputada e atual presidente do Tribunal de Contas, lembrou dos pedidos de Impeachment que a esquerda encabeçou, nos governos Romildo Magalhães e Orleir Cameli. “Nós precisamos resgatar essas lutas. Não acreditamos mais como acreditávamos no passado”, encorajou.
Os ex-presidentes Irene Dantas, Sérgio Roberto, Manoel Lima, João Sandi, Edvaldo Magalhães, Cláudio Ezequiel e Alcilene Gurgel justificaram suas ausências e foram lembrados pela direção do sindicato.
A revista foi editada pela primeira vez na gestão da então presidente Elza Lopes, hoje secretária da Igualdade racial do Governo do Acre. Leia o que disseram os ex-presidentes que compareceram ao evento.
Naluh Gouveia
“Eu me orgulho de ser chamada de professora. Não me deslumbro se me chamam de deputada ou de conselheira no Tribunal de Contas. Sou consciente do papel que executei no Sinteac. Nada se conquistou de graça na Educação desse estado. Essa luta jamais pode parar. Precisamos aprender a votar naqueles que, realmente, representam a nossa categoria. Foi por esse motivo que me candidatei pela primeira vez a vereadora”.
Almerinda Cunha
“Os governantes nos hostilizam, como se fôssemos mal educados, grosseiros. Sem falsa modéstia, vivi momentos históricos, inclusive de criação do Sinteac. Sinto-me na obrigação de atender aos chamados e urgências dos trabalhadores. Este sindicato é uma escola de formação política inclusive, a mãe dos demais sindicatos. Um de nós será governador um dia”.
Márcio Batista
“Sindicato derruba governo. Esse sindicato é uma central de todos os demais. O Cômitê Contra a Impunidade é um exemplo disso. O Crime Organizado nesse estado tem a digital do Sinteac. Eu procuro jamais me distanciar dessa referência. Me dá prazer ao reencontrar meus ex-alunos. Não importa se sou vice-prefeito, mas me alegro ao ser educador”;
Elza Lopes
“O Sinteac tem uma das histórias mais maravilhosas que eu conheço. Todos que passaram por ele têm um currículo rico. Tive a honra de ser diretora nas gestões da Almerinda e da Naluh, quando aprendi a respeitar as diferenças, a dialética e o verdadeiro conceito de democracia. Não podemos descuidar dessa entidade. Os governos passam, mas o nosso instrumento de luta é pra sempre”.