Bittar pensa diferente de Rocha sobre candidato tucano na capital

O ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) me ligou ontem para dizer que lamenta muito a desistência da professora Socorro Nery (PSDB) de disputar a PMRB, mas em hipótese alguma colocará seu nome na disputa. O deputado federal Werles Rocha (PSDB) também lamentou o fato e diz que tem compromisso com seu grupo político de cumprir todo mandato, por isso não será candidato a prefeito. Divergem sobre os rumos tucanos na sucessão municipal: Bittar é de opinião que o partido reforce a candidatura da deputada Eliane Sinhasique (PMDB). “Mas é uma opinião pessoal”, explica Bittar. Rocha opta por buscar um novo nome para prefeito, sob o argumento que o PSDB não pode ficar sem candidato majoritário próprio na Capital.

Números baixos
O presidente do PSDB, Werles Rocha, acredita que a professora Socorro Nery (PSDB) deve ter desistido de disputar a PMRB pelos seus números baixos na pesquisa e doença na família. “Creio que Ia subir durante a campanha, mas tenho que respeitar sua posição”, explica Rocha.

Novo nome
O deputado Federal Werles Rocha (PSDB) deve anunciar um novo candidato a prefeito de Rio Branco, entre os cotados está Francineudo Costa, sem densidade eleitoral para enfrentar um prefeito bem avaliado como o Marcus Alexandre. Rocha promete até o fim da semana um novo nome. Está descartada uma aliança com o PMDB no primeiro turno.

Continua desabando
A popularidade da presidente Dilma continua desabando. A sua rejeição passou de 69% para 70% e os que desaprovam o seu governo chegaram ao patamar de 82%. A pesquisa é do IBOPE. Dilma enfrenta duas grandes crises, que lhe afundam: econômica e política. Tem 9% de aprovação.

Coração do PMDB
A operação “Lava-Jato” de ontem pegou o coração do PMDB, com busca e apreensão em imóveis de ministros e senadores do partido, inclusive do presidente da Câmara Federal, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB). Renam Calheiros (PMDB) é a bola da vez. A Procuradoria da República pediu uma devassa na sua casa, mas foi negado. Mas não escapa.

Outro lado da moeda
Mas tem o outro lado da moeda: foram três os ministros do governo Dilma que tiveram as suas casas devassadas, não importa que sejam do PMDB, atingiu também o governo federal.

A caminho do rompimento
A aliança PT-PMDB não deve demorar muito, os últimos fatos devem colaborar para que na reunião nacional de março ocorra o rompimento, é a dedução de analistas de política da mídia nacional. Depois da carta do vice-presidente Michel Temmer, a relação PT-PMDB azedou.

Colaborando para o racha
O fato do líder do governo na Câmara Federal, deputado federal Sibá Machado (PT), ter abandonado ontem uma reunião das lideranças dos partidos da base do governo, pela presença do novo líder do PMDB, alegando falta de confiança, colocou lenha na fogueira.

Não pode posar de vestal
Um ponto tem que ser dito: o PMDB não é esta vestal da pureza que alardeiam algumas lideranças. Avalizou o governo federal votando a favor no Senado e Câmara Federal nos projetos do governo Dilma, tem cinco ministérios, toldou a água e não quer beber?.

Não comporta duas caras
Na política não comporta ter duas caras. Como é que se poder ser beneficiado e adversário do autor do benefício? É o que acontece no PMDB. Se queria ser contra o PT, o PMDB não deveria ter aceitado nenhum ministério e partido para o pau com o PT. Como não fez, não tem moral.

Seis por meia dúzia
Trocar a presidente Dilma por Michel Temmer é trocar seis por meia dúzia, nenhum dos dois seria a solução para tirar do fundo do buraco em que PT e PMDB meteram o Brasil, porque foram aliados até aqui. Até ontem Temmer era o coordenador político do governo.

Cabide de emprego
Na reforma administrativa enviada ontem à Aleac, o governo autoriza a extinção da CILA-FADES-CODISACRE-CAGEACRE-COLONACRE. As empresas, já em processo de liquidação, servem hoje para abrigar dirigentes de partidos nanicos e seus familiares com altos salários.

Não perde nada
Se as empresas indiretas citadas na reforma administrativa do governo Tião Viana vierem a ser extintas não se perde nada, os seus cargos servem apenas de cabide de emprego para os partidos nanicos. A maioria nem aparece na repartição para saber como andam as coisas.

Três mais atuantes
Não é preciso estar em Brasília para se avaliar que, os deputados federais Léo de Brito (PT), Werles Rocha (PSDB) e Jéssica Sales (PMDB) foram disparados os três parlamentares mais ativos da bancada do Acre na Câmara Federal. Um detalhe: todos no primeiro mandato.

Ocupando espaços
Não é fácil para políticos novatos e de um Estado pequeno como o Acre ter participação ativa nas comissões parlamentares e na liberação de emendas, enfim, não ficaram na omissão.

Sem modificação
A LDO enviada pelo governo e o projeto de reforma administrativa foram aprovados ontem sem ressalvas na Assembléia Legislativa, cabendo apenas à oposição minoritária, protestar contra o aumento de cargos de confiança e contra a distribuição do orçamento.

Nem um passo
Um secretário comentava ontem a ética da governadora em exercício, Nazaré Araújo, que não dá um passo que não tiver em afinação com o governador Tião Viana. O PT teve sorte na escolha dos vice-governadores, César Messias e Nazaré Araújo se equivalem na descrição.

Mesmo quilate
E no mesmo quilate de descrição e de reconhecer também que vice não é prefeito, se encontra o vice-prefeito do Marcus Alexandre, o professor Márcio Batista (PCdoB).

Não abandona as bases
A eleição terminou, mas a deputada Leila Galvão (PT) trabalha como se ainda continuasse em campanha política, tem cumprido todos os compromissos assumidos com os aliados do Alto Acre. Cumprir compromisso é coisa rara na classe política.

Não é o momento
O governador Tião Viana fez uma economia de guerra para pagar dezembro e o 13° em dias, por isso não é o momento oportuno para o SINTESAC ameaçar com uma greve, exigindo reajuste salarial. Ainda porque não vai conseguir, por empecilho básico: não tem dinheiro.

Não decidiu nada
O deputado Josa da Farmácia (PTN) garante que não decidiu ser candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul. Numa breve conversa ontem, me disse que é uma decisão que não pode ser tomada na emoção, mas tem que ser muito bem analisada.

Esqueçam rompimento
Para quem esteve na confraternização do PMDB, em Brasiléia, notou uma proximidade muito grande entre o prefeito Everaldo Gomes (PMDB) e o Mestre dos Magos – ex-prefeito Aldemir Lopes. Esqueçam que venha a acontecer um rompimento de Aldemir e Everaldo em 2016.

Não há como impedir
Não há como brecar a candidatura à reeleição do prefeito Everaldo Gomes, entre ele e o ex-prefeito Aldemir Lopes há uma simbiose de criatura e criador. A única maneira do Everaldo não ser candidato e por uma decisão judicial, fora isso esqueçam ser colocado de escanteio.

Não esperem audiência
A inauguração da TV-ALEAC deve ser vista apenas como uma forma de dar mais transparência ao poder. E neste ponto o presidente Ney Amorim (PT) marca um ponto. Mas, os deputados não esperem uma boa audiência, este tipo de divulgação mal dá um traço no IBOPE.

Um bom exemplo
Um exemplo é a “TV-BRASIL” montada pelo presidente Lula, com audiência beirando o zero.

“Pegou todo mundo”
Um amigo deputado comentava ontem sobre a nova fase da “Lava-Jato”, envolvendo parlamentares e ministros: “Luiz Carlos, o povo já olha para a gente na rua com galhofa, a desmoralização da classe política pegou os bons e maus e colocou tudo no mesmo saco”.

Frases políticas que ficaram no anedotário acreano
“A única coisa séria que existe na política acreana é o meu jumento Cafuringa”
vereador Edvaldo Guedes (MDB).

“Cabo-eleitoral é como o vigarista que vende terreno na lua”
Vereador João José (PSDB).

“Não descanso enquanto não candidatar o cabo-eleitoral Martins Bruzugu, para ver se tem os votos que alardeia”
deputado Hermelindo Brasileiro (PDS).

“Sou o Roberto Carlos da política acreana, o povo me adora”
deputado Manoel Machado (PMDB).

“Prefiro puxar saco de governador que puxar uma carroça”
deputado Chico Sombra (PDS).