Sem a presença de Sebastião Viana e Jorge Viana, o PT realizou neste sábado, 12, pela manhã, no auditório da Secretaria de Educação, uma plenária estadual para mobilizar a militância contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, para eles um golpe.
Entre defesas, gritos de “não vai ter golpe” e acusações contra os adversários, os deputados federais petistas Raimundo Angelim e Sibá Machado defenderam a medida tomada pelo Planalto de destituir dos cargos federais nos Estados os indicados pelos integrantes da base de Dilma que são a favor do impeachment. Os dois citados foram os deputados federais Flaviano Melo e Jessica Sales, ambos do PMDB, que possuem cargos em setores federais no Acre.
“A nossa posição é a mesma posição do Palácio do Planalto. Eu acho justo porque você não pode ser contra tendo as benesses do governo. Ou você tem a coragem de enfrentar, de colocar o seu nome, a sua cara de público dizendo que apóia o governo ou então você não é aliado. Porque o aliado não aquele só das vitórias, mas aquele das dificuldades também”, afirmou Angelim.
O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado, disse que essa será a regra no governo: os parlamentares da base aliada que se manifestarem a favor do impeachment terão seus indicados aos cargos federais nos Estados exonerados.
“O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) quarta-feira conversou com a Dilma e acertaram o seguinte: o deputado e o senador que tem declarado apoio ao governo e que neste momento são a favor do golpe vai perder os cargos. Eu quero autorização do PT do Acre para dizer que Jéssica Sales, que pegou a Secretaria da Pesca, que Flaviano, que pegou a Secretaria do Ministério da Agricultura, podem ir pro lado que eles quiserem, não tem problema. Mas tenham vergonha na cara e devolvam os cargos”, esbravejou Sibá Machado.
Na quinta-feira passada, a presidente Dilma Rousseff exonerou o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Ferreira Cleto, indicado deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o cargo. A exoneração foi apenas um troco ao inimigo número do atual governo, que tirou da gaveta o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A mesma regra deverá ser aplicada aos parlamentares de outros partidos da base que são a favor do impeachment.
