Os trabalhadores da empresa terceirizada MM Ativa que – matem contrato com o Governo do Estado – e prestam serviços na Maternidade Barbara Heliodora realizaram um protesto devido atraso no pagamento de salários que já completa três meses. O protesto ocorreu no início da tarde desta sexta-feira, 11.
A poucos dias do natal, os trabalhadores estão indignados com o atraso de salários e afirmam que a situação chegou ao limite. Uma trabalhadora que pediu para não se identificar fez um apelo ao governador Sebastião Viana. Emocionada, ela pediu maior atenção aos terceirizados e suas famílias que estão passando necessidade e temem não terem o que comer na ceia de natal e ano novo.
“A situação chegou no nosso limite…estamos trabalhando de graça. É muito triste trabalhar e não receber, não sabemos como faremos para manter o sustento de nossas famílias que dependem dessa renda. Temos pessoas desesperadas. Será que nem sequer o natal decente temos o direito de ter? quero pedir atenção do nosso governador Sebastião Viana e do secretário de saúde, pois a informação que temos é que a Sesacre não paga a MM. Será que eles não veem uma coisa dessa?” indagou a mulher que após o manifesto ganhar notoriedade recebeu a informação por parte da empresa que os pagamentos seriam realizados na segunda-feira (14).
Em contato com a empresa MM Ativa, a reportagem foi informada que o gerente e proprietário não se encontrava e, tampouco, iria se pronunciar a respeito dos atrasos de salários. A atendente limitou-se a informar que “a empresa aguarda o repasse do governo para proceder o pagamento dos servidores”, mas que “não adiantava alegar isso junto a imprensa, pois o governo sempre nega e diz que da parte deles não há atrasos, por isso ele (gerente) não vai falar”.
Em contato com a assessoria de comunicação da Secretária Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), a reportagem foi informada que o Estado não possui qualquer responsabilidade na relação entre empresa e terceirizados, ciente das responsabilidades entre as partes, a reportagem indagou quanto ao real motivo dos atrasos, que de acordo com os protestantes seria em virtude da Sesacre não estar repassando os pagamentos a empresa. A assessora respondeu que iria consultar a chefia da comunicação para obter mais informações, mas até o momento do fechamento desta edição não obteve resposta por parte da mesma.