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Com casos suspeitos de zika vírus e microcefalia no Acre, governo monta força tarefa na saúde

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A Secretaria de Saúde do Acre investiga três casos de suspeita de zika vírus e de três de microcefalia em recém-nascidos na Maternidade Bárbara Heliodora. Os casos estão sob investigação clínica, informou o secretário de Saúde do Estado, Armando Melo.


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Os possíveis casos geraram alerta na saúde pública do Acre. Por causa disso, governo do Estado e prefeitura de Rio Branco criaram uma sala de situação para reforçar ações e estratégias no combate ao Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, chikungunya e zika vírus. A decisão foi anunciada pela governadora em exercício Nazareth Araújo durante reunião na Casa Civil.

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“Nós colocamos aqui a importância dessa ação preventiva diante do decreto de emergência sanitária da presença do zika vírus no Brasil. Essa orientação foi repassada pela presidente da República, Dilma Rousseff, durante encontro em Brasília, que contou com a presença de todos os governadores do país. Nossa única preocupação é garantir maior proteção à população”, ressaltou Nazareth Araújo.


A sala de situação é composta pelo prefeito de Rio Branco, Marcus Viana; o secretário municipal de Saúde, Oteniel Almeida; e o secretário de Saúde do Estado, Armando Melo, além do Exército Brasileiro, a Defesa Civil, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a Assessoria Especial da Juventude e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres).


“Nesta sexta-feira, vamos apresentar à comunidade o nosso plano de ação que intensifica o combate ao mosquito transmissor dessas doenças. Vamos mobilizar todos os agentes de endemias, agentes comunitários de saúde e nossa rede de atenção básica para monitorar as gestantes do município que fazem pré-natal conosco, e as equipes de saúde do Estado são nossas parceiras nessas ações”, informou Marcus Viana.


O que é o zika vírus? (Informações são da EBC)
Da família Flaviviridae e do gênero Flavivirus, o zika vírus provoca uma doença com sintomas muito semelhantes ao da dengue, febre amarela e chikungunya.


O vírus foi isolado pela primeira vez no fim da década de 1940, por meio de estudos realizados em macacos que habitavam a floresta de zika, na Uganda.


O primeiro caso da doença documentada em um humano é de 1964 e relata os mesmos sintomas observados atualmente. O primeiro surto da doença observado fora dos continentes da Ásia e da África foi registrado em 2007, na Oceania.


Quais são os sintomas provocados pelo zika vírus?
De baixa letalidade, a chamada febre zika causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.


Como o zika vírus é transmitido?
O zika vírus é transmitido pela picada dos mosquitos da família Aedes (aegypti, africanus, apicoargenteus, furcifer, luteocephalus e vitattus). A partir da picada infectada, a doença tem um período de incubação de aproximadamente quatro dias até os sintomas começarem a se manifestar e os sinais e sintomas podem durar até 7 dias.


Qual é o tratamento para o zika vírus?


Como não existe um medicamento específico contra o vírus, o tratamento feito apenas para aliviar os sintomas. Assim, o uso de paracetamol, sob orientação médica, é indicado nesses casos.
Conforme orientações do Ministério da Saúde, deve-se evitar o uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue.


Como se prevenir do zika virus?
Como o zika vírus é transmitido por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, as medidas de prevenção e controle são as mesmas já adotadas para a dengue, febre amarela e chikungunya, como eliminar os possíveis criadouros do mosquito, evitando deixar água acumulada em recipientes como pneus, garrafas, vasos de plantas, fazer uso de repelentes, entre outros.


Há relação entre o zika virus e microcefalia?
A microcefalia é uma malformação congênita associada a uma série de fatores de diferentes origens, como uso de substâncias químicas durante a gravidez, como drogas, contaminação por radiação e infeccção por agentes biológicos, como bactérias, vírus e radiação. No dia 17 de novembro, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, apontou a existência de uma forte relação entre a circulação do zika vírus e a ocorrência de casos de microcefalia em algumas regiões do país. De acordo com ele, resultados de exames feitos em dois fetos com microcefalia mostraram que as gestantes foram infectadas pelo zika. Porém, ainda não há nenhum estudo conclusivo e uma força-tarefa foi criada pelo governo para investigar melhor os casos.

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Por enquanto, o Ministério da Saúde recomenda às gestantes que façam exames de pré-natal, evitem álcool e drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e se protejam de mosquitos. Também é importante que as gestantes e suas famílias adotem medidas que possam reduzir a presença dos mosquitos transmissores de doenças, retirando recipientes que tenham água parada e cobrindo adequadamente locais de armazenamento de água, colocando telas em portas em janelas ou mantendo-as fechadas. Outra recomendação é para que as gestantes usem calça e camisa de manga comprida e utilizem repelentes para evitar as picadas.


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou em nota, nesta quarta-feira (09/12), que não há qualquer comprovação científica que ligue ocorrências de problemas neurológicos em crianças e idosos ao vírus zika até o momento. A instituição esclarece que o zika pode provocar, em pequeno percentual, complicações clínicas e neurológicas em qualquer paciente, independente da idade, assim como outros vírus, como varicela, enterovírus e herpes.


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