A política é cíclica. Quem está em cima tem a tendência de descer com o passar do tempo e quem está embaixo de subir. Na América do Sul os governos de esquerda estão vendo o ciclo mudar. Na Argentina, Cristina Kirchner perdeu a eleição com seu candidato, Daniel Scioli para Mauricio Macri de direita. Até o ex-presidente Lula(PT) andou por lá para tentar ajudar a manter a esquerda no poder. Mas não adiantou. Agora, mais uma notícia ruim para os partidos que se consideram socialistas. Uma derrota no berço onde se iniciou essa recente onda esquerdista na América do Sul. A oposição na Venezuela conquistou 99 das 167 cadeiras no Parlamento do país e a maioria absoluta que pode colocar em risco o governo do presidente Nicolas Maduro, herdeiro político de Hugo Chaves. Assim após 16 anos o chavismo dá sinais claro de decadência e essa onda de mudança poderá atingir outros países como o Brasil, o Equador e a Bolívia. Definitivamente a Revolução Bolivariana não resistiu a corrupção e aos caos econômico da Venezuela. Uma situação similar a que vivemos atualmente no Brasil.
2016 pode ser fatal
Se o PT tiver uma derrota acachapante nas próximas eleições municipais o ciclo poderá ser antecipado. Mesmo que o impeachment seja derrotado no Congresso Nacional a situação da presidente Dilma (PT), que já é complicada, ficará insustentável.
Quem pariu Mateus…
O PT foi quem levantou essa questão de impeachment no Brasil depois da Constituição de 1988. O partido foi um dos principais articuladores da queda do ex-presidente Collor (PTB) e tentou a mesma manobra com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no movimento Fora FHC, que não resultou em nada. Agora, prova do mesmo veneno.
Tirando o corpo fora
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) já deu mostras do que pretende nesta segunda, 7. Ele declarou a aliados que a Dilma nunca confiou nele. O roteiro da queda da presidente e a formação de um Governo de coalização vai se desenhando no horizonte.
Um acreano no olho do furacão
O deputado federal Léo Brito (PT) já nos primeiros meses do seu primeiro mandato está sendo testado no fogo. Como membro da Comissão de Ética deverá votar nesta terça, 8, pela continuidade do processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Léo apareceu em quase todos os importantes noticiários nacionais pela sua posição no Conselho. Acho que nunca imaginou que teria um “pepino” tão grande logo no seu primeiro ano.
Perde e ganha
Se Léo Brito conseguiu uma inesperada notoriedade, por outro lado, o seu voto no Conselho pode ser a guilhotina da presidente. Como a política é feita do toma lá e da cá, Cunha está decidido arrastar Dilma na sua decadência. É um paradoxo.
Enquanto isso no Acre…
As articulações visando as eleições municipais continuam a todo vapor. O deputado federal Major Rocha (PSDB) visitou o Juruá, neste fim de semana, ladeado pelo seu candidato a prefeito Henrique Afonso (PSDB). Uma prova que essa junção da oposição em Cruzeiro do Sul está longe.
Solução nas urnas
Como o PT não conseguiu uma candidatura forte em Cruzeiro do Sul, a tendência é a polarização entre Henrique e Ilderlei Cordeiro (PMDB), o candidato do prefeito Vagner Sales (PMDB). Nesse caso, qualquer um dos dois que por ventura perca a eleição estará forte para disputar uma vaga na Câmara Federal em 2018.
Fidelidade
O deputado estadual Chagas Romão (PMDB) esteve conversando com o deputado federal Rocha, em Brasília. Fez a defesa veemente da sua candidata à prefeitura de Rio Branco, Eliane Sinhasique (PMDB). Chaguinha é um dos maiores entusiastas da volta do 15 às ruas.
O X da questão
Ter mais de uma candidatura de oposição à prefeitura de Rio Branco não é problema numa eleição de dois turnos. Mas se os partidos começarem a se atacarem mutuamente estarão cavando a própria sepultura. Engana-se quem acha que pelo fato de ser do PT o prefeito Marcus Alexandre (PT) já está derrotado.
Por outro lado…
Mas entre os colaboradores do prefeito Marcus Alexandre existe um sentimento exatamente contrário ao da oposição. Ou seja, acham que o petista ganhará facilmente a eleição. Nesse aspecto acho que estão todos enganados, tanto a oposição quanto os petistas. A eleição em Rio Branco será muito dura e disputada.
Essa eu não entendi
Jovens militantes do PT e do PC do B lutando pelo aumento das passagens de ônibus na Capital. Não se tratava de uma disputa política, mas de um fato que afeta todos os usuários do serviço de transporte. Acho que faltou mais diálogo no processo.
Independente
O vereador Marcelo Jucá (PSB) mostrou que continua tendo sangue de sindicalista. Mesmo sendo da base votou contra o aumento das passagens. Jucá sempre teve uma atuação independente em relação a orientação partidária.
Mudança de foco
Segundo me informaram o vereador Gabriel Forneck (PT) não será candidato à reeleição. Deverá ser o coordenador da campanha de Marcus Alexandre em 2016. O seu irmão Rodrigo Forneck da Fundação Garibaldi Brasil deverá ser o candidato do clã.
Buscando espaço
A vereadora Lene Petecão (PSD) tem andado muito. Está com “sangue nos olhos” para manter a cadeira que caiu no seu colo. Aproveita cada minuto do seu tempo para chegar fortalecida em 2016. Quer continuar sendo vereadora da Capital.
Dêda na parada
O ex-prefeito de Rodrigues Alves, Dêda Amorim (PROS), não sai do Juruá. Está com duas frentes de campanha fortes para 2016, em Rodrigues Alves e Mâncio Lima. Se juridicamente for viável se lançará em Mâncio Lima com boas chances de vitória.
