Um voto pela
Não existe nada mais desmoralizado no seio da população do que a classe política. Na lama da rejeição pública já se encontra, é o que apontam todas as pesquisas de opinião pública, e irá se chafurdar se a Comissão de Ética da Câmara Federal não der licença para que seja aberto o processo de cassação do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), que vinha chantageando com a ameaça de abrir o impeachment da Dilma, caso os deputados federais do PT votem pela admissibilidade da investigação, o que acabou ocorrendo. O PT não tem mais onde ser desgastado. O que se espera do deputado Léo Brito (PT), que vem cumprindo um bom mandato, sempre na discussão pública dos grandes temas nacionais, é que não coloque uma nódoa na sua jovem carreira política, dando seu voto para livrar o Eduardo Cunha. Existem todos os requisitos jurídicos para o Léo (foto) votar pela abertura da investigação. Se assim fizer, honrará o seu currículo.
Nunca se deve aceitar
Na política não se deve nunca aceitar chantagem, como vinha sendo feito pelo presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB), quem cede a uma chantagem é tão nefasto como o chantageador. Daí porque o Léo Brito (PT) deve votar pela sua cassação.
Furado
O deputado Jonas Lima (PT) reclamava ontem que não foi chamado para a negociação dos sindicatos dos caçambeiros com o governo, mas tinha uma explicação: “como o presidente Júlio voltou para o PCdoB, se apadrinhou com o deputado Jenilson Lopes (PCdoB)”.
Nunca deixou de ser PT
O deputado federal Werles Rocha (PSDB) diz que não causou surpresa o apoio do deputado Jairo Carvalho (PSD) aos petistas na confusão de Brasiléia: “o deputado Jairo Carvalho nunca foi da oposição, veio do PT, no máximo ele é um petista enrustido dentro da oposição”.
Idésio Frank na forca
Há um clima de revolta na Emater-Acre, com o atraso dos pagamentos dos servidores, que prometem radicalizar contra o presidente Idésio Frank se não receberem. No e-mail enviado falam em 130 servidores sem pagamento e em não recolhimento de encargos previdenciários.
Quando se pode pagar em dias
Existe uma regra administrativa de que só se faz uma contratação quando se tem dinheiro para pagar os contratados, entupir um órgão de funcionários e não pagar é condenável.
O povo está cansado
Movimentos organizados devem ocupar hoje a Câmara Municipal da Capital para pressionar os vereadores a votar contra o aumento da passagem de ônibus para 3 reais. Os vereadores se lembrem que é uma medida antipática, tem eleição em 2016, e o povo está cansado.
Presente da natal amargo
O aumento pode até estar capeado em justificativas econômicas plausíveis, o problema é que o salário do servidor não teve reajuste, o desemprego na cidade é crescente, e não existe mais buraco no cinto para apertar. A aprovação do aumento será um amargo presente de Natal.
O petecão tem um carma
O senador Sérgio Petecão (PSD) cumpre um carma com todos que filia no seu partido. Filiou o Chico Viga no PSD e este só votava no PT. Colocou a deputada Marileide Serafim e também virou PT. E agora o deputado Jairo Carvalho (PSD) já defende uma união oposição e governo.
Só falta isso
Só falta o anão Montana Jack deixar o PSD e sambar na ala de frente da candidatura do prefeito Marcus Alexandre, na eleição do próximo ano.
O presidente é você Romão
O deputado Chagas Romão (PMDB) procurou ontem um colega jornalista e pediu a sua intermediação para a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) pôr um fim na briga com o deputado federal Werles Rocha (PSDB). Resposta: “o presidente do PMDB é você, se vire nos trinta”.
Vai ser candidato
Um integrante do alto staff do ex-prefeito Tião Bocalon (DEM) em conversa com um parlamentar da oposição disse que até teria uma hipótese de apóio à candidatura à PMRB da professora Socorro Nery (PSDB) se decolasse, mas como não ocorreu, Bocalon será candidato.
Uma correção
A rifa de uma moto entre os deputados não era para pagar dívidas do Rio Branco Futebol Clube, como foi colocado. O deputado Lourival Marques (PT) explicou que é para captar recursos e bancar a ida do time Sub-17 a um torneio internacional na Bolívia.
Canal para a fraude
Se a próxima votação não for por meio de urna eletrônica, mas no papel, como antigamente, estará aberto um largo canal para fraudes eleitorais. Seria um retrocesso sem tamanho.
Boa notícia
Quando em um Estado rico como o Rio Grande do Sul o servidor estadual fica recebe os seus salários em parcelas, no Acre é de se exaltar a contenção de gastos do governador Tião Viana para pagar dezembro e o 13°salário no mês. Neste contexto cabe uma ressalva positiva ao secretário da Fazenda, Tinel Macedo, na condução das finanças do governo.
Fora de cogitação
O deputado federal Werles Rocha (PSDB) garante que não será candidato a prefeito de Rio Branco, vai com a professora Socorro Nery (PSDB). Se fosse candidato detonaria a candidatura a prefeita da deputada Eliane Sinhasique (PMDB). É bem mais popular do que ela.
Afundar de vez o brasil
Com a abertura de um processo de impeachment a crise econômica deve se aprofundar, porque será natural a reação dos organismos internacionais, até rebaixando a nota de credibilidade do Brasil para investimentos.
Vem a chantagem política
Com a abertura do impeachment da Dilma um novo cenário político vai se formar, a dos parlamentares exigindo vantagens financeiras para votar contra o impeachment. Porque é assim que funciona uma Câmara Federa, cuja a credibilidade no cenário nacional é zero.
Com que legitimidade
Com mais de 50 políticos com pedidos de investigação no STF por recebimento de propina, qual a moral que uma instituição com esta nódoa tem para cassar alguém? E precisamente se a condução do processo for feita pelo desmoralizado presidente Eduardo Cunha (PMDB).
Respeito ao contraditório
O vereador de Tarauacá, Mirabor Leite (PMDB), ligou para explicar que não está cobrando prestação de contas do que não foi liberado para a prefeitura de Tarauacá, mas do montante liberado, e como não teve resposta está entrando no MPE. Fica dada a versão do prefeito Rodrigo Damasceno e a do vereador Mirabor. Se resolvam agora na justiça
Toupeira, mas até aqui honesta
A presidente Dilma é uma toupeira com gestora, levou o Brasil ao fundo do poço da economia, mas se desconhece um ato ilegal com o seu DNA. É uma toupeira, mas até aqui honesta. Por isso este processo de impeachment, fruto de uma chantagem do presidente da Câmara federal, deputado federal Eduardo Cunha (PSDB), falece de razões sérias e jurídicas para justificar a sua deflagração. Tirar a Dilma para colocar um Michel Temmer na presidência é trocar o ruim pelo péssimo. Não há nada mais fisiológico do que o PMDB, cujas figuras principais são o José Sarney, Jader Barbalho, Renam Calheiros, Eduardo Cunha. O certo é que o Brasil está no fundo do poço. Tem o presidente do Senado, Renam Calheiros (PMDB) sendo investigado por improbidade no STF, tem o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB) réu na Lava-Jato e a presidente Dilma sofrendo um impeachment. Onde vamos parar?
