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Policia confirma que morte de promotora foi suicidio

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Da redação ac24horas
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O corpo da promotora Nicole Gonzales Colombo Arnoldi, 35 anos, encontrado sem vida no quarto de seu apartamento num condomínio de luxo em Rio Branco (AC) no início da noite deste domingo, 29, está sendo velado desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 30, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), na Marechal Deodoro, centro da capital acreana. A informação foi repassada pelo coronel reformado da Polícia Militar, Romário Célio, e confirmada por funcionários da funerária.


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O velório será um momento em que amigos, servidores e promotores, que compõem a autarquia, prestarão homenagens e darão o último adeus a Nicole Gonzales. Logo mais à noite o corpo será transladado para a cidade natal, Araraquara (São Paulo), num voo noturno na madrugada desta segunda (30) para a terça-feira (1º de dezembro), onde a mesma será sepultada pela família.


Promotora foi morta com tiro na têmpora esquerda

A reportagem esteve na madrugada desta segunda-feira, 30, no Instituto Médico Legal (IML) onde foi informada que o tiro que ceifou a vida da promotora Nicole Gonzales foi disparado contra a cabeça, na altura da têmpora esquerda. Ela foi encontrada caída no chão do quarto, em seu apartamento no Condomínio Florença, situado próximo à Uninorte e ao Tribunal de Justiça do Acre, em Rio Branco (AC).

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Sede do iML de Rio Branco durante a madrugada desta segunda-feira, 30

A reportagem do ac24horas conversou com o coronel reformado da Polícia Militar, Romário Célio, que foi encontrado na madrugada desta segunda-feira, 30, na funerária São Francisco, cuidando dos procedimentos fúnebres. Bastante comovido, o coronel relatou a reportagem que a jovem promotora foi vítima de um disparo de arma de fogo, partido possivelmente, duma pistola, modelo Glock 380, que foi encontrada próximo ao corpo.


Romário César disse que ainda não é possível afirmar, categoricamente, que a causa da morte tenha sido suicídio até seja concluso o laudo pericial e o inquérito investigativo.


“Quando temos uma morte por arma de fogo, a última tese que temos é a de suicídio. Tecnicamente somente a perícia pode apontar a causa da morte. A gente pode olhar assim e dizer que foi um suicídio, mas só quem pode afirmar isso é a perícia. Quando alguém é vítima de um sinistro por mais claro que possa parecer temos, por obrigação, que nós cercar de todas as informações para poder afirmar categoricamente qual foi a causa da morte. Somente após realizado todos os procedimentos, inclusive o de exame de balística e de pólvora é que se terá um laudo conclusivo e oficial”.


Promotores teriam chegado primeiro a cena do crime

Ainda em entrevista, o coronel Romário César esclareceu algumas polêmicas envolvendo a morte da promotora. Segundo relato do coronel, dois promotores teriam se dirigido ao apartamento da vítima momentos antes do disparo. Pressupõem-se que ambos (promotores) tentava impedir a morte da colega, que supostamente havia ligado para um deles se despedindo antes de tirar a própria vida.


Ao chegarem ao local, os promotores citados por Romário Célio, Thales Fonseca Tranin (Vara de Drogas do MPE-AC) e Eliane Misae Kinoshita, da Promotoria de Justiça Cível de Entrância Final, temeram que algo pudesse ter acontecido, já que Nicole não respondia mais ao telefone, então decidiram arrombar a porta do apartamento, onde se depararam com o corpo de Nicole Gonzales já sem vida, caído próximo a cama.


Em seguida, os promotores teriam acionado à polícia. O delegado plantonista da Delegacia de Flagrantes (DEFLA), Fabio Piviane, compareceu à cena do crime, onde adotou as medidas emergenciais, a fim de preservar o corpo da vítima e a cena do crime.


Delegado é orientado a não fornecer informações à imprensa sobre a morte da promotora

Em entrevista ao ac24horas, Piviane informou que o caso já está sob a responsabilidade do secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, que indicará o delegado que comandará as investigações. Piviane informou ainda que o prazo para a conclusão do inquérito deverá ocorrer entre 15 a 30 dias.


Demonstrando bastante pesar, o delegado plantonista informou ainda que foi instruído a não repassar quaisquer informações sobre o caso à imprensa.


“Meu trabalho foi somente quanto a adoção dos procedimentos iniciais. Estive lá, isolei a área, preservei intacta a cena e o corpo da vítima até a chegada dos peritos, interroguei as primeiras testemunhas e preservei o local, de modo que os peritos pudessem realizar a perícia. Agora, o caso será repassado ao delegado responsável, a ser designado pelo secretário, que conduzirá a investigação”, salientou Piviane ao destacar que “sabia de tudo que aconteceu no local do crime, porém não estava autorizado a falar sobre o caso”.


Emocionado, delegado compara corpo de promotora a fragilidade de um pássaro desprotegido e descarta homicídio

Ao falar sobre sua primeira impressão ao se deparar com a cena, o delegado se emociona e compara o corpo de Nicole a de um pássaro desprotegido.


“Eu num vi uma mulher na cena do crime, eu vi ali como se fosse um pássaro, que tivesse sido atingido por uma baladeira de estilingue. Não parecia uma mulher…ela era muito, muito delicada, frágil mesmo…impressionante, muito impressionante o que vi ali”, disse emocionado ao relembrar a cena.


Piviane lamentou a morte prematura da promotora e criticou a ausência de cuidados diante do evidente quadro depressivo da vítima. Segundo o delegado, a falta de atenção e assistência por parte de familiares, amigos e colegas de trabalho e da sociedade em geral teria contribuído diretamente para o ocorrido.

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“Foi uma falta de atenção muito séria frente aos sintomas demostrado pela vítima envolvendo quadro depressivo avançado. Considero que a doutora Nicole dificilmente, quase impossível, ela ter sido vítima de homicídio. Tudo que foi colhido, tudo que foi investigado e ainda está sendo investigado aponta para um suicídio”, conclui Piviane.


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