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O PSDB quer levar vantagem em tudo e mandar na oposição

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Os mais recentes acontecimentos políticos denotam aquilo que todo mundo já sabia. O PSDB se considera o único partido de oposição no Acre. Os tucanos torcem o nariz para o PMDB, PSD e PP pelo fato de integrarem a base de apoio da presidente Dilma (PT), em Brasília. Mesmo essas legendas sendo declaradamente oposicionista ao atual Governo estadual do PT. Outro fato é que em qualquer coligação de disputa majoritária de oposição, o PSDB, só aceita entrar se for o cabeça da chapa. As articulações para a disputa das eleições municipais de 2016 confirmam mais uma vez essa tese. Tanto em Rio Branco quanto em Cruzeiro do Sul as pesquisas mostram que os pré-candidatos do PMDB estão melhores posicionados. Mas os tucanos lançaram dois candidatos concorrentes nesses municípios. E já avisaram que não vão retirar os nomes. Não há acordo com os tucanos. Eles querem mandar pelo fato de se considerarem a verdadeira e única oposição.


O passado te condena
No entanto, aqui no Acre, o PSDB já foi um forte aliado do PT. Teve um vice-governador e vários secretários de Estado durante a gestão do então governador Jorge Viana (PT). Mas isso ficou no passado. Agora, o PSDB quer dar as cartas.

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União impossível
Tenho escrito sempre que não há um partido chamado oposição. Mas vários que fazem oposição ao Governo do Estado. Nesse sentido, cada agremiação tem o direito de escolher o seu caminho por ser independente. Isso é natural.


O pau vai cantar
Por conta dessa postura intransigente dos tucanos antevejo conflitos durante as eleições de Cruzeiro do Sul e Rio Branco. A toada vai ser que os tucanos são os únicos oposicionistas enquanto o PMDB, o PP e o PSD lacaios do PT em Brasília.


Pacto de não agressão?
Não acredito nessa história. Quando começar a disputa de 2016 os caciques do PMDB, PSDB, PP e PSD vão aparecer em fotos jurando estarem unidos. Mas entre os militantes as agressões serão intensas. Os petistas assistirão de arquibancada.


Aposta errada
O PSDB aposta na derrocada nacional do PT. Existe um sentimento de uma eleição antecipada do senador Aécio Neves (PSDB) à presidência. O que não é verdade. Mesmo porque os tucanos de São Paulo, menos radicais, também estão de olho na vaga.


Para não dizer que não falei das flores
O PT e a FPA também têm conflitos internos muito sérios. Mas conseguem abafar as divergências para a opinião pública. Quando chega a eleição posam como se todos se amassem profundamente. O que não é verdade. Claro que os cargos comissionados no Governo e nas prefeituras petistas ajudam muito a manter a paz entre eles.


Chuva de candidatos
Talvez a disputa da prefeitura de Rio Branco, em 2016, bata o recorde de pretendentes. Além dos já anunciados Marcos Alexandre (PT), Eliane Sinhasique (PMDB), Socorro Nery (PSDB), Bocalom (DEM) outras candidaturas deverão surgir. Entre elas uma do PSOL, outra da REDE e, a anunciada pretensão do deputado estadual Éber Machado (PSDC).


Fragilização do PT
Tantos candidatos não porque o atual prefeito do PT seja ruim. Mas todos apostando num quadro nacional cada dia pior para a presidente Dilma e o PT com possíveis reflexos no Acre. Será uma disputa mais ideológica do que administrativa.


Loteria
Com tantos candidatos, num primeiro momento, o maior beneficiado é Marcus Alexandre. Estará com a máquina na mão do município e do Estado. E os marqueteiros do PT trabalharão a falta de união da oposição. Isso está escrito nas estrelas.


Sequelas de campanha
Quando chega o segundo turno, se houver, fica ainda mais difícil a união das oposições. Os conflitos naturais para se chegar à disputa final deixam sequelas que muitas vezes são irreparáveis. E o clima entre os partidos de oposição nesse momento está muito conturbado.


Essa eu não entendi
Se o ex-presidente Lula (PT) tem “culpa no cartório” da corrupção e, particularmente eu acho que tem, isso é assunto para a Justiça. Um protesto no Acre contra o combalido e milionário “pai dos pobres” ajuda em quê? Vão prendê-lo porque as pessoas protestaram por aqui?

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Questão de justiça
Agora, ninguém pode falar que quando era presidente Lula não ajudou o Acre. Numa lembrança rápida me vem as cinco grandes pontes da BR 364 que Lula liberou os recursos. Não sei de outro presidente na história do Brasil que se importou tanto com o Acre quanto o Lula. Isso é fato.


Povo cansado
Mas também tenho que registrar que essa visita do Lula aconteceu no momento errado. Grande parte da opinião pública está cansada de ver tanta corrupção. E muitos indícios se direcionam para o lado do ex-presidente. Trazê-lo ao Estado, depois dessas tempestades, com pompa e festa é um escárnio à inteligência popular.


Investimentos questionáveis
O Estado, pelo que me consta, investiu pesado na empresa Dom Porquito. Como esse dinheiro público retornará ao cofres do Estado? Já sei que vão falar na geração de emprego e renda. Mas é só isso? O Governo investe, o empresário vira dono e o lucro de quem colocou o dinheiro é só a geração de benefícios sociais?


Misturas perigosas
Religião e política e política e negócios são misturas explosivas. Tudo isso cheira muito mal para a população e gera dúvidas. Pelo que me consta uma gestão pública deveria se preocupar com as questões sociais básicas. Saúde, educação, segurança, infraestrutura. Agora, dinheiro público entrar em negócios privados é algo que realmente não consigo entender. E se essas empresas das quais o Governo virou sócio quebrarem? É inegável que em qualquer negócio esse risco sempre existe. Além do fato que as recentes experiências no Acre mostraram que essa possibilidade é bem concreta. Lembram-se da Fábrica de Pisos de Xapuri e da Alcoolbras em Capixaba, entre outras? Como fica o dinheiro público investido no caso do negócio não dar certo? Na realidade acho esses negócios muito arriscados, menos claro, para os empresários beneficiados.


 


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