O governador quebra mais uma vez o ciclo econômico do atraso

Com a inauguração da indústria de cria e processamento de suínos “Dom Porquito”, uma das mais modernas do país, na próxima segunda-feira, o governador Tião Viana (foto) quebra mais uma vez o ciclo econômico do atraso que até aqui tinha tomado conta do Acre. Ao optar pela industrialização, o seu governo saiu do marasmo da pré-história de que podia se desenvolver o Acre vendendo óleo de copaíba, bijuterias de jarina, sonhando com a volta dos seringais nativos, com a falácia da florestania, atividades jurássicas que só estagnaram o Estado. Não há mais lugar para o romantismo do seringueiro todo dia saindo para o corte da seringueira e voltando à tarde para defumar. Estamos na era da tecnologia, temos que partir mesmo para se incentivar a vinda de indústrias para o Acre, se modernizar e mecanizar a agricultura, acabar com esta política do atraso e da coisinha pequena. Não podemos ficar se curando com “lambedor”. Chegamos na era dos transplantes. O momento é de se pensar grande, fomentar atividade que gere emprego e renda. Ou vamos viver sempre do emprego público. Ponto final.
Não pode é embromar
O subsecretário de Saúde, Irailton Lima, tem que quando sentar com o SINDMED ser claro, porque a sua fama é de ser o “rei da embromação”. É dizer: isso aqui dá para atender ou isso não dá para entender e não ficar empurrando com a barriga de reunião em reunião.

Desgaste para o governo
Se acontecer uma paralisação da classe médica a culpa é sua, mas o desgaste será para o governo, que já tem problemas demais com a crise econômica e o péssimo momento do PT.

Duas vertentes
Não creio na denúncia do vereador Mirabor Leite (PMDB) que o prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PT), usou a verba que veio para cobrir custos da alagação para gastos pessoais. Seria burro. Mas, que o Rodrigo transformou a prefeitura numa extensão dos negócios da família é verdade. Só faltou colocar o nome: Prefeitura Municipal da Família Damasceno.

Sempre tem um damasceno
Basta se pegar as grandes licitações que entre os ganhadores sempre estará um Damasceno.

Não é santo, mas tem razão
O ex-prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal, não é nenhum santo. No máximo coroinha do Padre Paolino Baldassari. Mas está coberto de razão em ter criticado duramente o prefeito Mano Rufino, que depois que se elegeu com o seu decisivo apoio, quando assumiu o chutou.

Jogo no Jordão
Pesquisa da APAM – Agência de Pesquisas da Amazônia sobre a eleição para prefeito do Jordão: Elson Farias (PCdoB) 33%, Filho Farias (PSDB) 31%, Junior Menezes (PMDB) 20%, Zeina (PMDB) 4% e Nágila Figueiredo 2%. A pesquisa foi encomendada pelo PSDB.

Amostragem para vereador
Foi feita ainda uma pesquisa por amostragem para vereador do Jordão, que serve só como indicativo: Guedes 6%, Chicão 5%, Doda 5,5%, Pastor Abel 3,6, Dé 2% e vereadora Zeina 1%. Os demais estão abaixo destes números.

Ou demite ou afunda de vez
A demissão de 80 funcionários da prefeitura de Xapuri é o retrato fiel da crise econômica. 80 pais de famílias na rua; na véspera do Natal, num município onde não tem emprego na iniciativa privada, chega a ser cruel. O prefeito Marcinho demitia ou não pagava os servidores do quadro.

E não esperem melhoras
E os prefeitos não esperem nenhuma melhora econômica em 2016, com a Dilma mais perdida do que cego em tiroteio, é daqui para pior, e vamos ter que lhe engolir porque o regime é presidencialista. Fosse isso no parlamentarismo, a Dilma já estava há tempos no olho da rua.

Partida quase perdida
Em política não tem o impossível. Mas a reeleição do prefeito do Bujari, Tonheiro (PT), é muito difícil de acontecer, pelo desgaste que atravessa, com uma administração que até aqui não conseguiu decolar e pela sua apatia. Dentro do PT a sua derrota é dada como quase certa.

Pedra no tabuleiro
O deputado Eber Machado (PSDC) me ligou para dizer que no início da próxima semana dará uma coletiva anunciando oficialmente a sua pré-candidatura a prefeito da Capital, num grande ato de filiação partidária. Eber recebeu o aval e terá o apoio da direção nacional do PSDC.

Não perde nada
De início, a candidatura do Eber Machado (PSDC) ajuda a consolidar a ida da eleição de prefeito de Rio Branco para o segundo turno. Se ganhar, tudo bem, se perder divulga seu nome, projeta o partido e será paparicado para uma aliança no segundo turno. E continuará deputado.

Senado 2018
Vagner Sales (PMDB), senador Sérgio Petecão (PSD) e Márcio Bittar (PSDB) são os nomes da oposição de olho na disputa do Senado em 2018. O PT até aqui só tem o senador Jorge Viana. Se a oposição sair com três candidatos, abre a chance do PT ficar com as duas vagas.

Pode estar jogando fora
A oposição ganhou nos dois turnos para o governo e fez dois deputados estaduais. A FPA perdeu tudo em Sena Madureira. Mas pode estar jogando a prefeitura fora ao disputar com três candidatos: Mazinho Serafim (PMDB), Toinha Vieira (PSDB) e Gehlen Diniz (PP).

Sem nenhum sinal
E sem qualquer sinal de que pode haver uma composição, porque tanto Mazinho, como Toinha e Gehlen acham que podem ganhar a prefeitura, mesmo com os votos da oposição pulverizados.

O PT não poderá reclamar
Se o senador Delcídio Amaral (PT), depois da humilhação que sofreu da direção nacional do PT o tornando um pária, fizer uma delação premiada, ninguém do partido poderá lhe chamar de traidor, porque estará pagando com a mesmo moeda.

Fala como vice
Pessoa próxima do vereador Artêmio Costa (sem partido) contou à coluna que ele já fala como se tivesse sido escolhido “vice” na chapa do prefeito Marcus Alexandre. Precisa combinar antes com a cúpula do PT, que é quem dará as cartas finais no processo de escolha.

Tem que se preservar
O prefeito Marcus Alexandre está sendo prudente ao não participar da entrega dos novos cartões do programa bolsa-família, porque iria abrir uma brecha para ser questionado pela oposição por propaganda eleitoral antecipada, ainda que seja um ato administrativo.

Fechando o ano bem
Por cima de pau e pedra o governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre vão fechar o ano pagando o salário de dezembro e o 13° salário. Podem dizer que se trata de obrigação, mas nestes tempos de recessão é algo a se comemorar.

Observação
Um dirigente do PMDB com quem conversei ontem me revelou que a situação do prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes, está umbilicalmente ligada à sua absolvição no processo que responde por improbidade administrativa. Se condenado terá a reeleição rifada pelo PMDB.

Antes do fim do ano
É bem possível que a sentença sobre o caso do prefeito Everaldo saia antes de fechar o ano.

Reforçará a decisão
O presidente do PHS, Manoel Roque, diz que se o deputado Josa da Farmácia (PTN) for o candidato a prefeito da FPA a prefeito de Cruzeiro do Sul, só reforçará a posição do seu partido de ficar na coligação que apoiará Iderley Cordeiro (PMDB). “Com o Josa, jamais”, diz Roque.

Chega ser impressionante
É unanimidade entre os dirigentes dos pequenos partidos uma aversão em apoiar um candidato do PT em Cruzeiro do Sul. E a cantiga é sempre a mesma, a de que o coordenador político do governo no Juruá, Itamar de Sá, distribuiu todos os cargos na região para o PT.

Não junta mais
Depois da troca de acusações entre o ex-prefeito Nilson Areal (PSL) e o prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino (PSB), se já era difícil, ficou quase impossível os dois no mesmo palanque.

É o mais habilidoso
Dentro do grupo do prefeito Mano Rufino, o secretário Jairo Cassiano é o mais habilidoso, porque sempre busca a composição é o diálogo. E neste ponto tem ajudado muito o Mano ao fazer o meio de campo para buscar uma aliança com o PT. Algo hoje meio difícil.

Situação definida
Um ponto está definido na situação do prefeito Mano Rufino (PSB): com ou sem o apoio do PT, ele será candidato à reeleição, não havendo possibilidade de abrir mão da candidatura.

Ney Amorim
Não é fácil se tocar uma casa política heterogênea como é a Assembléia Legislativa, porque há sempre interesses políticos conflitantes, mas o presidente Ney Amorim (PT) conseguiu fechar o primeiro período legislativo do seu mandato atuando como um magistrado. Nem o mais ranheta da oposição lhe faz uma crítica, porque deixa o debate entre oposição e base do governo fluir livremente sem interferência. E tem de ser assim para o bem do parlamento, não pode haver censura a temas. A população é quem tem de tirar as suas conclusões sobre os seus representantes. Neste ponto o Ney Amorim tem sido perfeito, age com total isenção.