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Palavra Mágica

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Da redação ac24horas

De tanto banalizá-la, a palavra “mudança” caiu
no descrédito 
quando proferida pelos nossos políticos


O descrédito, diria até, a desmoralização de nossa classe política tem várias origens, mas a principal delas decorre do não cumprimento das promessas feitas pelos nossos políticos, mormente por aqueles que conseguem chegar ao poder, seja no âmbito legislativo, seja no executivo. Até porque, após eleitos, sequer cumprem em gramas o que havia prometido em toneladas.


. Nossas campanhas eleitorais, lamentavelmente, transformaram-se em verdadeiros festivas de promessas, e porque não dizer, de mentiras. Pior ainda: para favorecê-los, nossos candidatos ainda contam com uma cultura político-eleitoral permissivo à demagogia, às falaciosas promessas e a uma infinidade de mentiras.


Como são nos momentos de crises que as mudanças se revelam cada vez mais importantes e indispensáveis, para àqueles que sabem empacotar suas promessas com os mesmos cuidados como se empacota um presente, as crises constituem um cenário ideal para suas explorações eleitoreiras.


No curso das nossas campanhas eleitorais, ao tempo em que nossos candidatos sequer falam nas mudanças que precisam ser feitas, pelo fato de sê-las eleitoralmente inconvenientes, irresponsavelmente, saem prometendo as mudanças que imaginam se do agrado dos seus eleitores. Outra não é causa da desmoralização de nossa representação política e do crescimento da legião dos nossos já rotulados “caloteiros eleitorais”.


Uma mentira bem contada por um candidato, e quando ajudados pelas expertises dos marqueteiros eleitorais, não raro, acaba favorecendo-os. E a provar que sim, a primeira providência de um candidato, quanto mais representativo for o mandato que esteja perseguindo, é contratar um marqueteiro que seja capaz de dar ares de verdade as suas inconseqüentes promessas.


Na campanha presidencial próxima passada, por exemplo, não ouvimos de nenhum dos três principais candidatos, no caso, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva, o que cada iria fazer para enfrentar as crises que já se anunciavam.


. Sobre o monstruoso déficit da nossa previdência social, praticamente nada foi discutido, afinal de contas, nossos candidatos, historicamente, fogem deste tema como o diabo foge da cruz. Sobre os nossos programas sociais, igualmente.


No próximo ano, a despeito da indiscutível falência de todos os nossos municípios, ainda assim, milhares de candidatos a prefeito dos nossos mais de 5.560 municípios, dado as promessas que farão, por certo, irão engrossar a legião dos nossos caloteiros eleitorais. Até porque, em seus discursos, todos eles irão prometer que quaisquer que sejam as dificuldades que encontrarão pela frente, serão facilmente solucionadas.
Cobrem-me depois!


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