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Manual prático para quem quer ser um político de sucesso

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Há muitos anos fazendo cobertura jornalística de política em vários lugares do Brasil aprendi a observar aquilo que dá ou não certo na vida pública. Como estamos num ano pré-eleitoral e muita gente sonha em ser político aqui vão algumas dicas para não “pagar mico” tanto no caso de perder quanto de ganhar uma eleição. No caso de perder nunca culpe a urna eletrônica ou o excesso de dinheiro dos seus adversários. Na realidade, a provável razão principal da sua derrota foi a falta de votos mesmos. Mas lembre-se que há cada dois anos acontecem novas eleições no Brasil. Então ao invés de reclamar e culpar os outros comece tudo de novo e quem sabe as suas chances aumentarão nas próximas eleições. Cansei de ver políticos que demoraram quatro, cinco, seis pleitos para conseguirem seus objetivos.


Dicas para os que ganham as eleições
No caso de vitória a algum cargo eletivo os cuidados precisam ser ainda maiores. A primeira lei para um político eleito é não brigar com a imprensa. Aprender a fortalecer a sua carcaça para levar pancada. Apanhe da imprensa sorrindo e naturalmente os jornalistas irão se tornar simpáticos a você. E, um dia, quando você menos esperar, estarão te elogiando por não culpar a imprensa por todos os problemas do mundo.


Lei número 2
Outra coisa. Se você não sabe falar fuja da política. É ridículo ver um deputado ou senador se tremendo todo na hora de falar. Tem alguns que parecem que vão ter um infarto enquanto estão discursando. Nesse caso, é preferível escolher o futebol, a carreira de modelo e manequim ou de estátua viva para aparecer.

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Lei número 3
Melhorar o português, a língua pátria, também é essencial. É ridículo ver um deputado ou senador falando “canidato” ou não conseguindo harmonizar o singular e o plural nas suas frases, tipo: “o povo foram” e por aí vai… Se você quer ser político aprenda ao menos o idioma do povo que pagará os seus salários.


Lei número 4
Não tenha olho grande. Existem políticos que querem resolver os seus problemas financeiros e da sua família num único mandato. Isso não dá muito certo. E parece que esse “dinheiro roubado” é amaldiçoado. Cansei de ver políticos ladrões que roubaram muito e foram parar na cadeia ou perderam tudo e atualmente arrastam a cachorrinha humilhados pelas ruas da cidade.


Lei número 5
Não seja um político traíra. Os eleitores não gostam daqueles que pulam de galho em galho conforme os seus interesses pessoais. Isso nunca dá certo. A máscaras desses traíras acabam sempre caindo. A maioria cria morada perpétua em Manacapuru.


Cuidado com aquilo que você sonha
A última lei importante é não querer ser mais do que a sua capacidade permite. Tem gente que pode chegar ao máximo a uma cadeira de vereador, mas deseja ser governador. Certamente isso é uma armadilha. Ao chegar no cargo executivo através de “forças ocultas” vai sofrer mais do que bode embarcado. Sem preparo, todo mundo vai roubar a sua volta e você que levará a fama de ladrão. A política do Acre está cheia de casos emblemáticos desse tipo.


Quem sabe faz a hora
Se você deseja um dia ser prefeito, senador ou governador estude e se prepare. Aprenda sobre economia, administração, gestão pessoal. Senão a “peia” será muito forte. O que move na essência um político é a vaidade. Quando um político comete barbeiragens o ponto que ficará exposto à execração pública será a sua autoestima. Porque na essência todos acham que são os salvadores do mundo. E mesmo com muito dinheiro roubado é impossível curar a vaidade ferida.


Andanças
Essas brigas entre o atual prefeito do Quinari, James Gomes (PP) e o grupo político do pastor Pedro Abreu estão animando outros candidatos. A pré-candidata do PMDB, Inês Wosniack (PMDB), também conhecida como a Loira do Flaviano, anda visitando bairros periféricos e ramais do município.


Produzindo
Inês começou com aulas de empreendedorismo para um grupo de oito mulheres que rapidamente se transformaram em 50. Está atuando e conversando com a população constantemente sobre as suas ideias de transformação do Quinari.


De volta à casa
Outra boataria que rola no Quinari é que o pré-candidato do PSD, André Maia, pode ganhar a prefeitura pela oposição, mas voltará sorrindo para a FPA. A tese é que o município não vota no PT e que a mudança de partido é uma estratégia. Será? Mas de qualquer maneira André precisa primeiro ganhar nas urnas.


Entregando o ouro para o inimigo
Se em Mâncio Lima, na disputa de 2016, o PMDB e o PC do B se separarem irão fortalecer os candidatos dos grupos do deputado Jonas Lima (PT) e do ex-prefeito Dêda (PROS). E não adianta gritar e nem fazer cara feia. Isso é fato.


Contradição
Um líder da oposição, ligado ao PSDB, na Capital, me falou uma coisa interessante. “Repare que não existe aquele discurso impositivo de união da oposição para disputar a prefeitura de Rio Branco. Os partidos estão apresentando os seus candidatos à vontade. Até mesmo por essa falta de pressão acredito que a oposição terá apenas um candidato naturalmente para disputar com o Marcus Alexandre (PT).” Registrado.


Esclarecimentos urgentes
A prefeitura de Rio Branco precisa urgente esclarecer os taxistas do município. Eles estão reclamando de um curso de qualificação “obrigatório”. Soltaram boatos que o motorista que não frequentar o curso da prefeitura, que custa R$ 50, perderá a autonomia e a carteira de habilitação. Será?


Eles querem mandar em tudo
Todo mundo sabe que a atual reitora do IFAC do Acre, Rosana Cavalcanti, tem ligações políticas com o deputado federal Sibá Machado (PT). Mas surgiu um candidato independente de amarras políticas à reitoria da instituição. O professor de ciências agrícolas, Ricardo Bezerra Hoffman se candidatou para a eleição do próximo dia 26. Mas não foi tão fácil para Ricardo registrar a sua candidatura. O IFAC do Acre indeferiu por duas vezes o seu registro que só foi conseguido e oficializado via Justiça Federal. Segundo ele, os mandas-chuvas tentaram barra-lo no baile democrático da disputa. Ricardo Hoffman agora é candidato com a bandeira de autonomia política da reitoria da instituição. Ele quer jogar água na fervura da turma do Sibá. Esperemos…

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