O xapuriense José Ribamar Pinheiro de Almeida, exímio jogador de dominó, advogado, técnico de futebol, comentarista esportivo e personagem ímpar da cena esportiva acreana, foi árbitro de futebol por 23 anos, de 1970 a 1993. Não somente exerceu o ofício da arbitragem como foi um dos melhores da região na atividade.
Enquanto esteve mediando os confrontos dentro do campo, ele se destacou por, pelo menos, três fatores. Primeiro: estava sempre muitíssimo bem colocado, acompanhando os lances de pertinho. Segundo: possuía um nível intelectual acima da maioria dos seus companheiros. E terceiro: dominava à perfeição as regras do jogo.
Mas além tudo isso, existia outra faceta do seu comportamento que o distinguia dos demais árbitros do futebol acreano: a ironia com que encarava o comportamento dos jogadores, principalmente aqueles mais chatos, que faziam de tudo para tumultuar o seu trabalho. Um dia desses, eu e o Façanha fizemos uma entrevista com ele. E demos boas gargalhadas com as suas histórias cáusticas e recheadas de ironias.
Os exemplos são vários. “Teve uma vez”, disse-nos o Ribamar, “que eu estava para iniciar uma partida pelo Copão da Amazônia, em Porto Velho, quando um jogador amapaense veio reclamar de uma luminária que teimava em não acender. Ele reclamou e perguntou o que é que eu pretendia fazer. Eu respondi que não sendo engenheiro, assim como ele não era, a única coisa a fazer seria começar o jogo”. Rsrs.
Em outra oportunidade, num jogo entre Juventus e Atlético, o primeiro estava vencendo por um placar mínimo, mas levando o maior sufoco. Era chutão pra todo lado, bola pro mato, tudo na esperança do Ribamar terminar a partida. Aí um jogador do Juventus gritou para o Ribamar olhar o tempo. A reação dele foi olhar para cima e dizer que o tempo estava claro e muito bonito e que não havia sinal algum de chuva.
E às vezes, nessas de levar o jogo com bom humor, o Ribamar acabava frustrando as artimanhas dos malandros. Segundo ele, o atacante Bruno Couro Velho, do Estrelão, quando queria sair mais cedo de cena, para ir pescar com os seus parceiros, fazia todo tipo de provocação. Nessas horas o Ribamar costumava dizer o seguinte: “Bruno, hoje você pode até ficar nu em campo que eu não vou te expulsar”.
Quando virou técnico, o Ribamar continuou com suas tiradas. Eu mesmo testemunhei uma dessas respostas. Deu-se que um torcedor passou grande parte do jogo esculhambando com os laterais do time do Ribamar. Uma hora ele olhou para trás e disse: “Tu tá doido. O meu time nem lateral tem. O meu time joga é com alas”.
Aos 68 anos, Ribamar está momentaneamente ausente das lides esportivas, para se recuperar de uma cirurgia recente. A recuperação, diga-se, vai de vento em popa. Logo ele deverá estar em ação. Quanto ao resto das histórias dele, elas estarão no próximo número de Futebol Acreano em Revista, que sai daqui a três semanas!
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