Uma figura polêmica
O ex-governador Geraldo Mesquita era uma espécie de esfinge, suas idéias eram socialistas, mas mesmo assim foi escolhido governador biônico em plena Ditadura Militar pelo presidente Ernesto Geisel, de quem era amigo. No governo, remou contra a onda dominante na época, que era a ocupação dos seringais pelos chamados “paulistas”. Mas, por outro lado proibiu que o Bispo Dom Moacyr Grechi continuasse com um programa na Difusora Acreana. Mesquita foi polêmico: proibiu a polícia de se meter em disputas agrárias, a não ser por ordem judicial. Era odiado pelos fazendeiros. Com todos os prós e contra, Geraldo Mesquita foi decisivo na vitória de Nabor Junior (PMDB) ao governo. Sem seu grupo, Nabor perderia do candidato da ARENA, o partido dos militares, Jorge Kalume. Não se entende até hoje porque Geisel escolheu um marxista para governar o Acre. Mas, foi uma feliz escolha. Foi um aliado dos humildes.
Cinismo econômico
Você deve se destacar num cargo público pelo desempenho. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, quer se projetar falando abobrinhas. No Acre, ao defender o aumento de impostos, saiu com a pérola: “só quem não gosta de aumento de imposto é rico”. Aumento de imposto atinge a todos, direta ou indiretamente. O empresário repassa sempre o custo ao consumidor.
Não é o grande cabo-eleitoral
Numa eleição municipal não será o Tião Viana o grande cabo-eleitoral. Tem gente para agradar dizendo o contrário. A eleição é municipal. Os grandes eleitores serão sempre a aceitação do prefeito e ter uma boa chapa de candidatos a vereadores, porque é neste nicho que as eleições serão disputadas. Não se leva em conta o papel do Governo, muita mais abrangente.
O voto é pessoal
A figura do governador Tião Viana pode, por exemplo, ter uma boa aceitação no Bujari, mas pelo fato do prefeito Tonheiro (PT) fazer uma gestão impopular, ele pode pedir mil vezes para votarem no Tonheiro, que dificilmente será ouvido, para cargo majoritário se vota no perfil.
Transferir é a arte do difícil
O governador Tião Viana teve em Cruzeiro do Sul nos dois turnos uma vitória do carisma pessoal. Não necessariamente os que nele votaram vão votar no seu candidato a prefeito do município no próximo ano. A pior mercadoria política de vender é a transferência do voto. O PT não vive mais seus tempos áureos, acabou a lua de mel com a população.
Uma máxima do Geraldo Mesquita
Não vou escrever, como alguns, para ser agradável ao Tião Viana, que ele abraçando um poste vai eleger o poste prefeito de um município em 2016. Lembro de uma frase feliz do ex-governador Mesquita, numa entrevista: “não tenho medo dos críticos, tenho medo dos que me elogiam”.
Está na essência
Dificilmente, o PT deixará de ter candidato próprio a prefeito de Xapuri na eleição do próximo ano, por dois motivos: Xapuri é o município ícone das lutas ambientais do petismo e o ex-prefeito Bira Vasconcelos (PT) aparece na ponta em todas as pesquisas.
As imagens não mentem
Quanto mais assisto matérias nas televisões sobre a situação de hospitais em todo país, um verdadeiro caos, tudo fica mais patente o quanto a saúde no Acre está muito à frente na qualidade do atendimento e quanto são injustas e de cunho político, a maioria das críticas disparadas.
Cena que se repete
A eleição para a prefeitura da Capital no próximo ano tem um cenário praticamente imutável: teremos segundo turno e a oposição vai se engalfinhar para ver quem manda para enfrentar o prefeito Marcus Alexandre, com cadeira certa no turno final. A opoisição levar dois candidatos ao segundo turno só se for numa zebra de listas mais largas que o normal.
Alguma coisa deu errado
O presidente do DEPASA, Evaldo Magalhães, precisa emparedar os empresários que trabalham no programa “Ruas do Povo”, e cobrar responsabilidades, com as chuvas também desabaram críticas de moradores que tiveram as casas alagadas, depois que as obras em suas ruas foram executadas.
Sempre foi cioso
O Edvaldo Magalhães não é de fazer obras porcas, sempre se mostrou um bom e cuidadoso gestor. Não deixará passar barato falhas no “Ruas do Povo”. Vai mandar reparar, com certeza.
Não tem mais volta
Há uma convicção muito grande por parte do ex-deputado federal Henrique Afonso (PSDB) em manter a sua candidatura a prefeito de Cruzeiro do Sul, mesmo com todo fogo amigo do PMDB para fazê-lo desistir. Quem tem conversado com ele conta ser uma candidatura irreversível.
Tática errada
O prefeito Vagner Sales (PMDB) usou de uma tática errada ao achar que, cooptando os candidatos a vereador pela chapa do PSDB, forçaria o Henrique Afonso desistir da disputa.
Maioria é de pessoas humildes
Este projeto do deputado Heitor Junior (PDT) dando gratuidade aos portadores de hepatites no transporte intermunicipal não tem nada de paternalista, a maioria dos doentes que têm de se deslocar dos municípios do interior para a Capital, é de pessoas de poucas posses.
Chapa dos sonhos
Para o deputado Eber Machado (PSDC), a chapa dos seus sonhos para disputar a prefeitura da Capital é ele de candidato a prefeito e a presidente do SINTEAC, Rosana Nascimento, de vice. Seria sim uma chapa bem interessante e colocaria mais molho na campanha.
O clima endoidou
É chuva que começa de noite e vara o dia seguinte, parece que estamos no pique do inverno e nem estamos perto dele. Vamos torcer para não termos uma alagação nos moldes da do ano passado na Capital, porque alagação é o sofrimento e dor de milhares de famílias.
Não consigo entender
Só um animal abre a boca par a criticar o programa “Cidade do Povo”, criado pelo Governo Tião Viana, porque não visa a política partidária, mas apenas tirar as famílias que têm todo ano as suas casas alagadas pelo Rio Acre, para colocar num lugar seguro com toda infra-estrutura.
Entrando em contradição
O deputado Gehlen Diniz (PP) diz sempre que, se a oposição lançar mais de um nome a prefeito de Sena Madureira o candidato da FPA ganha a eleição. Mas é candidato, mesmo com as candidaturas de Mazinho Serafim (PMDB) e Toinha Vieira (PSDB), ambos da oposição.
Jogando fora
Em Sena Madureira a FPA perdeu de lavagem nos dois turnos na disputa do governo. Ao se esfacelar em várias candidaturas, a oposição pode estar jogando fora esta vantagem.
Fora de cogitação
Caso leve avante, como parece que vai levar a sua candidatura a prefeito de Sena Madureira, o deputado Gehlen Diniz (PP) esqueça a possibilidade de ser candidato único, o PMDB e o PSDB não abrem mão de ter candidatos próprios, até porque aparecem bem nas pesquisas.
Eduardo cunha
Depois de sua última entrevista, a dedução que se chega é que no mínimo causou uma confusão jurídica sobre ser ou não dono de contas no exterior. Não vou me admirar nem um pouco, caso não seja decretada a sua cassação pela Câmara Federal.
Um aspecto a ser analisado
O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), é uma figura política nefasta como é a maioria dos políticos, mas tem méritos: ele não virou capacho do Planalto como os seus antecessores; peitou a esquerda, peitou o PT, peitou a Dilma e colocou em votação projetos tabus.
Pode haver renovação grande
Há um descontentamento generalizado com a classe política. Isso é inquestionável. Por isso não será nenhuma surpresa se acontecer uma renovação em massa na Câmara Municipal de Rio Branco. Poucos são os vereadores que conseguiram algum destaque.
Escapando pelos dedos
O presidente do PDT, Luiz Tchê, tem perdido candidatos certos a prefeito. Perdeu, em Senador Guiomard, André Maia para o PSD; e em Sena Madureira, Charlene Lima para o PV. Ficou com apenas um candidato, Chico Batista (PDT), que disputará a prefeitura de Tarauacá.
Fã de carteirinha
O deputado Jonas Lima (PT) é um fã do deputado federal Sibá Machado (PT), faz tudo na sua defesa. Jonas já tinha sido o principal apoiador da candidatura de Sibá à presidência do PT, quando este perdeu para Ermício Sena. Sibá é para o Jonas como um guru.
Figura importante
O ex-deputado federal João Correia (PMDB) será mesmo um dos coordenadores da campanha da deputada Eliane Sinhasique (PMDB) para a prefeitura da Capital. João é um dos parlamentares mais combativos e atuantes que passou pela Assembléia Legislativa.
A ditadura está voltando
O ex-prefeito biônico de Mâncio Lima, João de Deus, era uma pessoa humilde, criado na roça, foi guindado ao cargo só por ser do PMDB. No dia de sua posse, os deputados federais Osmir Lima (PMDB) e Aluísio Bezerra (PMDB) resolveram armar uma com o correligionário. Contrataram um show com paraquedistas, sem ele saber. Assim que tomou posse, mandaram iniciar um pipocar de foguetes e em seguida vários paraquedistas pularam, quando Osmir Lima gritou: “corram todos, são os militares, a ditadura está voltando”. João de Deus correu para casa, se trancou no quarto, de onde só foi tirado após ser convencido que era uma brincadeira.